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Abstract
Este artigo tem o objetivo de mostrar como os escreventes estruturam a informação na produção textual, de modo a formular enunciados com significado. A criação de um discurso coerente resulta da conjugação da forma e da função, o que exige conhecimento das regras subjacentes à estruturação da informação. As regras que têm como foco a gramática, a forma, não são suficientes para compreender a dinâmica do processamento discursivo. É que é importante compreender que o texto não deve ser interpretado apenas como unidade linguística, mas sim, considerá-lo como uma unidade comunicativa. Nesse sentido, as regras, o tipo de gramática necessários transcendem o aspecto formal. A abordagem funcional da língua contribui de maneira significativa na compreensão dos processos que conduzem à produção de textos coesos e coerentes. Os resultados revelam as dificuldades que os escreventes enfrentam na discursivização das suas intenções de comunicação. Há necessidade de um ensino que desenvolva competências relacionadas com gramática do discurso. Para ilustrar o grau de conhecimento das estruturas discursivas, analisamos duas composições de estudantes universitários moçambicanos.