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Abstract
A partir da Era Flaviana é possível observar uma transição do poder político romanos, antes centrado no imperador e na cidade de Roma. Essa transição, leva-nos a identificar uma nova ordem do poder político, que passa a ser proveniente das legiões romanas e seus generais. Assim depõe Josefo, em sua obra A Guerra dos Judeus, ao publicar o discurso do rei Agrippa II. A hegemonia romana será aqui analisada à luz do conceito geográfico e político de centro/periferia. O exército romano, espalhado nas províncias, passa a definir os aspectos geográficos e até religiosos, do império, diferentemente do que ocorria na Era Júlio-Claudiana. O artigo também discutirá a ausência de um poder fixo, personificado nas legiões romanas que estavam em movimento, refletindo uma concepção religiosa pagã e também judaica, definida como quietista. Uma concepção teológica que pode ser relacionada à tradição grega da deusa Fortuna, como descrita pelo historiador grego Políbio. Josefo, também um quietista, era contrário à guerra contra os romanos, porém igualmente demonstrava uma crítica à dominação romana da Era Flaviana.
Palavras-chaves: Império Romano. Agrippa II. Centro-periferia. Quietismo.