Pub Date : 2023-09-04DOI: 10.1590/1806-9584-2023v31n292873
Cynthia Mara Miranda, Milena Fernandes Barroso
Resumo: O artigo busca refletir sobre a organização das mulheres na Amazônia em defesa de seus corpos-territórios. A análise parte do pressuposto de que a exploração da Amazônia segue o mesmo projeto colonizador dos corpos-territórios e que as lutas contra a expropriação da natureza que impacta nas mudanças climáticas são vivenciadas de forma particular pelas mulheres que emergem como a principal força da resistência na atualidade. A partir de pesquisa teórica com análise bibliográfica e de narrativas, refletimos sobre o conceito de corpo-território, dando enfoque na mobilização das mulheres indígenas e quilombolas durante a COP 27. O estudo apontou que esse debate, numa perspectiva feminista, em que se considere o protagonismo dessas lideranças, pode mudar a compreensão das questões ambientais e gerar conscientização sobre a defesa dos corpos-territórios.
{"title":"Mulheres na Amazônia: lutas em defesa de seus corpos-territórios","authors":"Cynthia Mara Miranda, Milena Fernandes Barroso","doi":"10.1590/1806-9584-2023v31n292873","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1806-9584-2023v31n292873","url":null,"abstract":"Resumo: O artigo busca refletir sobre a organização das mulheres na Amazônia em defesa de seus corpos-territórios. A análise parte do pressuposto de que a exploração da Amazônia segue o mesmo projeto colonizador dos corpos-territórios e que as lutas contra a expropriação da natureza que impacta nas mudanças climáticas são vivenciadas de forma particular pelas mulheres que emergem como a principal força da resistência na atualidade. A partir de pesquisa teórica com análise bibliográfica e de narrativas, refletimos sobre o conceito de corpo-território, dando enfoque na mobilização das mulheres indígenas e quilombolas durante a COP 27. O estudo apontou que esse debate, numa perspectiva feminista, em que se considere o protagonismo dessas lideranças, pode mudar a compreensão das questões ambientais e gerar conscientização sobre a defesa dos corpos-territórios.","PeriodicalId":35913,"journal":{"name":"Revista Estudos Feministas","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67159221","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-09-04DOI: 10.1590/1806-9584-2023v31n292874
C. Rodrigues, Viviane Gonçalves Freitas
Resumo: Buscamos analisar a evolução da produção acadêmica brasileira sobre feminismo negro e interseccionalidade, no período de 1992 a 2020, por meio de uma análise bibliométrica e com raspagem de dados de artigos publicados em revistas das áreas de ciências sociais e humanas (A1, A2 e B1). Destacamos o impacto dos fluxos internacionais em difundir e adensar agendas de pesquisa sobre mulheres negras a partir dos anos 2000 e a importância de dossiês temáticos sobre gênero e raça em periódicos qualificados como mecanismo indutor para a ampliação da produção científica sobre as temáticas. Há um aumento contínuo de textos sobre tais questões a partir dos anos 2010, sugerindo que maior acesso de estudantes negros ao ensino superior e ampliação do debate público sobre interseccionalidade fora da academia possam estar gerando uma retroalimentação quanto ao interesse e à relevância do tema.
{"title":"Feminismo Negro e Interseccionalidade em Periódicos Brasileiros (1992-2020)","authors":"C. Rodrigues, Viviane Gonçalves Freitas","doi":"10.1590/1806-9584-2023v31n292874","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1806-9584-2023v31n292874","url":null,"abstract":"Resumo: Buscamos analisar a evolução da produção acadêmica brasileira sobre feminismo negro e interseccionalidade, no período de 1992 a 2020, por meio de uma análise bibliométrica e com raspagem de dados de artigos publicados em revistas das áreas de ciências sociais e humanas (A1, A2 e B1). Destacamos o impacto dos fluxos internacionais em difundir e adensar agendas de pesquisa sobre mulheres negras a partir dos anos 2000 e a importância de dossiês temáticos sobre gênero e raça em periódicos qualificados como mecanismo indutor para a ampliação da produção científica sobre as temáticas. Há um aumento contínuo de textos sobre tais questões a partir dos anos 2010, sugerindo que maior acesso de estudantes negros ao ensino superior e ampliação do debate público sobre interseccionalidade fora da academia possam estar gerando uma retroalimentação quanto ao interesse e à relevância do tema.","PeriodicalId":35913,"journal":{"name":"Revista Estudos Feministas","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67159237","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-09-04DOI: 10.1590/1806-9584-2023v31n292879
D. Mantovani, Rayani Mariano dos Santos, Thayane Cazallas do Nascimento
Resumo: O Brasil tem enfrentado um processo de intensificação do neoconservadorismo no período recente com ataques a discussões e políticas que visam o combate às desigualdades de gênero, assim como uma ampliação da mobilização religiosa no espaço político. Em 2022, a disputa eleitoral se polarizou entre o atual presidente, Jair Bolsonaro, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Dois aspectos chamam a atenção: a rejeição das mulheres a Bolsonaro e a disputa dos eleitores evangélicos. A partir da análise dos programas eleitorais veiculados nas emissoras de canal aberto de televisão, esse artigo pretende observar como as propagandas eleitorais de Bolsonaro e Lula no segundo turno mobilizam argumentos em torno de questões de gênero, família e religiosidades, à luz das perspectivas críticas feministas.
{"title":"Estratégias neoconservadoras, gênero e família na disputa eleitoral de 2022","authors":"D. Mantovani, Rayani Mariano dos Santos, Thayane Cazallas do Nascimento","doi":"10.1590/1806-9584-2023v31n292879","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1806-9584-2023v31n292879","url":null,"abstract":"Resumo: O Brasil tem enfrentado um processo de intensificação do neoconservadorismo no período recente com ataques a discussões e políticas que visam o combate às desigualdades de gênero, assim como uma ampliação da mobilização religiosa no espaço político. Em 2022, a disputa eleitoral se polarizou entre o atual presidente, Jair Bolsonaro, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Dois aspectos chamam a atenção: a rejeição das mulheres a Bolsonaro e a disputa dos eleitores evangélicos. A partir da análise dos programas eleitorais veiculados nas emissoras de canal aberto de televisão, esse artigo pretende observar como as propagandas eleitorais de Bolsonaro e Lula no segundo turno mobilizam argumentos em torno de questões de gênero, família e religiosidades, à luz das perspectivas críticas feministas.","PeriodicalId":35913,"journal":{"name":"Revista Estudos Feministas","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67158807","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-09-04DOI: 10.1590/1806-9584-2023v31n292882
Beatriz Rodrigues Sanchez
Resumo: Como os movimentos feministas influenciam a aprovação de proposições legislativas? Para responder a esta pergunta, apresento os estudos de caso sobre a legalização do aborto no Brasil e na Argentina, a partir de levantamento bibliográfico, análise de documentos e de matérias de jornais e revistas. A comparação entre os dois países permitiu levantar quatro principais explicações sobre por que, a despeito das semelhanças no que diz respeito aos desenhos institucionais e às trajetórias de ativismo, esta demanda histórica dos movimentos feministas foi institucionalizada somente na Argentina.
{"title":"Entre as ruas e o parlamento: a legalização do aborto no Brasil e na Argentina","authors":"Beatriz Rodrigues Sanchez","doi":"10.1590/1806-9584-2023v31n292882","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1806-9584-2023v31n292882","url":null,"abstract":"Resumo: Como os movimentos feministas influenciam a aprovação de proposições legislativas? Para responder a esta pergunta, apresento os estudos de caso sobre a legalização do aborto no Brasil e na Argentina, a partir de levantamento bibliográfico, análise de documentos e de matérias de jornais e revistas. A comparação entre os dois países permitiu levantar quatro principais explicações sobre por que, a despeito das semelhanças no que diz respeito aos desenhos institucionais e às trajetórias de ativismo, esta demanda histórica dos movimentos feministas foi institucionalizada somente na Argentina.","PeriodicalId":35913,"journal":{"name":"Revista Estudos Feministas","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67159014","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-09-04DOI: 10.1590/1806-9584-2023v31n292878
Mariana Prandini Assis, M. Pinheiro
Resumo: Este artigo busca problematizar o lugar e o papel da família na política de assistência social brasileira. A partir da análise crítica de conteúdo de leis, regulamentações e diretrizes federais a partir da Constituição de 1988, apontamos as contradições persistentes no campo da assistência social que, por um lado, propõe-se a engendrar autonomia e dignidade individuais, mas por outro, implementa ações com foco acentuado na família e na sua manutenção como instituição central de sociabilidade humana. Argumentamos que, ao longo da implementação da política, observa-se um processo de familização, por meio do qual a família foi se tornando seu objeto central e o veículo por meio do qual os seus outros objetivos são implementados. Valendo-nos de teorias feministas que propõem a abolição da família, realizamos um exercício de imaginar um processo inverso, de desfamilização da política de assistência social no Brasil.
{"title":"Pela desfamilização da política de assistência social no Brasil","authors":"Mariana Prandini Assis, M. Pinheiro","doi":"10.1590/1806-9584-2023v31n292878","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1806-9584-2023v31n292878","url":null,"abstract":"Resumo: Este artigo busca problematizar o lugar e o papel da família na política de assistência social brasileira. A partir da análise crítica de conteúdo de leis, regulamentações e diretrizes federais a partir da Constituição de 1988, apontamos as contradições persistentes no campo da assistência social que, por um lado, propõe-se a engendrar autonomia e dignidade individuais, mas por outro, implementa ações com foco acentuado na família e na sua manutenção como instituição central de sociabilidade humana. Argumentamos que, ao longo da implementação da política, observa-se um processo de familização, por meio do qual a família foi se tornando seu objeto central e o veículo por meio do qual os seus outros objetivos são implementados. Valendo-nos de teorias feministas que propõem a abolição da família, realizamos um exercício de imaginar um processo inverso, de desfamilização da política de assistência social no Brasil.","PeriodicalId":35913,"journal":{"name":"Revista Estudos Feministas","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67158796","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-09-04DOI: 10.1590/1806-9584-2023v31n292876
L. Carvalho
Resumo: Propomos, neste artigo, a análise do desenho da Rede Cegonha e da resposta à epidemia do vírus Zika, desde a perspectiva das políticas de saúde para as mulheres no Brasil. Construímos essa análise à luz de uma tríade de fatores que influenciam o desenho das políticas públicas: a mobilização de narrativas transnacionais; a interseccionalidade dos determinantes sociais de saúde e a mobilização da sociedade civil, em particular os movimentos de mulheres e feministas. Por meio de pesquisa em documentos produzidos por autoridades de saúde pública e de entrevistas com mulheres ativistas em saúde, reconstruímos a trajetória das políticas de saúde para as mulheres e discutimos que a dimensão transnacional presente nessas ações e programas ainda é pouco considerada pela literatura quando analisamos o ciclo dessas políticas, sobretudo no que tange às narrativas apresentadas por governos e sociedade civil.
{"title":"Transnacionalismo, interseccionalidade e ativismo na política de saúde para mulheres","authors":"L. Carvalho","doi":"10.1590/1806-9584-2023v31n292876","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1806-9584-2023v31n292876","url":null,"abstract":"Resumo: Propomos, neste artigo, a análise do desenho da Rede Cegonha e da resposta à epidemia do vírus Zika, desde a perspectiva das políticas de saúde para as mulheres no Brasil. Construímos essa análise à luz de uma tríade de fatores que influenciam o desenho das políticas públicas: a mobilização de narrativas transnacionais; a interseccionalidade dos determinantes sociais de saúde e a mobilização da sociedade civil, em particular os movimentos de mulheres e feministas. Por meio de pesquisa em documentos produzidos por autoridades de saúde pública e de entrevistas com mulheres ativistas em saúde, reconstruímos a trajetória das políticas de saúde para as mulheres e discutimos que a dimensão transnacional presente nessas ações e programas ainda é pouco considerada pela literatura quando analisamos o ciclo dessas políticas, sobretudo no que tange às narrativas apresentadas por governos e sociedade civil.","PeriodicalId":35913,"journal":{"name":"Revista Estudos Feministas","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67158755","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-09-04DOI: 10.1590/1806-9584-2023v31n292877
Bárbara Araújo Machado, M. K. Mano
Resumo: Na última década, o Brasil viveu um processo de desdemocratização e de avanço das políticas neoliberais, que levaram a uma precarização da vida. À desqualificação das mulheres, das lutas feministas e dos estudos de gênero, presente nos discursos da extrema-direita e de seus representantes, combina-se a privatização dos serviços públicos ou a restrição ao seu acesso, ampliando as tarefas não remuneradas de cuidado. Diante de tal quadro, que atinge particularmente as mulheres e as pessoas que exercem funções reprodutivas, torna-se urgente estabelecer um diálogo entre teorias feministas materialistas que têm no mundo do trabalho seu eixo central. O presente artigo propõe um encontro entre o feminismo materialista francófono e a teoria marxista da reprodução social, buscando contribuir para a análise e, desde a teoria da práxis, para transformar a realidade social.
{"title":"Feminismos anticapitalistas contra a precarização da vida","authors":"Bárbara Araújo Machado, M. K. Mano","doi":"10.1590/1806-9584-2023v31n292877","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1806-9584-2023v31n292877","url":null,"abstract":"Resumo: Na última década, o Brasil viveu um processo de desdemocratização e de avanço das políticas neoliberais, que levaram a uma precarização da vida. À desqualificação das mulheres, das lutas feministas e dos estudos de gênero, presente nos discursos da extrema-direita e de seus representantes, combina-se a privatização dos serviços públicos ou a restrição ao seu acesso, ampliando as tarefas não remuneradas de cuidado. Diante de tal quadro, que atinge particularmente as mulheres e as pessoas que exercem funções reprodutivas, torna-se urgente estabelecer um diálogo entre teorias feministas materialistas que têm no mundo do trabalho seu eixo central. O presente artigo propõe um encontro entre o feminismo materialista francófono e a teoria marxista da reprodução social, buscando contribuir para a análise e, desde a teoria da práxis, para transformar a realidade social.","PeriodicalId":35913,"journal":{"name":"Revista Estudos Feministas","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67158783","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Resumo: Este artigo busca compreender os discursos de parlamentares brasileiras sobre mulheres e relações de gênero em pronunciamentos na Câmara dos Deputados e em suas mídias sociais pessoais. O objetivo é desvelar quais temas, reivindicações, símbolos e termos são enunciados por representantes mulheres localizadas em pontos diferentes do espectro político. Para tanto, a pesquisa se debruça sobre 344 posts de Instagram, 57.309 tuítes e 444 trechos de discursos das deputadas federais Gleisi Hoffmann (PT), Jandira Feghali (PCdoB), Bia Kicis (PL) e Carla Zambelli (PL) que datam de março e maio de 2019, 2020 e 2021. A partir da análise do discurso crítica e da análise léxica automatizada, os resultados apontam a baixa tematização de discussões sobre gênero no corpus e uma atuação discursiva próxima às pautas gerais de seus partidos, divididos entre oposição e base governista.
{"title":"Discursos de deputadas federais sobre mulheres: espaço institucional e mídias sociais","authors":"Rayza Sarmento, Cristiane Brum Bernardes, Giulia Sbaraini Fontes","doi":"10.1590/1806-9584-2023v31n292871","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1806-9584-2023v31n292871","url":null,"abstract":"Resumo: Este artigo busca compreender os discursos de parlamentares brasileiras sobre mulheres e relações de gênero em pronunciamentos na Câmara dos Deputados e em suas mídias sociais pessoais. O objetivo é desvelar quais temas, reivindicações, símbolos e termos são enunciados por representantes mulheres localizadas em pontos diferentes do espectro político. Para tanto, a pesquisa se debruça sobre 344 posts de Instagram, 57.309 tuítes e 444 trechos de discursos das deputadas federais Gleisi Hoffmann (PT), Jandira Feghali (PCdoB), Bia Kicis (PL) e Carla Zambelli (PL) que datam de março e maio de 2019, 2020 e 2021. A partir da análise do discurso crítica e da análise léxica automatizada, os resultados apontam a baixa tematização de discussões sobre gênero no corpus e uma atuação discursiva próxima às pautas gerais de seus partidos, divididos entre oposição e base governista.","PeriodicalId":35913,"journal":{"name":"Revista Estudos Feministas","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67159187","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-09-04DOI: 10.1590/1806-9584-2023v31n294280
M. K. Mano, Viviane Gonçalves Freitas
{"title":"Ciência Política, feminismos e debates contemporâneos","authors":"M. K. Mano, Viviane Gonçalves Freitas","doi":"10.1590/1806-9584-2023v31n294280","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1806-9584-2023v31n294280","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":35913,"journal":{"name":"Revista Estudos Feministas","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67159071","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-09-01DOI: 10.1590/1806-9584-2023v31n286227
C. D. Souza, Manoel Antônio dos Santos
Resumo: Os discursos normativizantes que oprimem as mulheres lésbicas prescrevem como legítima a heterossexualidade como base de funcionamento da organização social. Para reforçar a heteronormatividade, a existência lésbica é mantida invisibilizada ou desqualificada como sexualidade volúvel. O objetivo deste estudo é analisar as sutilezas do relacionamento afetivo entre mulheres como insurgências frente a esse apagamento. Para tanto, parte-se da leitura do filme Retrato de uma Jovem em Chamas, com base nas teorias feministas de gênero. Tendo como método a etnografia de tela, as análises foram amparadas na descrição de diálogos/cenas extraídos/as da narrativa cinematográfica. Inspiradas na arte, as protagonistas criam soluções criativas para desatar os nós das amarras que as impedem de viverem plenamente a relação. A obra celebra a potência subversiva do amor entre mulheres, não apenas pelo vértice do vínculo amoroso, mas também de diferentes alianças e relações de cumplicidade e sororidade possíveis.
{"title":"Sutilezas do relacionamento afetivo-sexual entre mulheres em Retrato de uma Jovem em Chamas","authors":"C. D. Souza, Manoel Antônio dos Santos","doi":"10.1590/1806-9584-2023v31n286227","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1806-9584-2023v31n286227","url":null,"abstract":"Resumo: Os discursos normativizantes que oprimem as mulheres lésbicas prescrevem como legítima a heterossexualidade como base de funcionamento da organização social. Para reforçar a heteronormatividade, a existência lésbica é mantida invisibilizada ou desqualificada como sexualidade volúvel. O objetivo deste estudo é analisar as sutilezas do relacionamento afetivo entre mulheres como insurgências frente a esse apagamento. Para tanto, parte-se da leitura do filme Retrato de uma Jovem em Chamas, com base nas teorias feministas de gênero. Tendo como método a etnografia de tela, as análises foram amparadas na descrição de diálogos/cenas extraídos/as da narrativa cinematográfica. Inspiradas na arte, as protagonistas criam soluções criativas para desatar os nós das amarras que as impedem de viverem plenamente a relação. A obra celebra a potência subversiva do amor entre mulheres, não apenas pelo vértice do vínculo amoroso, mas também de diferentes alianças e relações de cumplicidade e sororidade possíveis.","PeriodicalId":35913,"journal":{"name":"Revista Estudos Feministas","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67159043","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}