Renata Aguilhera Aguiar, R. Riffel, Gustavo Olszanski Acrani, I. Lindemann
{"title":"Tentativa de suicídio: prevalência e fatores associados entre usuários da Atenção Primária à Saúde","authors":"Renata Aguilhera Aguiar, R. Riffel, Gustavo Olszanski Acrani, I. Lindemann","doi":"10.1590/0047-2085000000379","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"RESUMO Objetivo Estimar a prevalência de tentativa de suicídio entre usuários da Atenção Primária à Saúde (APS) e verificar fatores associados. Métodos Estudo transversal realizado com indivíduos de 18 anos ou mais, atendidos na rede urbana da APS de Passo Fundo, Rio Grande do Sul. Foi calculada a prevalência do desfecho, com intervalo de confiança de 95% (IC95), além das Razões de Prevalência (RPs) brutas e ajustadas para verificação dos fatores associados. Resultados Amostra de 1.443 indivíduos, prevalência da tentativa de suicídio de 9% (IC95 8%-11%), com maior probabilidade em mulheres (RP = 3,01; IC95 1,54-5,86), 18-59 anos (RP = 2,15; IC95 1,38-3,34), sem cônjuge (RP = 1,82; IC95 1,09-3,03), com duas ou mais doenças crônicas não transmissíveis (RP = 1,54; IC95 1,08-2,18), diagnóstico de HIV/AIDS (RP = 3,02; IC95 1,30-7,02), de depressão (RP = 2,69; IC95 1,83-3,96), história familiar de tentativa de suicídio (RP = 1,99; IC95 1,50-2,63) e insônia (RP = 1,46; IC95 1,05-2,02). Observou-se tendência linear inversamente proporcional em relação à escolaridade, com redução de 42% na probabilidade do desfecho entre os participantes com ensino superior (RP = 0,58; IC95 0,39-0,86). Conclusões Constataram-se alta prevalência de tentativa de suicídio, em comparação à média nacional, e associação com idade adulta, sexo feminino, menor escolaridade, ausência de cônjuge, diagnóstico de doenças crônicas, insônia e história familiar de suicídio.","PeriodicalId":39594,"journal":{"name":"Jornal Brasileiro de Psiquiatria","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-06-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Jornal Brasileiro de Psiquiatria","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.1590/0047-2085000000379","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q4","JCRName":"Medicine","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
RESUMO Objetivo Estimar a prevalência de tentativa de suicídio entre usuários da Atenção Primária à Saúde (APS) e verificar fatores associados. Métodos Estudo transversal realizado com indivíduos de 18 anos ou mais, atendidos na rede urbana da APS de Passo Fundo, Rio Grande do Sul. Foi calculada a prevalência do desfecho, com intervalo de confiança de 95% (IC95), além das Razões de Prevalência (RPs) brutas e ajustadas para verificação dos fatores associados. Resultados Amostra de 1.443 indivíduos, prevalência da tentativa de suicídio de 9% (IC95 8%-11%), com maior probabilidade em mulheres (RP = 3,01; IC95 1,54-5,86), 18-59 anos (RP = 2,15; IC95 1,38-3,34), sem cônjuge (RP = 1,82; IC95 1,09-3,03), com duas ou mais doenças crônicas não transmissíveis (RP = 1,54; IC95 1,08-2,18), diagnóstico de HIV/AIDS (RP = 3,02; IC95 1,30-7,02), de depressão (RP = 2,69; IC95 1,83-3,96), história familiar de tentativa de suicídio (RP = 1,99; IC95 1,50-2,63) e insônia (RP = 1,46; IC95 1,05-2,02). Observou-se tendência linear inversamente proporcional em relação à escolaridade, com redução de 42% na probabilidade do desfecho entre os participantes com ensino superior (RP = 0,58; IC95 0,39-0,86). Conclusões Constataram-se alta prevalência de tentativa de suicídio, em comparação à média nacional, e associação com idade adulta, sexo feminino, menor escolaridade, ausência de cônjuge, diagnóstico de doenças crônicas, insônia e história familiar de suicídio.
期刊介绍:
O Jornal Brasileiro de Psiquiatria se insere em programas de educação continuada e atualização e tem como missão divulgar trabalhos de pesquisa (realizados em instituições brasileiras e estrangeiras) cujos resultados tenham potencial para a investigação e prática clínica no campo da Psiquiatria. Criado em 1938, foi publicado até 1950, sob o título “Anais do Instituto de Psiquiatria”, sem periodicidade regular.