Bianca Briguglio, Patrícia Rocha Lemos, T. S. Lapa
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Abstract
Este dossiê reúne artigos de diversas áreas do conhecimento que revelam experiências de trabalho no contexto da pandemia de Covid 19, os quais oportunizam reflexões a respeito dos conflitos que este enquadramento de “trabalhos essenciais” trouxe a trabalhadores e trabalhadoras brasileiras(os).
Em nome da proteção à economia e, ao mesmo tempo, da garantia do atendimento a necessidades consideradas básicas da população, algumas ocupações foram consideradas essenciais desde o início da pandemia, em 2020, o que significou que foram excluídas das orientações de isolamento social. Por terem continuado a trabalhar fora de casa, tais trabalhadoras(es) foram expostas(os) a condições de risco extremos e vulnerabilidade.
Os textos aqui reunidos, escritos entre 2020 e 2021, revelam aspectos importantes a respeito de tais conflitos e situações de risco criadas (ou agudizadas) pela crise sanitária. Alguns setores laborais comumente invisibilizados e desvalorizados ganharam espaço no debate público, a exemplo das(os)) trabalhadoras(es) que atuam nas áreas de saúde, no trabalho doméstico e em serviços de entrega por aplicativos. Outros, embora tenham sido considerados essenciais desde o início da pandemia, como os trabalhadores em supermercados e em prisões, não tiveram ainda suficiente atenção e visibilização. De outra parte, houve o desafio particular das ocupações na área da educação, com o fechamento das escolas e a instauração do regime de ensino remoto, que trouxeram várias consequências para as(os) docentes.