{"title":"A invenção da delinquência negra a partir do sistema criminal do Brasil Império (Séc. XIX)","authors":"Afrânio Henrique Pimenta Bittencourt","doi":"10.31668/revistaueg.v12i01.13202","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A liberalização do direito no Brasil Império foi adversada pela continuidade do regime escravocrata, dando-se azo à dicotomia liberalismo-escravização. À vista disso, passamos em exame a “política criminal” e a economia da época, através de uma chave de análise biopolítica. Defrontamo-nos, daí, com um mecanismo de poder que reatualizava técnicas de extermínio do período colonial, em um ambiente jurídico muito outro, servindo como uma espécie de legitimação apócrifa para o assassínio, direto e indireto, do negro, sobretudo o escravizado. Essa estratégia político-econômica pode ser chamada de “delinquência negra\". O presente trabalho intenta perscrutar a sua invenção, isto é, a construção do negro como inimigo público. \nPalavras-chave: Brasil Império. Delinquência negra. Direito. Economia escravocrata.","PeriodicalId":30561,"journal":{"name":"Revista de Historia da UEG","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-02-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista de Historia da UEG","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.31668/revistaueg.v12i01.13202","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
A liberalização do direito no Brasil Império foi adversada pela continuidade do regime escravocrata, dando-se azo à dicotomia liberalismo-escravização. À vista disso, passamos em exame a “política criminal” e a economia da época, através de uma chave de análise biopolítica. Defrontamo-nos, daí, com um mecanismo de poder que reatualizava técnicas de extermínio do período colonial, em um ambiente jurídico muito outro, servindo como uma espécie de legitimação apócrifa para o assassínio, direto e indireto, do negro, sobretudo o escravizado. Essa estratégia político-econômica pode ser chamada de “delinquência negra". O presente trabalho intenta perscrutar a sua invenção, isto é, a construção do negro como inimigo público.
Palavras-chave: Brasil Império. Delinquência negra. Direito. Economia escravocrata.