Catia Cristina Martins de Oliveira, Fabiane Canellas de Paula, Nadja Raquel Lustosa Lopes, Renata Vasconcelos
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Abstract
Justificativa: Desde dezembro de 2019, o novo coronavírus SARS-Cov-2, também chamado COVID-19, tem se espalhado rapidamente pelos países, tornando-se um dos maiores desafios sanitários deste século. No Brasil, ele foi declarado como una emergência de saúde pública em março de 2020. O objetivo deste estudo foi descrever o perfil dos pacientes hospitalizados por COVID-19 em um hospital de emergência no município de Rio de Janeiro, bem como os fatores associados ao óbito hospitalar. Métodos: Estudo observacional retrospectivo, que incluiu pacientes internados entre março e dezembro de 2020 com um diagnóstico confirmado de COVID-19. Os aspectos epidemiológicos, clínicos, e laboratoriais foram extraídos das fichas de investigação epidemiológica e do prontuário hospitalar. Resultados: Foram internados 582 casos suspeitos de COVID-19 e 317 foram confirmados, dos quais 182 (57,5%) eram do sexo masculino, e a maioria era residente na zona norte do Rio de Janeiro (42,5%). Principais achados ‘tomográficos ou radiológicos’: vidro fosco (34,7%) e infiltrado pulmonar (15,4%), e mais da metade dos hospitalizados (64,0%) apresentava pelo menos uma comorbidade. Entre os pacientes hospitalizados, a letalidade geral foi de 53,6% sendo que entre os internados na UTI esse percentual foi de 84,5%. Idade e uso de suporte ventilatório e UTI foram as variáveis que mostraram associação estatisticamente significante com mortalidade intra-hospitalar. Conclusão: Este estudo reforça a importância da vigilância epidemiológica, em âmbito hospitalar, principalmente para as doenças em que o sistema de vigilância passivo pode não ser capaz de reportar adequadamente, como no caso da COVID-19.