{"title":"Histórias de vida de mulheres Sem Terra: divisão sexual do trabalho na agroecologia","authors":"Cristiane Coradin, Sônia Fátima Schwendler","doi":"10.1590/1806-9584-2023v31n283307","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Resumo: Neste artigo, analisamos a divisão sexual do trabalho no trabalho agroecológico de mulheres que vivem em territórios de Reforma Agrária do Paraná. Os dados de campo apontam para o aumento da autonomia, ‘agência’ e subjetividade ativa das mulheres. Entretanto, identificamos persistências de divisões sexuais do trabalho patriarcais. Esse quadro conduz à ampliação de jornadas de trabalho e esgotamento do corpo das mulheres. Além disso, identificamos redução da organização sociopolítica e migração para o âmbito da produção e comercialização agroecológica. Essas desigualdades são reduzidas por fatores geracionais, escolaridade, formação de gênero e transitoriedade campo-cidade. Mediante tal cenário, a reivindicação feminista da divisão sexual do trabalho igualitária é relevante na luta política de gênero, pela terra, agroecologia e decolonial.","PeriodicalId":35913,"journal":{"name":"Revista Estudos Feministas","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-07-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Estudos Feministas","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.1590/1806-9584-2023v31n283307","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q3","JCRName":"Social Sciences","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Resumo: Neste artigo, analisamos a divisão sexual do trabalho no trabalho agroecológico de mulheres que vivem em territórios de Reforma Agrária do Paraná. Os dados de campo apontam para o aumento da autonomia, ‘agência’ e subjetividade ativa das mulheres. Entretanto, identificamos persistências de divisões sexuais do trabalho patriarcais. Esse quadro conduz à ampliação de jornadas de trabalho e esgotamento do corpo das mulheres. Além disso, identificamos redução da organização sociopolítica e migração para o âmbito da produção e comercialização agroecológica. Essas desigualdades são reduzidas por fatores geracionais, escolaridade, formação de gênero e transitoriedade campo-cidade. Mediante tal cenário, a reivindicação feminista da divisão sexual do trabalho igualitária é relevante na luta política de gênero, pela terra, agroecologia e decolonial.