{"title":"NADA É NOVO, MAS TUDO MUDOU: a metamorfose da escola","authors":"Mauricio dos Reis Brasão, J. Araujo","doi":"10.34024/olhares.2022.v10.13593","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Esta é uma resenha do livro intitulado “Escolas e professores: proteger, transformar, valorizar”, de António Nóvoa (2022). Apresenta discussões sobre temas atuais como o futurismo da educação e a metamorfose dos estabelecimentos de ensino; a necessidade de (re)pensar a escola futura e o modelo adotado; a pandemia, os docentes e seus papéis na construção de um espaço público comum da educação; a criação de novos ambientes escolares e a composição de uma pedagogia do encontro; a formação continuada e a indução profissional dos professores; tecnologias; entre outros. Observa-se que, apesar de serem essenciais, os meios digitais não desfazem as possibilidades educativas, pois existe um patrimônio humano que não pode ser digitalizado – sem ele, a educação se reduziria a uma “caricatura digital”. O texto aborda “três ilusões perigosas”: a) presente em todos os lugares e tempos, a educação acontece “naturalmente”, sobretudo em um viés familiar e virtual; b) enquanto ambiente físico, a escola não existe mais e haverá uma “educação a distância” por intermédio de diferentes “orientadores” ou “tutores” das aprendizagens; c) enquanto conhecimento especializado dos professores, a educação será substituída por tecnologias permeadas pela Inteligência Artificial (IA). Diante da redução da esfera educacional às aprendizagens, da construção de uma visão hiperpersonalizada das aprendizagens e da defesa de uma perspectiva consumista da educação, convida-se a uma leitura necessária da obra para refletir sobre a formação de professores em tempos de consumismo pedagógico e solucionismo tecnológico desvelados e aprofundados nos dois anos de pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2).","PeriodicalId":40381,"journal":{"name":"Revista Olhres","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.1000,"publicationDate":"2022-07-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Olhres","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.34024/olhares.2022.v10.13593","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q4","JCRName":"EDUCATION & EDUCATIONAL RESEARCH","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Esta é uma resenha do livro intitulado “Escolas e professores: proteger, transformar, valorizar”, de António Nóvoa (2022). Apresenta discussões sobre temas atuais como o futurismo da educação e a metamorfose dos estabelecimentos de ensino; a necessidade de (re)pensar a escola futura e o modelo adotado; a pandemia, os docentes e seus papéis na construção de um espaço público comum da educação; a criação de novos ambientes escolares e a composição de uma pedagogia do encontro; a formação continuada e a indução profissional dos professores; tecnologias; entre outros. Observa-se que, apesar de serem essenciais, os meios digitais não desfazem as possibilidades educativas, pois existe um patrimônio humano que não pode ser digitalizado – sem ele, a educação se reduziria a uma “caricatura digital”. O texto aborda “três ilusões perigosas”: a) presente em todos os lugares e tempos, a educação acontece “naturalmente”, sobretudo em um viés familiar e virtual; b) enquanto ambiente físico, a escola não existe mais e haverá uma “educação a distância” por intermédio de diferentes “orientadores” ou “tutores” das aprendizagens; c) enquanto conhecimento especializado dos professores, a educação será substituída por tecnologias permeadas pela Inteligência Artificial (IA). Diante da redução da esfera educacional às aprendizagens, da construção de uma visão hiperpersonalizada das aprendizagens e da defesa de uma perspectiva consumista da educação, convida-se a uma leitura necessária da obra para refletir sobre a formação de professores em tempos de consumismo pedagógico e solucionismo tecnológico desvelados e aprofundados nos dois anos de pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2).