{"title":"O ANTIRREPRESENTACIONISMO EM RICHARD RORTY UM DEBATE FILOSOFICO","authors":"Jaciara Ribeiro da Silva. Cardoso","doi":"10.26694/cadpetfil.v9i18.7544","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este presente trabalho tem como objetivo principal analisar a crítica de Richard Rorty à filosofia representacionista, buscando apresentar uma resposta de Rorty ao representacionismo. Rorty se opõe as ideias tradicionais em filosofia, oriundas de uma tradição mentalista, descritas por meio dos conceitos de “essência”, “natureza” e “fundamento”. Ao contrário deste vocabulário, ele apresenta a ideia de antirrepresentacionismo, etnocentrismo e liberalismo. Nesse sentido, o projeto tomará por base a obra clássica de Rorty: A filosofia e o espelho da natureza (1979), bem como a obra Objetivismo, relativismo e verdade (1997). Para Rorty, não existe uma representação da mente e da linguagem que seja exata ou que possa formular uma verdade objetiva. A crítica rortyana se estabeleceu a partir de uma concepção de conhecimento como “representação acurada” da realidade, uma concepção de conhecimento que, conforme a interpretação rortyana, pressupõe supostamente que a “mente” e a “linguagem” desempenham um papel principal na construção de “representações” necessárias à compreensão da realidade, uma vez que “conhecer é representar, acuradamente, o que está fora da mente, assim, compreender a possibilidade da natureza do conhecimento é compreender o modo pelo qual a mente é capaz de construir representações”. Para Rorty, ao contrário dessa explicação, conhecer é tomar consciência das diversas descrições e vocabulários disponíveis ao sujeito num processo interacionista constante.","PeriodicalId":30349,"journal":{"name":"Cadernos do Pet Filosofia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2019-10-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Cadernos do Pet Filosofia","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.26694/cadpetfil.v9i18.7544","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Este presente trabalho tem como objetivo principal analisar a crítica de Richard Rorty à filosofia representacionista, buscando apresentar uma resposta de Rorty ao representacionismo. Rorty se opõe as ideias tradicionais em filosofia, oriundas de uma tradição mentalista, descritas por meio dos conceitos de “essência”, “natureza” e “fundamento”. Ao contrário deste vocabulário, ele apresenta a ideia de antirrepresentacionismo, etnocentrismo e liberalismo. Nesse sentido, o projeto tomará por base a obra clássica de Rorty: A filosofia e o espelho da natureza (1979), bem como a obra Objetivismo, relativismo e verdade (1997). Para Rorty, não existe uma representação da mente e da linguagem que seja exata ou que possa formular uma verdade objetiva. A crítica rortyana se estabeleceu a partir de uma concepção de conhecimento como “representação acurada” da realidade, uma concepção de conhecimento que, conforme a interpretação rortyana, pressupõe supostamente que a “mente” e a “linguagem” desempenham um papel principal na construção de “representações” necessárias à compreensão da realidade, uma vez que “conhecer é representar, acuradamente, o que está fora da mente, assim, compreender a possibilidade da natureza do conhecimento é compreender o modo pelo qual a mente é capaz de construir representações”. Para Rorty, ao contrário dessa explicação, conhecer é tomar consciência das diversas descrições e vocabulários disponíveis ao sujeito num processo interacionista constante.