Pub Date : 2023-12-18DOI: 10.1590/0047-2085000000436
{"title":"The protective role of postpartum resilience on anxiety rates of Brazilian mothers during the COVID-19 pandemic","authors":"","doi":"10.1590/0047-2085000000436","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/0047-2085000000436","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":39594,"journal":{"name":"Jornal Brasileiro de Psiquiatria","volume":"14 3","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-12-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139174471","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-08-28DOI: 10.1590/0047-2085000000407
José Alberto Manoel dos Santos, J. C. Rossini
RESUMO Objetivo: Identificar e analisar estudos internacionais que façam uma investigação a respeito do foco da atenção, da atenção compartilhada e sua relação com faces emocionais. Métodos: Foi realizada uma revisão sistemática com base nas diretrizes do método PRISMA. As bases PubMed e PsycInfo (APA) foram utilizadas para a identificação dos estudos, com base nos descritores em inglês: “joint attention”, “attentional network”, “gaze”, “emotion” e “experimental”, combinados com o booleano AND. Resultados: Foram localizados 249 artigos; desses, 223 foram excluídos no processo de seleção e 26 foram lidos na íntegra e selecionados como elegíveis para compor essa amostra. A atenção compartilhada tem um importante papel no desenvolvimento infantil, repercutindo até a fase adulta. Na atenção compartilhada, não apenas o foco da atenção é compartilhado, mas também os objetivos imediatos e de curto prazo, fornecendo dados a respeito das intenções em relação a outros objetos e pessoas no ambiente. Mudanças físicas no rosto, como mudanças de olhar, desempenham um papel na classificação de confiança. Quando o contato visual acontece, ele modula os circuitos neurais relacionados à recompensa, que são expressos quando rostos agradáveis são apresentados. Conclusão: A atenção compartilhada recebe influência das expressões faciais esboçadas por outro sujeito. Os estímulos agradáveis (felizes) são respondidos mais rapidamente do que os estímulos raivosos, isso porque há uma ativação dopaminérgica ativada por esses estímulos, e a expressão de medo aumenta o efeito do olhar de outra pessoa em direção à atenção do observador, o que pode ser explicado por meio do aprendizado ou da seleção natural.
{"title":"Faces emocionais e sua influência no direcionamento da atenção compartilhada, uma revisão sistemática","authors":"José Alberto Manoel dos Santos, J. C. Rossini","doi":"10.1590/0047-2085000000407","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/0047-2085000000407","url":null,"abstract":"RESUMO Objetivo: Identificar e analisar estudos internacionais que façam uma investigação a respeito do foco da atenção, da atenção compartilhada e sua relação com faces emocionais. Métodos: Foi realizada uma revisão sistemática com base nas diretrizes do método PRISMA. As bases PubMed e PsycInfo (APA) foram utilizadas para a identificação dos estudos, com base nos descritores em inglês: “joint attention”, “attentional network”, “gaze”, “emotion” e “experimental”, combinados com o booleano AND. Resultados: Foram localizados 249 artigos; desses, 223 foram excluídos no processo de seleção e 26 foram lidos na íntegra e selecionados como elegíveis para compor essa amostra. A atenção compartilhada tem um importante papel no desenvolvimento infantil, repercutindo até a fase adulta. Na atenção compartilhada, não apenas o foco da atenção é compartilhado, mas também os objetivos imediatos e de curto prazo, fornecendo dados a respeito das intenções em relação a outros objetos e pessoas no ambiente. Mudanças físicas no rosto, como mudanças de olhar, desempenham um papel na classificação de confiança. Quando o contato visual acontece, ele modula os circuitos neurais relacionados à recompensa, que são expressos quando rostos agradáveis são apresentados. Conclusão: A atenção compartilhada recebe influência das expressões faciais esboçadas por outro sujeito. Os estímulos agradáveis (felizes) são respondidos mais rapidamente do que os estímulos raivosos, isso porque há uma ativação dopaminérgica ativada por esses estímulos, e a expressão de medo aumenta o efeito do olhar de outra pessoa em direção à atenção do observador, o que pode ser explicado por meio do aprendizado ou da seleção natural.","PeriodicalId":39594,"journal":{"name":"Jornal Brasileiro de Psiquiatria","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67339693","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-08-28DOI: 10.1590/0047-2085000000425
M. Pondé, Aracelles Alvarenga Medrado, Amanda Motta Silva, Rafael Cabral Campos, Gustavo Marcelino Siquara
ABSTRACT Objective: Estimate the prevalence of anxiety and depression symptoms in parents of children with autism spectrum disorder (ASD) during the first wave of the Coronavirus Disease (COVID-19) pandemic, comparing them with parents of neurotypical children and with other mental disorders. Methods: Responses from 211 participants were collected from an online form about familial behavior during the pandemic, and the Portuguese version of the HADS scale (Hospital Anxiety and Depression Scale). Results: Anxiety symptoms were present in 51% of the sample and depression was present in 35.1%. The prevalence of depression and anxiety symptoms was 58% and 44.4% respectively in the group of parents of children from the ASD; 50.3% e 32.2% for parents of neurotypical children; and 40% and 35% in the group of parents of children with other mental disorders. Conclusions: The prevalence of anxiety and depression in parents during the pandemic was greater than that of before the pandemic period. The prevalence of anxiety symptoms, as well as the mean scores of anxiety and depression symptoms, were significantly higher for the group of parents of children with the ASD. The results point to the need for additional care for parents and caregivers of children with ASD, since the social isolation adopted as a measure to contain the pandemic seemed to pose as a risk factor for negative psychological effects especially in this group.
{"title":"Prevalence of anxiety and depression in parents of children with autism spectrum disorder during the first wave of the COVID-19 pandemic on Northeast Brazil","authors":"M. Pondé, Aracelles Alvarenga Medrado, Amanda Motta Silva, Rafael Cabral Campos, Gustavo Marcelino Siquara","doi":"10.1590/0047-2085000000425","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/0047-2085000000425","url":null,"abstract":"ABSTRACT Objective: Estimate the prevalence of anxiety and depression symptoms in parents of children with autism spectrum disorder (ASD) during the first wave of the Coronavirus Disease (COVID-19) pandemic, comparing them with parents of neurotypical children and with other mental disorders. Methods: Responses from 211 participants were collected from an online form about familial behavior during the pandemic, and the Portuguese version of the HADS scale (Hospital Anxiety and Depression Scale). Results: Anxiety symptoms were present in 51% of the sample and depression was present in 35.1%. The prevalence of depression and anxiety symptoms was 58% and 44.4% respectively in the group of parents of children from the ASD; 50.3% e 32.2% for parents of neurotypical children; and 40% and 35% in the group of parents of children with other mental disorders. Conclusions: The prevalence of anxiety and depression in parents during the pandemic was greater than that of before the pandemic period. The prevalence of anxiety symptoms, as well as the mean scores of anxiety and depression symptoms, were significantly higher for the group of parents of children with the ASD. The results point to the need for additional care for parents and caregivers of children with ASD, since the social isolation adopted as a measure to contain the pandemic seemed to pose as a risk factor for negative psychological effects especially in this group.","PeriodicalId":39594,"journal":{"name":"Jornal Brasileiro de Psiquiatria","volume":"30 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67339454","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-08-28DOI: 10.1590/0047-2085000000416
Cássio Lamas Pires, Lucas Rodrigues Mentz, N. Cardoso, A. Sordi, F. R. Figueira, F. Schuch, E. Cadore
ABSTRACT Objective: Substance misuse can lead to several consequences for physical and mental health. Physical exercise is an important ally to pharmacological and psychotherapeutic treatment for substance use. However, the literature is still scarce regarding long-term interventions. Thus, this study aims to describe the acceptability and effects of combined physical training intervention (aerobic and strength). Methods: This study comprises an n-of-1 clinical trial that was performed with a 64-year-old male individual with alcohol use disorder. The treatment lasted 12 weeks and evaluated the association of multidisciplinary interventions on quality of life, depressive symptoms, cognitive impairment, and anxiety. Results: The participant improved general quality of life (12.5%), no alterations were found for depressive symptoms, there was an improvement in cognition (20%), as well a reduction in the trait (16.2%) and state (14.7%) anxiety symptoms of the participant. Conclusions: These findings allude to the importance of non-drug therapeutic resources such as structured physical exercise, associated with other offers in the treatment of alcohol use disorder.
{"title":"Combined physical training associated with multidisciplinary intervention in the treatment of alcohol use disorder: a study with n of 1","authors":"Cássio Lamas Pires, Lucas Rodrigues Mentz, N. Cardoso, A. Sordi, F. R. Figueira, F. Schuch, E. Cadore","doi":"10.1590/0047-2085000000416","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/0047-2085000000416","url":null,"abstract":"ABSTRACT Objective: Substance misuse can lead to several consequences for physical and mental health. Physical exercise is an important ally to pharmacological and psychotherapeutic treatment for substance use. However, the literature is still scarce regarding long-term interventions. Thus, this study aims to describe the acceptability and effects of combined physical training intervention (aerobic and strength). Methods: This study comprises an n-of-1 clinical trial that was performed with a 64-year-old male individual with alcohol use disorder. The treatment lasted 12 weeks and evaluated the association of multidisciplinary interventions on quality of life, depressive symptoms, cognitive impairment, and anxiety. Results: The participant improved general quality of life (12.5%), no alterations were found for depressive symptoms, there was an improvement in cognition (20%), as well a reduction in the trait (16.2%) and state (14.7%) anxiety symptoms of the participant. Conclusions: These findings allude to the importance of non-drug therapeutic resources such as structured physical exercise, associated with other offers in the treatment of alcohol use disorder.","PeriodicalId":39594,"journal":{"name":"Jornal Brasileiro de Psiquiatria","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67339477","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-08-28DOI: 10.1590/0047-2085000000423
Rodrigo G. Fonseca, Pamela I. S. Marques, Fernanda F. da Costa, J. Landeira-Fernández, K. Rimes, D. Mograbi
ABSTRACT Objective: Perfectionist beliefs about emotions impact the experience and expression of emotions, being linked to increased levels of depression and anxiety. Given the influence of culture in the representation and expression of emotion, it is possible that beliefs vary across countries, but few empirical studies have been conducted on the theme. This study aims to compare Brazilian and British samples regarding their beliefs about emotional experience and expression. Methods: The current study compared a total of 960 Brazilian and British participants, with the samples having a similar profile in terms of age, gender and ethnicity. Participants answered online the Generalized Anxiety Disorder (GAD-7), Patient Health Questionnaire (PHQ-9), and Beliefs about Emotions Scale (BES). This study aims to compare Brazilian and British samples with regard to beliefs about emotional experience and expression. Results: Significant differences between samples were found for beliefs about emotions. As hypothesized, Brazilians scored lower on unhelpful beliefs about emotions, except for beliefs about experiencing negative feelings and emotional control. Differences in total BES scores remained even after the inclusion of depression and anxiety as covariates. Conclusions: Results suggest higher endorsement of perfectionist beliefs in a European versus a Latin American context, but highlight that this pattern depends on the specific beliefs being studied. These differences should be considered when working with people from different cultural backgrounds and developing cultural adaptations for clinical interventions and psychopathology models.
{"title":"Cross-cultural differences in beliefs about emotions: A comparison between Brazilian and British participants","authors":"Rodrigo G. Fonseca, Pamela I. S. Marques, Fernanda F. da Costa, J. Landeira-Fernández, K. Rimes, D. Mograbi","doi":"10.1590/0047-2085000000423","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/0047-2085000000423","url":null,"abstract":"ABSTRACT Objective: Perfectionist beliefs about emotions impact the experience and expression of emotions, being linked to increased levels of depression and anxiety. Given the influence of culture in the representation and expression of emotion, it is possible that beliefs vary across countries, but few empirical studies have been conducted on the theme. This study aims to compare Brazilian and British samples regarding their beliefs about emotional experience and expression. Methods: The current study compared a total of 960 Brazilian and British participants, with the samples having a similar profile in terms of age, gender and ethnicity. Participants answered online the Generalized Anxiety Disorder (GAD-7), Patient Health Questionnaire (PHQ-9), and Beliefs about Emotions Scale (BES). This study aims to compare Brazilian and British samples with regard to beliefs about emotional experience and expression. Results: Significant differences between samples were found for beliefs about emotions. As hypothesized, Brazilians scored lower on unhelpful beliefs about emotions, except for beliefs about experiencing negative feelings and emotional control. Differences in total BES scores remained even after the inclusion of depression and anxiety as covariates. Conclusions: Results suggest higher endorsement of perfectionist beliefs in a European versus a Latin American context, but highlight that this pattern depends on the specific beliefs being studied. These differences should be considered when working with people from different cultural backgrounds and developing cultural adaptations for clinical interventions and psychopathology models.","PeriodicalId":39594,"journal":{"name":"Jornal Brasileiro de Psiquiatria","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67339776","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-08-28DOI: 10.1590/0047-2085000000420
Manuela Desiderio De Stefani, Lívia Dayane Sousa Azevedo, Ana Paula De Souza, Manoel Antônio dos Santos, R. P. Pessa
RESUMO Objetivo: Avaliar o perfil dos pacientes com transtornos alimentares (TAs) atendidos por um serviço especializado e investigar os fatores associados ao desfecho do tratamento. Métodos: Estudo retrospectivo, realizado com dados de pacientes com TAs que fizeram seguimento em um serviço especializado, desde a sua criação, em 1982, até 2019. Foram coletadas informações, nos prontuários médicos, referentes ao primeiro atendimento, de natureza sociodemográfica, clínica e antropométrica, e ao desfecho do tratamento. Resultados: Foram incluídos 271 pacientes. A amostra foi predominantemente do sexo feminino (89,7%), com idade média de 21,5 ± 9 anos, sem companheiro (86,9%) e diagnóstico de anorexia nervosa (AN) (65,7%), e o índice de massa corporal mais frequente foi de magreza (53,9%). A metade dos indivíduos tinha comorbidades psiquiátricas (50,6%), e 88,5% dos pacientes (n = 100) dos 113 prontuários com essa informação realizaram tratamento anterior. O tempo médio de tratamento foi de 2,16 ± 3,25 anos (1 mês a 40 anos). O abandono foi o desfecho terapêutico mais prevalente na amostra (68,3%). O maior tempo de tratamento e a realização de tratamento anterior reduziram a taxa de abandono, de forma significativa (p = 0,0001 e p = 0,0101, respectivamente). Para os pacientes com diagnóstico de transtorno de personalidade, a média de encaminhamento/inassistência foi 4,47 vezes maior (p = 0,0003). Conclusões: O perfil dos pacientes foi composto por mulheres adultas jovens, estudantes, sem companheiro, com AN, magreza e comorbidades psiquiátricas. A taxa de abandono foi elevada, e os fatores associados foram o tempo de tratamento e a realização de tratamento anterior. Além disso, transtornos de personalidade foram associados a encaminhamento para outro serviço e alta por inassistência.
{"title":"Tratamento dos transtornos alimentares: perfil sociodemográfico, desfechos e fatores associados","authors":"Manuela Desiderio De Stefani, Lívia Dayane Sousa Azevedo, Ana Paula De Souza, Manoel Antônio dos Santos, R. P. Pessa","doi":"10.1590/0047-2085000000420","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/0047-2085000000420","url":null,"abstract":"RESUMO Objetivo: Avaliar o perfil dos pacientes com transtornos alimentares (TAs) atendidos por um serviço especializado e investigar os fatores associados ao desfecho do tratamento. Métodos: Estudo retrospectivo, realizado com dados de pacientes com TAs que fizeram seguimento em um serviço especializado, desde a sua criação, em 1982, até 2019. Foram coletadas informações, nos prontuários médicos, referentes ao primeiro atendimento, de natureza sociodemográfica, clínica e antropométrica, e ao desfecho do tratamento. Resultados: Foram incluídos 271 pacientes. A amostra foi predominantemente do sexo feminino (89,7%), com idade média de 21,5 ± 9 anos, sem companheiro (86,9%) e diagnóstico de anorexia nervosa (AN) (65,7%), e o índice de massa corporal mais frequente foi de magreza (53,9%). A metade dos indivíduos tinha comorbidades psiquiátricas (50,6%), e 88,5% dos pacientes (n = 100) dos 113 prontuários com essa informação realizaram tratamento anterior. O tempo médio de tratamento foi de 2,16 ± 3,25 anos (1 mês a 40 anos). O abandono foi o desfecho terapêutico mais prevalente na amostra (68,3%). O maior tempo de tratamento e a realização de tratamento anterior reduziram a taxa de abandono, de forma significativa (p = 0,0001 e p = 0,0101, respectivamente). Para os pacientes com diagnóstico de transtorno de personalidade, a média de encaminhamento/inassistência foi 4,47 vezes maior (p = 0,0003). Conclusões: O perfil dos pacientes foi composto por mulheres adultas jovens, estudantes, sem companheiro, com AN, magreza e comorbidades psiquiátricas. A taxa de abandono foi elevada, e os fatores associados foram o tempo de tratamento e a realização de tratamento anterior. Além disso, transtornos de personalidade foram associados a encaminhamento para outro serviço e alta por inassistência.","PeriodicalId":39594,"journal":{"name":"Jornal Brasileiro de Psiquiatria","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67339704","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-08-28DOI: 10.1590/0047-2085000000414
Monike Alves Lemes, Giovanna Prezoto Garcia, Beatriz Laperuta do Carmo, Beatriz Azevedo Santiago, D. B. Teixeira, Francisco de Agostinho Junior, P. Cola
RESUMO Objetivo: O objetivo deste estudo foi analisar o comportamento alimentar de crianças e adolescentes com transtorno do espectro autista. Métodos: Participaram deste estudo 21 crianças e adolescentes com TEA, na faixa etária de 2 a 14 anos de idade, de ambos os sexos. Foi aplicado um questionário sobre o comportamento alimentar com os 21 pais e/ou responsáveis das crianças. Esse instrumento é composto por 53 questões, distribuídas nas seguintes categorias: Motricidade na mastigação; Seletividade alimentar; Aspectos comportamentais; Sintomas gastrointestinais; Sensibilidade sensorial e Habilidades nas refeições. Resultados: A análise dos dados obtidos revela que as crianças com TEA apresentaram maiores alterações no comportamento alimentar nas categorias Seletividade alimentar (34,4%), Aspectos comportamentais (27,1%) e Motricidade na mastigação (21,9%). E houve correlação entre a categoria Motricidade na mastigação com todas as outras categorias. Houve também correlação entre seletividade alimentar com aspectos comportamentais e aspectos comportamentais com sensibilidade sensorial e habilidades nas refeições. Conclusão: Portanto, é possível observar que, no comportamento alimentar de crianças e adolescentes com TEA, há uma tendência a seletividade alimentar, comportamentos habituais durante as refeições e dificuldades motoras no que se refere à mastigação e à ingestão dos alimentos.
{"title":"Comportamento alimentar de crianças com transtorno do espectro autista","authors":"Monike Alves Lemes, Giovanna Prezoto Garcia, Beatriz Laperuta do Carmo, Beatriz Azevedo Santiago, D. B. Teixeira, Francisco de Agostinho Junior, P. Cola","doi":"10.1590/0047-2085000000414","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/0047-2085000000414","url":null,"abstract":"RESUMO Objetivo: O objetivo deste estudo foi analisar o comportamento alimentar de crianças e adolescentes com transtorno do espectro autista. Métodos: Participaram deste estudo 21 crianças e adolescentes com TEA, na faixa etária de 2 a 14 anos de idade, de ambos os sexos. Foi aplicado um questionário sobre o comportamento alimentar com os 21 pais e/ou responsáveis das crianças. Esse instrumento é composto por 53 questões, distribuídas nas seguintes categorias: Motricidade na mastigação; Seletividade alimentar; Aspectos comportamentais; Sintomas gastrointestinais; Sensibilidade sensorial e Habilidades nas refeições. Resultados: A análise dos dados obtidos revela que as crianças com TEA apresentaram maiores alterações no comportamento alimentar nas categorias Seletividade alimentar (34,4%), Aspectos comportamentais (27,1%) e Motricidade na mastigação (21,9%). E houve correlação entre a categoria Motricidade na mastigação com todas as outras categorias. Houve também correlação entre seletividade alimentar com aspectos comportamentais e aspectos comportamentais com sensibilidade sensorial e habilidades nas refeições. Conclusão: Portanto, é possível observar que, no comportamento alimentar de crianças e adolescentes com TEA, há uma tendência a seletividade alimentar, comportamentos habituais durante as refeições e dificuldades motoras no que se refere à mastigação e à ingestão dos alimentos.","PeriodicalId":39594,"journal":{"name":"Jornal Brasileiro de Psiquiatria","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67339422","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-06-01DOI: 10.1590/0047-2085000000411
Bruna Carmeni Di Fini, A. Porto, Lucas Gabriel da Silva, Péricles Nick Miranda Moura, Thaís Dell’Oro de Oliveira, J. D. Paula
ABSTRACT Objective To investigate the prevalence of internet gaming disorder (IGD) symptoms in a sample of Brazilian adults, and its association with personality, psychiatric symptoms and psychosocial measures. Methods We evaluated 219 adults online recruited using questionnaires and psychometric scales. We evaluated the behavior and pattern of internet games using the Game Addiction Scale (GAS). We tested the association of the previous measures with the GAS scores by spearman correlations and multiple regression analysis. Results Of our sample, 74% played games online. We found correlations between IGD symptoms and most symptoms of mental disorders, with small or moderate effect sizes, as well as correlations with the personality traits of agreeableness (r = -0.272; p < 0.001), conscientiousness (r = - 0.314; p < 0.001), and neuroticism (r = 0.299; p < 0.001). Additionally, we found a negative association with psychosocial outcomes such as quality of life (r = -0.339; p < 0.001) and life satisfaction (r = - 0.202; p < 0.003). The multivariate model included the personality traits of conscientiousness and agreeableness and symptoms of dissociation and somatization as predictors. The prevalence of IGD was 9% in those who played online games. Conclusion IGD is correlated with different areas of the individual’s life, such as personality, quality of life, and several common symptoms of mental disorders. The prevalence can be considered high among players (9%). Conscientiousness, agreeability, somatic symptoms, and dissociative symptoms were associated with the symptoms of IGD.
{"title":"Prevalence of internet gaming disorder and its psychological correlates","authors":"Bruna Carmeni Di Fini, A. Porto, Lucas Gabriel da Silva, Péricles Nick Miranda Moura, Thaís Dell’Oro de Oliveira, J. D. Paula","doi":"10.1590/0047-2085000000411","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/0047-2085000000411","url":null,"abstract":"ABSTRACT Objective To investigate the prevalence of internet gaming disorder (IGD) symptoms in a sample of Brazilian adults, and its association with personality, psychiatric symptoms and psychosocial measures. Methods We evaluated 219 adults online recruited using questionnaires and psychometric scales. We evaluated the behavior and pattern of internet games using the Game Addiction Scale (GAS). We tested the association of the previous measures with the GAS scores by spearman correlations and multiple regression analysis. Results Of our sample, 74% played games online. We found correlations between IGD symptoms and most symptoms of mental disorders, with small or moderate effect sizes, as well as correlations with the personality traits of agreeableness (r = -0.272; p < 0.001), conscientiousness (r = - 0.314; p < 0.001), and neuroticism (r = 0.299; p < 0.001). Additionally, we found a negative association with psychosocial outcomes such as quality of life (r = -0.339; p < 0.001) and life satisfaction (r = - 0.202; p < 0.003). The multivariate model included the personality traits of conscientiousness and agreeableness and symptoms of dissociation and somatization as predictors. The prevalence of IGD was 9% in those who played online games. Conclusion IGD is correlated with different areas of the individual’s life, such as personality, quality of life, and several common symptoms of mental disorders. The prevalence can be considered high among players (9%). Conscientiousness, agreeability, somatic symptoms, and dissociative symptoms were associated with the symptoms of IGD.","PeriodicalId":39594,"journal":{"name":"Jornal Brasileiro de Psiquiatria","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45161699","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-06-01DOI: 10.1590/0047-2085000000419
Helio G. Rocha Neto, M. Cavalcanti, D. T. Correia
{"title":"Diagnostic unreliability between research and clinical practice in psychiatry still matters: a call for discussion about medical history taking and diagnostic interview basic principles","authors":"Helio G. Rocha Neto, M. Cavalcanti, D. T. Correia","doi":"10.1590/0047-2085000000419","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/0047-2085000000419","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":39594,"journal":{"name":"Jornal Brasileiro de Psiquiatria","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"46999983","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-06-01DOI: 10.1590/0047-208500000047
C. C. Lima, T. F. Fernandes, M. Barbosa, L. Rossi-Barbosa, L. Pinho, Antônio Prates Caldeira
RESUMO Objetivo Analisar os indicadores de prazer e sofrimento no trabalho associados a depressão e ansiedade entre agentes comunitários de saúde (ACSs). Métodos Estudo transversal, no qual variáveis dependentes foram a presença de sintomas de ansiedade e depressão, avaliadas com o Patient Health Questionnaire (PHQ-9) e com o Inventário de Ansiedade de Traço-Estado (IDATE). As variáveis independentes foram avaliadas com um questionário sociodemográfico e a Escala de Indicadores de Prazer e Sofrimento no Trabalho (EIPST) do Inventário do Trabalho e Riscos de Adoecimento (ITRA). As associações entre as variáveis foram testadas com o uso de regressão logística multinominal. Resultados Participaram do estudo 675 ACSs, sendo a maioria mulheres (83,7%), com até 40 anos (51,3%). As chances de apresentar sintomas de ansiedade foram maiores entre ACSs efetivos (1,61 [1,10-2,36]), e avaliações críticas ou graves nos fatores realização (Crítica 1,87 [1,30-2,68]; Grave 4,16 [2,06-8,40]) e esgotamento profissional (Crítica 2,60 [1,78-3,80]; Grave 3,97 [2,53-6,21]). Sexo feminino (2,12 [1,03-4,40]), idade de até 40 anos (1,741 [1,05-2,89]), tempo de serviço superior a cinco anos (1,88 [1,18-2,99]), avaliações crítica ou grave nos fatores realização (Crítica 2,53 [1,55-4,10]; Grave 6,07 [2,76-13,38]), esgotamento profissional (Crítica 5,21 [2,30-11,80]; Grave 15,64 [6,53-37,44]) e falta de reconhecimento (Crítica 1,93 [1,13-3,28]) estiveram associados a maiores chances de sintomas depressivos. Conclusões Apesar de se tratar de estudo transversal, que não permite inferir causalidade, os achados sugerem importante associação entre aspectos laborais dos ACS e os sintomas de ansiedade e depressão. Sexo feminino e possuir 40 anos ou menos também mostraram relação com o aumento dos sintomas de depressão.
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