{"title":"Saúde sem colarinhos: desafios da saúde ocupacional no advento do pós-Fordismo","authors":"Guilherme Queiroz","doi":"10.1590/2317-6369/18521pt2023v48e10","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Resumo Introdução: o termo pós-Fordismo refere-se a um modelo de organização laboral de acordo com a evolução dos meios de produção na segunda metade do século XX. Fruto das alterações substanciais dos mecanismos de regulação e contratação, este modelo prioriza a flexibilização e fragmentação da relação com o trabalhador. Com o advento informático, o pós-Fordismo ganha novos moldes e hiperboliza-se com as economias de plataforma em linha e a chamada uberização do trabalho. Objetivo: analisar criticamente as características do modelo pós-fordista e seus impactos à saúde ocupacional. Métodos: foi realizada uma revisão narrativa da literatura. Resultados: apontam-se para três aspectos do modelo pós-Fordista: 1) instabilidade laboral; 2) sobrecarga laboral; e 3) demanda psicossocial. Esses determinantes têm sido fortemente associados a maus resultados em saúde, sobretudo mental. Conclusões: as mudanças na conceptualização do trabalhador e do lugar do trabalho na vida do indivíduo exigem novas formas de pensar a saúde ocupacional. Para mitigar as consequências do pós-Fordismo, é necessária uma clara percepção das suas dinâmicas e uma mobilização de esforços multissetoriais.","PeriodicalId":30075,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Saude Ocupacional","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-09-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Brasileira de Saude Ocupacional","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.1590/2317-6369/18521pt2023v48e10","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Resumo Introdução: o termo pós-Fordismo refere-se a um modelo de organização laboral de acordo com a evolução dos meios de produção na segunda metade do século XX. Fruto das alterações substanciais dos mecanismos de regulação e contratação, este modelo prioriza a flexibilização e fragmentação da relação com o trabalhador. Com o advento informático, o pós-Fordismo ganha novos moldes e hiperboliza-se com as economias de plataforma em linha e a chamada uberização do trabalho. Objetivo: analisar criticamente as características do modelo pós-fordista e seus impactos à saúde ocupacional. Métodos: foi realizada uma revisão narrativa da literatura. Resultados: apontam-se para três aspectos do modelo pós-Fordista: 1) instabilidade laboral; 2) sobrecarga laboral; e 3) demanda psicossocial. Esses determinantes têm sido fortemente associados a maus resultados em saúde, sobretudo mental. Conclusões: as mudanças na conceptualização do trabalhador e do lugar do trabalho na vida do indivíduo exigem novas formas de pensar a saúde ocupacional. Para mitigar as consequências do pós-Fordismo, é necessária uma clara percepção das suas dinâmicas e uma mobilização de esforços multissetoriais.