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Abstract
O texto trata de relembrar alguns dos momentos mais marcantes das traduções poéticas de Augusto de Campos, a começar pelas francesas de Mallarmé e Válery, onde é dada ênfase particular ao uso que ele faz do ritmo que acompanha o sentido. Passa-se, depois, às traduções russas que focalizam a poesia de Marina Tsvetáieva onde, ao lado da fidelidade tradutória, começa-se a notar a utilização de um léxico interpretativo com certa distância do original. Nas traduções dos poetas ingleses e americanos, foi focalizado um fragmento de Gertrude Stein e a estratégia de “ler com os ouvidos” de Augusto de Campos, e na tradução do soneto “O dia do juízo” do italiano Agostino Belli, comparada com a tradução do mesmo soneto por Anthony Burgess, foram focalizadas as soluções dadas ao grotesco em termos de criações de “malapropismos” da linguagem popular. Finalmente, num poema de Emily Dickinson, surgiu uma nova estratégia: ao lado da tradução paralela do léxico do poema, o acréscimo de um novo termo (conceito) que não existe literalmente no original, criado para evocar uma certa ambiência, em termos da A-tradução proposta por Derrida.