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Abstract
Este artigo aborda o lugar das línguas – e da língua portuguesa, mais especificamente – no processo de cristianização de escravizados africanos no Brasil colonial, com enfoque no século XVIII. O texto engloba: (i) uma apresentação panorâmica de instrumentos linguísticos e evangelizadores produzidos pelos missionários católicos, especialmente os jesuítas, caracterizando uma linguística colonial no século XVIII; (ii) uma apresentação das representações e regulamentações da Igreja no Brasil colonial a respeito da cristianização de escravizados africanos. Trata-se de evidenciar o lugar epistemológico e teológico conferido à língua no processo de evangelização, especialmente em um contexto no qual a Igreja católica defendia e buscava justificar a escravização de sujeitos africanos. O artigo contribui para a história social e política das práticas de linguagem no Brasil colonial, com enfoque no contexto católico direcionado à evangelização de sujeitos escravizados. Além disso, o texto contribui para inscrever a dimensão teológica como elemento importante e relevante para a linguística colonial e a historicidade das práticas de linguagem.