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Abstract
Na década de 1960 funcionaram em Cuba as Unidades Militares de Ajuda à Produção (UMAPs). Oficialmente, essas unidades eram centros de trabalho agrícola cujo objetivo era recrutar jovens que não eram considerados capacitados para o serviço militar. No entanto durante o período de funcionamento dessas unidades surgiram denúncias de que as UMAPS estariam funcionando como prisões para os sexualmente desviados, grupos religiosos, hippies, e para presos políticos. Nesse sentido, este trabalho analisa testemunhos de ex-umapianos, no período compreendido entre 2007 e 2019, acerca das experiências de homossexuais que foram confinados nas UMAPs e sofreram com a repressão praticada pelo governo revolucionário. Para isso, são analisados artigos de opinião e notícias veiculadas em blogs de dissidentes cubanos e em jornais on-line, com ênfase para as memórias subalternas e suas formas de emersão em meio à s disputas de poder.