A. Alves, Mônica de Souza Serafim, Marílio Salgado Nogueira
{"title":"A escrita processual do gênero textual carta de reclamação no ensino fundamental","authors":"A. Alves, Mônica de Souza Serafim, Marílio Salgado Nogueira","doi":"10.22297/dl.v7i2.3214","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Esta pesquisa investigou o processo de apropriação do gênero carta de reclamação, com base em uma Sequência Didática, de alunos do 4º ano do Ensino Fundamental de uma escola pública municipal de Fortaleza. No ambiente escolar, diversas ocasiões de escrita e de fala são oferecidas aos alunos, sem que estas sejam necessariamente o objeto de um ensino sistemático. No entanto, Schneuwly e Dolz (2004) defendem que os alunos se apropriem de noções, de técnicas e de instrumentos necessários ao desenvolvimento de suas capacidades de expressão oral e escrita, em situações diversas de comunicação, é preciso criar contextos de produção precisos e efetuar atividades ou exercícios múltiplos e variados relacionados às características de cada gênero textual. Pautamo-nos nos pressupostos de Schneuwly e Dolz (2004) e Boissinot (1992) para identificarmos os elementos constituintes do gênero carta de reclamação e analisarmos a progressão temática no gênero escolhido. Os dados evidenciaram que as dificuldades relativas ao domínio da estrutura composicional do gênero em estudo estão relacionadas à orientação didática dos trabalhos pedagógicos em sala de aula. Constatamos, ainda, que os alunos que apresentaram fuga total ao tema na produção inicial conseguiram desenvolver a temática nas duas últimas produções; a progressão temática, apresentada por meio da reclamação, seguida de reivindicação, também, foi aprimorada pelos redatores e, por fim, verificou-se a adequação das reclamações feitas nas últimas cartas produzidas.","PeriodicalId":53852,"journal":{"name":"Dialogo das Letras","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1000,"publicationDate":"2018-10-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Dialogo das Letras","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.22297/dl.v7i2.3214","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"0","JCRName":"LANGUAGE & LINGUISTICS","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Esta pesquisa investigou o processo de apropriação do gênero carta de reclamação, com base em uma Sequência Didática, de alunos do 4º ano do Ensino Fundamental de uma escola pública municipal de Fortaleza. No ambiente escolar, diversas ocasiões de escrita e de fala são oferecidas aos alunos, sem que estas sejam necessariamente o objeto de um ensino sistemático. No entanto, Schneuwly e Dolz (2004) defendem que os alunos se apropriem de noções, de técnicas e de instrumentos necessários ao desenvolvimento de suas capacidades de expressão oral e escrita, em situações diversas de comunicação, é preciso criar contextos de produção precisos e efetuar atividades ou exercícios múltiplos e variados relacionados às características de cada gênero textual. Pautamo-nos nos pressupostos de Schneuwly e Dolz (2004) e Boissinot (1992) para identificarmos os elementos constituintes do gênero carta de reclamação e analisarmos a progressão temática no gênero escolhido. Os dados evidenciaram que as dificuldades relativas ao domínio da estrutura composicional do gênero em estudo estão relacionadas à orientação didática dos trabalhos pedagógicos em sala de aula. Constatamos, ainda, que os alunos que apresentaram fuga total ao tema na produção inicial conseguiram desenvolver a temática nas duas últimas produções; a progressão temática, apresentada por meio da reclamação, seguida de reivindicação, também, foi aprimorada pelos redatores e, por fim, verificou-se a adequação das reclamações feitas nas últimas cartas produzidas.