{"title":"Preferencialmente não mães: mulheres, docência e eugenia","authors":"Audrei Rodrigo da Conceição Pizolati","doi":"10.1590/1806-9584-2023v31n183952","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Resumo: No objetivo de analisar a imbricação entre eugenia, educação e inserção da mulher-mãe no magistério novecentista, fundamentado teórica e metodologicamente nos estudos de gênero pós-estruturalistas e nos estudos de História da Educação, recorreu-se à materialidade da I Conferência Nacional de Educação (1927), em que se investigou a educação e o discurso médico-eugênico pensados para a condução biossocial da mulher-mãe, o qual visava intervir no corpo feminino a fim de gerar descendentes eugenizados. A maternidade posicionaria a mulher-mãe em um não lugar no magistério. Esse ideário, presente também na Conferência de 1927, estabelecia que o compromisso primeiro da mulher-mãe obedeceria às tarefas do lar e ao zelo com os filhos e o esposo. Os “custos” do Estado alusivos à licença especial concedida por lei às mulheres puérperas durante o período letivo foi igualmente debatido.","PeriodicalId":35913,"journal":{"name":"Revista Estudos Feministas","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-05-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Estudos Feministas","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.1590/1806-9584-2023v31n183952","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q3","JCRName":"Social Sciences","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Resumo: No objetivo de analisar a imbricação entre eugenia, educação e inserção da mulher-mãe no magistério novecentista, fundamentado teórica e metodologicamente nos estudos de gênero pós-estruturalistas e nos estudos de História da Educação, recorreu-se à materialidade da I Conferência Nacional de Educação (1927), em que se investigou a educação e o discurso médico-eugênico pensados para a condução biossocial da mulher-mãe, o qual visava intervir no corpo feminino a fim de gerar descendentes eugenizados. A maternidade posicionaria a mulher-mãe em um não lugar no magistério. Esse ideário, presente também na Conferência de 1927, estabelecia que o compromisso primeiro da mulher-mãe obedeceria às tarefas do lar e ao zelo com os filhos e o esposo. Os “custos” do Estado alusivos à licença especial concedida por lei às mulheres puérperas durante o período letivo foi igualmente debatido.