Pub Date : 2023-03-03DOI: 10.17058/reci.v12i4.17755
Millena Pereira dos Santos, Jardel Martins Ferreira, Marco Augusto Giannoccaro da Silva, Katyane De Sousa Almeida
Justificativa e objetivos: a leishmaniose visceral humana (LVH) constitui-se em persistente problema de saúde pública, configurando-se um desafio à redução de sua letalidade. Para avaliação dos fatores associados à letalidade, este estudo tem ênfase no tempo decorrido da suspeição ao tratamento de LVH, nos anos de 2015 a 2019, no município de Araguaína-TO, área de transmissão intensa. Métodos: estudo epidemiológico de série de casos com acompanhamento longitudinal, com informações extraídas das fichas de notificação e investigação de LVH. Utilizou-se o risco relativo (RR) como medida de força de associação para o óbito, sendo calculado com intervalos de confiança (IC 95%) estimados pelo Teste de Wald. Os intervalos de tempo foram representados em dias por box plot em medianas (Md). Resultados: dos 191 casos de LVH, 179 (93,72%) obtiveram cura e 12 (6,28%) apresentaram desfecho fatal. Não houve associação de risco de morte por sexo, escolaridade, raça ou cor, sendo significativa apenas por idade nas faixas etárias de adultos jovens (RR= 16,09) e idosos (RR=7,08). O tempo da suspeição ao tratamento em crianças foi mais curto (0-35 dias, Md= 12) que o de pacientes mais velhos (4-44 dias, Md=18) e naqueles que evoluíram ao óbito (7-65 dias, Md=20), realçando maior inoportunidade de cura nesses dois últimos grupos. Conclusão: o diagnóstico tardio foi um indicador determinante para piores desfechos, e cinco dias fizeram a diferença entre o grupo com desfecho para cura e o grupo dos que vieram a óbito, destacando a necessidade de encurtamento da espera para tratamento.
{"title":"Leishmaniose visceral humana: letalidade e tempo da suspeição ao tratamento em área endêmica no Brasil","authors":"Millena Pereira dos Santos, Jardel Martins Ferreira, Marco Augusto Giannoccaro da Silva, Katyane De Sousa Almeida","doi":"10.17058/reci.v12i4.17755","DOIUrl":"https://doi.org/10.17058/reci.v12i4.17755","url":null,"abstract":"Justificativa e objetivos: a leishmaniose visceral humana (LVH) constitui-se em persistente problema de saúde pública, configurando-se um desafio à redução de sua letalidade. Para avaliação dos fatores associados à letalidade, este estudo tem ênfase no tempo decorrido da suspeição ao tratamento de LVH, nos anos de 2015 a 2019, no município de Araguaína-TO, área de transmissão intensa. Métodos: estudo epidemiológico de série de casos com acompanhamento longitudinal, com informações extraídas das fichas de notificação e investigação de LVH. Utilizou-se o risco relativo (RR) como medida de força de associação para o óbito, sendo calculado com intervalos de confiança (IC 95%) estimados pelo Teste de Wald. Os intervalos de tempo foram representados em dias por box plot em medianas (Md). Resultados: dos 191 casos de LVH, 179 (93,72%) obtiveram cura e 12 (6,28%) apresentaram desfecho fatal. Não houve associação de risco de morte por sexo, escolaridade, raça ou cor, sendo significativa apenas por idade nas faixas etárias de adultos jovens (RR= 16,09) e idosos (RR=7,08). O tempo da suspeição ao tratamento em crianças foi mais curto (0-35 dias, Md= 12) que o de pacientes mais velhos (4-44 dias, Md=18) e naqueles que evoluíram ao óbito (7-65 dias, Md=20), realçando maior inoportunidade de cura nesses dois últimos grupos. Conclusão: o diagnóstico tardio foi um indicador determinante para piores desfechos, e cinco dias fizeram a diferença entre o grupo com desfecho para cura e o grupo dos que vieram a óbito, destacando a necessidade de encurtamento da espera para tratamento.","PeriodicalId":42212,"journal":{"name":"Revista de Epidemiologia e Controle de Infeccao","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.2,"publicationDate":"2023-03-03","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67628553","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-02-17DOI: 10.17058/reci.v12i4.17082
J. Costa, Mara Viana Cardoso Amaral, G. Santos, Tatiana de Oliveira Vieira, Gilmar Mercês de Jesus, Graciete Oliveira Vieira, A. M. A. D. Oliveira
RESUMO Justificativa e objetivos: o estilo de vida das crianças relacionado à alimentação trouxe mudanças no estado de peso e no padrão alimentar. Objetivou-se averiguar a associação entre o padrão de consumo alimentar e o excesso de peso em pré-escolares aos seis anos de idade. Métodos: análise transversal, de uma coorte prospectiva de nascimento, em 2004, em Feira de Santana-BA. Verificou-se a frequência do consumo alimentar, caracterizado por padrões e estabelecido por meio do questionário de frequência alimentar, validado em um estudo prévio, em padrão 1: leite, verduras, cereais, leguminosas, frutas e pescados; padrão 2: salgadinhos, refrigerantes/sucos artificiais, óleos, doces e cafés/chás; padrão 3: embutidos, fast food, ketchup/maionese e ovo; padrão 4: carnes vermelhas e frango. O excesso de peso foi definido segundo os critérios da Organização Mundial da Saúde. A associação principal foi avaliada mediante Teste Qui-Quadrado de Pearson e regressão de Poisson. Resultados: investigaram-se 618 crianças. O excesso de peso ocorreu em 28,6%, e a frequência do padrão 3 foi de 68%. Na análise bivariada, somente o padrão 3 se associou com o excesso de peso da criança (RP: 1,23; IC95%: 1,01-1,63). Na análise multivariada, a prevalência de crianças que consumiam o padrão 3 com excesso de peso foi de 50% (RPajustado: 1,50; IC95%: 1,01–1,93). Conclusão: o consumo moderado/alto de embutidos, fast food, ketchup/maionese e ovo se associou com o excesso de peso entre as crianças.
{"title":"Padrão de consumo alimentar e excesso de peso em pré-escolares: estudo transversal","authors":"J. Costa, Mara Viana Cardoso Amaral, G. Santos, Tatiana de Oliveira Vieira, Gilmar Mercês de Jesus, Graciete Oliveira Vieira, A. M. A. D. Oliveira","doi":"10.17058/reci.v12i4.17082","DOIUrl":"https://doi.org/10.17058/reci.v12i4.17082","url":null,"abstract":"RESUMO\u0000Justificativa e objetivos: o estilo de vida das crianças relacionado à alimentação trouxe mudanças no estado de peso e no padrão alimentar. Objetivou-se averiguar a associação entre o padrão de consumo alimentar e o excesso de peso em pré-escolares aos seis anos de idade. Métodos: análise transversal, de uma coorte prospectiva de nascimento, em 2004, em Feira de Santana-BA. Verificou-se a frequência do consumo alimentar, caracterizado por padrões e estabelecido por meio do questionário de frequência alimentar, validado em um estudo prévio, em padrão 1: leite, verduras, cereais, leguminosas, frutas e pescados; padrão 2: salgadinhos, refrigerantes/sucos artificiais, óleos, doces e cafés/chás; padrão 3: embutidos, fast food, ketchup/maionese e ovo; padrão 4: carnes vermelhas e frango. O excesso de peso foi definido segundo os critérios da Organização Mundial da Saúde. A associação principal foi avaliada mediante Teste Qui-Quadrado de Pearson e regressão de Poisson. Resultados: investigaram-se 618 crianças. O excesso de peso ocorreu em 28,6%, e a frequência do padrão 3 foi de 68%. Na análise bivariada, somente o padrão 3 se associou com o excesso de peso da criança (RP: 1,23; IC95%: 1,01-1,63). Na análise multivariada, a prevalência de crianças que consumiam o padrão 3 com excesso de peso foi de 50% (RPajustado: 1,50; IC95%: 1,01–1,93). Conclusão: o consumo moderado/alto de embutidos, fast food, ketchup/maionese e ovo se associou com o excesso de peso entre as crianças.","PeriodicalId":42212,"journal":{"name":"Revista de Epidemiologia e Controle de Infeccao","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.2,"publicationDate":"2023-02-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67627788","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-02-17DOI: 10.17058/reci.v12i4.16545
Ademir Ferreira da Silva Júnior, Suellen Patrícia Sales da Costa Loureiro, Felipe da Rocha Soares, Antônio Marcos Almeida Bezerra, Fernando Cesar de Souza Braga, Josiane Macedo de Oliveira, P. Almeida, Karla Valéria Batista Lima
Justificativas e objetivos: as infecções relacionadas à assistência a saúde (IRAS) são um grave problema de saúde pública mundial. Ocorrem principalmente nos Centros de Terapia Intensiva (CTI), onde a estrutura física e insumos não favorecem a adesão da higienização das mãos (HM) entre os profissionais de saúde. Dessa forma, o presente estudo teve como objetivo descrever e avaliar a estrutura física e de insumos destinados à prática de HM em um CTI de um hospital público oncológico da região Norte, Pará, Brasil. Métodos: trata-se de um estudo descritivo, observacional e transversal com abordagem quantitativa. Os dados foram coletados através de um questionário baseado no Guia para a Implementação da Estratégia Multimodal da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Melhoria da Higiene das Mãos. Resultados: o estudo identificou que existiam 17 leitos funcionantes e 6 interditados, além de 11 pias no local, porém apenas 5 possuíam sabão líquido e papel toalha, todas com água. Foram identificados 10 dispensadores de álcool, porém apenas 7 estavam funcionantes e reabastecidos. Nenhum dos profissionais encontrados possuíam frasco alcoólico de bolso. Conclusão: o estudo concluiu que a estrutura física e os insumos encontrados no CTI investigado estão parcialmente adequados para a realização da prática de desinfecção das mãos. Contudo, devem ser implementadas melhorias nessas estruturas, bem como auditorias periódicas e atividades de educação permanente em saúde, visando relembrar os profissionais sobre a prática de HM de forma correta.
{"title":"Estrutura física e insumos destinados à higienização das mãos no CTI de um hospital público","authors":"Ademir Ferreira da Silva Júnior, Suellen Patrícia Sales da Costa Loureiro, Felipe da Rocha Soares, Antônio Marcos Almeida Bezerra, Fernando Cesar de Souza Braga, Josiane Macedo de Oliveira, P. Almeida, Karla Valéria Batista Lima","doi":"10.17058/reci.v12i4.16545","DOIUrl":"https://doi.org/10.17058/reci.v12i4.16545","url":null,"abstract":"Justificativas e objetivos: as infecções relacionadas à assistência a saúde (IRAS) são um grave problema de saúde pública mundial. Ocorrem principalmente nos Centros de Terapia Intensiva (CTI), onde a estrutura física e insumos não favorecem a adesão da higienização das mãos (HM) entre os profissionais de saúde. Dessa forma, o presente estudo teve como objetivo descrever e avaliar a estrutura física e de insumos destinados à prática de HM em um CTI de um hospital público oncológico da região Norte, Pará, Brasil. Métodos: trata-se de um estudo descritivo, observacional e transversal com abordagem quantitativa. Os dados foram coletados através de um questionário baseado no Guia para a Implementação da Estratégia Multimodal da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Melhoria da Higiene das Mãos. Resultados: o estudo identificou que existiam 17 leitos funcionantes e 6 interditados, além de 11 pias no local, porém apenas 5 possuíam sabão líquido e papel toalha, todas com água. Foram identificados 10 dispensadores de álcool, porém apenas 7 estavam funcionantes e reabastecidos. Nenhum dos profissionais encontrados possuíam frasco alcoólico de bolso. Conclusão: o estudo concluiu que a estrutura física e os insumos encontrados no CTI investigado estão parcialmente adequados para a realização da prática de desinfecção das mãos. Contudo, devem ser implementadas melhorias nessas estruturas, bem como auditorias periódicas e atividades de educação permanente em saúde, visando relembrar os profissionais sobre a prática de HM de forma correta.","PeriodicalId":42212,"journal":{"name":"Revista de Epidemiologia e Controle de Infeccao","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.2,"publicationDate":"2023-02-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67628094","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-01-17DOI: 10.17058/reci.v12i4.17388
R. C. D. Almeida, André Klafke, Andresa Fontoura Garbini, Daniela dos Reis Carazai, Fernanda Costa dos Santos, Raquel Lutkmeier, Veridiana Baldon
Background and objectives: COVID-19 is a life-threatening disease. Recognizing the main characteristics of the disease and its main complications will help future interventions, care, and management of health services since territorial and population diversities directly influence health outcomes. Our main objective is to describe the clinical characteristics, outcomes, and factors associated with mortality of patients with COVID-19 admitted to the intensive care unit of a public and tertiary hospital. Methods: Cohort study, conducted from March 1 to September 30, 2020. Poisson regression was performed to investigate the variables of hospital treatment as potential risk factors for in-hospital mortality. Results: Of the 283 eligible patients in this study, the hospital mortality rate was of 41.7% (n=118). The most common outcomes were acute respiratory distress syndrome, nosocomial infection, and septic shock. Factors independently associated with increased risk of death were age greater than 51 years old (RR=1.7, 95%CI=1.0-2.8), especially over 70 years old (RR=2.9, 95%CI=1.7-2.8), current smoker (RR=1.8, 95%CI=1.1-2.9), requiring the use of inotrope (RR=1.4, 95%CI=1.0-2.0), and presenting potassium greater than 5.0 mEq/l on admission (RR=1.3, 95%CI=1.0-1.7).
{"title":"Factors associated with mortality in critically ill patients with COVID-19","authors":"R. C. D. Almeida, André Klafke, Andresa Fontoura Garbini, Daniela dos Reis Carazai, Fernanda Costa dos Santos, Raquel Lutkmeier, Veridiana Baldon","doi":"10.17058/reci.v12i4.17388","DOIUrl":"https://doi.org/10.17058/reci.v12i4.17388","url":null,"abstract":"Background and objectives: COVID-19 is a life-threatening disease. Recognizing the main characteristics of the disease and its main complications will help future interventions, care, and management of health services since territorial and population diversities directly influence health outcomes. Our main objective is to describe the clinical characteristics, outcomes, and factors associated with mortality of patients with COVID-19 admitted to the intensive care unit of a public and tertiary hospital. Methods: Cohort study, conducted from March 1 to September 30, 2020. Poisson regression was performed to investigate the variables of hospital treatment as potential risk factors for in-hospital mortality. Results: Of the 283 eligible patients in this study, the hospital mortality rate was of 41.7% (n=118). The most common outcomes were acute respiratory distress syndrome, nosocomial infection, and septic shock. Factors independently associated with increased risk of death were age greater than 51 years old (RR=1.7, 95%CI=1.0-2.8), especially over 70 years old (RR=2.9, 95%CI=1.7-2.8), current smoker (RR=1.8, 95%CI=1.1-2.9), requiring the use of inotrope (RR=1.4, 95%CI=1.0-2.0), and presenting potassium greater than 5.0 mEq/l on admission (RR=1.3, 95%CI=1.0-1.7).","PeriodicalId":42212,"journal":{"name":"Revista de Epidemiologia e Controle de Infeccao","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.2,"publicationDate":"2023-01-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67628047","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Justificativa e Objetivos: avaliar o perfil epidemiológico de pacientes diagnosticados com pneumonia associada à ventilação mecânica (PAVM) em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e investigar a adequação dos cuidados de enfermagem. Métodos: estudo quantitativo de coorte, retrospectivo, aplicado na UTI de um hospital do interior do Rio Grande do Sul. Envolveu 100% dos prontuários de pacientes com mais de 20 anos de idade, no ano de 2019, que desenvolveram PAVM. Resultados: estiveram em ventilação mecânica invasiva (VMI) 3.215 pacientes e, desses, 13 desenvolveram PAVM (2,47%). A maioria era homens (76,92%), com média de idade de 60,3 anos, cujas principais causas de internação foram problemas cardíacos (30,77%), politraumatismo (30,77%) e acidente vascular cerebral (15,39%). Os principais patógenos encontrados nos aspirados traqueais foram Acinetobacter sp (15%) e Pseudomonas aeruginosa (15%). A média de permanência na UTI foi de 30,61 dias, e foram a óbito 61,53%. Para avaliação dos cuidados de enfermagem, foi calculada a média de checklist do bundle de PAVM, aplicados, conforme a quantidade de dias em VMI. O resultado foi de 2,62 checklists por dia, sendo que a instituição preconiza quatro. Conclusão: o estudo permitiu conhecer o perfil epidemiológico dos pacientes com PAVM, além de observar a necessidade de melhora nos cuidados de enfermagem, considerando que a realização do checklist ficou abaixo do recomendado.
{"title":"Cuidados de enfermagem e perfil epidemiológico de pacientes com pneumonia associada à ventilação mecânica","authors":"Amanda Fell Kich, Cássia Regina Gotler Medeiros, Graziella Gasparotto Baiocco, Camila Marchese","doi":"10.17058/reci.v12i4.17942","DOIUrl":"https://doi.org/10.17058/reci.v12i4.17942","url":null,"abstract":"Justificativa e Objetivos: avaliar o perfil epidemiológico de pacientes diagnosticados com pneumonia associada à ventilação mecânica (PAVM) em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e investigar a adequação dos cuidados de enfermagem. Métodos: estudo quantitativo de coorte, retrospectivo, aplicado na UTI de um hospital do interior do Rio Grande do Sul. Envolveu 100% dos prontuários de pacientes com mais de 20 anos de idade, no ano de 2019, que desenvolveram PAVM. Resultados: estiveram em ventilação mecânica invasiva (VMI) 3.215 pacientes e, desses, 13 desenvolveram PAVM (2,47%). A maioria era homens (76,92%), com média de idade de 60,3 anos, cujas principais causas de internação foram problemas cardíacos (30,77%), politraumatismo (30,77%) e acidente vascular cerebral (15,39%). Os principais patógenos encontrados nos aspirados traqueais foram Acinetobacter sp (15%) e Pseudomonas aeruginosa (15%). A média de permanência na UTI foi de 30,61 dias, e foram a óbito 61,53%. Para avaliação dos cuidados de enfermagem, foi calculada a média de checklist do bundle de PAVM, aplicados, conforme a quantidade de dias em VMI. O resultado foi de 2,62 checklists por dia, sendo que a instituição preconiza quatro. Conclusão: o estudo permitiu conhecer o perfil epidemiológico dos pacientes com PAVM, além de observar a necessidade de melhora nos cuidados de enfermagem, considerando que a realização do checklist ficou abaixo do recomendado.","PeriodicalId":42212,"journal":{"name":"Revista de Epidemiologia e Controle de Infeccao","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.2,"publicationDate":"2023-01-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67628191","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-01-17DOI: 10.17058/reci.v12i4.17422
Leonardo Augusto Kohara Melchior, Andreia Fernandes Brilhante, Leonardo José Tomaz da Silva
Justificativa e objetivos: Em 2015, a Microsoft lançou um serviço de Business Intelligence (Inteligência de Negócios), chamado Power BI, que pode ser empregado em diversas áreas do conhecimento, desde que operado por um profissional capacitado. Possui diversas utilidades, entre elas: a integração de dados provenientes de diversas fontes e formatos, mapeamento de casos, visualizações de dados em tempo real e trabalho remoto. Este trabalho propôs relatar a experiência de uso do Microsoft Power BI utilizando dados de uma Secretaria Estadual de Saúde da Amazônia Ocidental, Brasil. Métodos: Como exemplo, utilizam-se casos de tuberculose no estado do Acre, de 2010 a 2020, extraídos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), fornecidos pela Secretaria de Estado da Saúde do Acre (Sesacre). Resultados: O Power BI oferece uma interface simples e intuitiva. Para compartilhar a experiência, foi fornecido um link (http://tiny.cc/tbacre) por meio do qual foi possível explorar a ferramenta e perceber a rapidez e praticidade na visualização de dados. Conclusão: Recomenda-se sua utilização sobretudo em órgãos que necessitam de tomadas ágeis de decisões baseadas em evidências.
{"title":"Business Intelligence no apoio à gestão estratégica em saúde: um relato de experiência","authors":"Leonardo Augusto Kohara Melchior, Andreia Fernandes Brilhante, Leonardo José Tomaz da Silva","doi":"10.17058/reci.v12i4.17422","DOIUrl":"https://doi.org/10.17058/reci.v12i4.17422","url":null,"abstract":"Justificativa e objetivos: Em 2015, a Microsoft lançou um serviço de Business Intelligence (Inteligência de Negócios), chamado Power BI, que pode ser empregado em diversas áreas do conhecimento, desde que operado por um profissional capacitado. Possui diversas utilidades, entre elas: a integração de dados provenientes de diversas fontes e formatos, mapeamento de casos, visualizações de dados em tempo real e trabalho remoto. Este trabalho propôs relatar a experiência de uso do Microsoft Power BI utilizando dados de uma Secretaria Estadual de Saúde da Amazônia Ocidental, Brasil. Métodos: Como exemplo, utilizam-se casos de tuberculose no estado do Acre, de 2010 a 2020, extraídos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), fornecidos pela Secretaria de Estado da Saúde do Acre (Sesacre). Resultados: O Power BI oferece uma interface simples e intuitiva. Para compartilhar a experiência, foi fornecido um link (http://tiny.cc/tbacre) por meio do qual foi possível explorar a ferramenta e perceber a rapidez e praticidade na visualização de dados. Conclusão: Recomenda-se sua utilização sobretudo em órgãos que necessitam de tomadas ágeis de decisões baseadas em evidências.","PeriodicalId":42212,"journal":{"name":"Revista de Epidemiologia e Controle de Infeccao","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.2,"publicationDate":"2023-01-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48322963","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-01-17DOI: 10.17058/reci.v12i4.17646
Janiel Conceição da Silva, Ana Cristina Pereira de Jesus Costa, Adriana Gomes Nogueira Ferreira, Janaína Miranda Bezerra, Lívia Maia Pascoal, Floriacy Stabnow Santos, Marcelino Santos Neto
Justificativa e objetivos: a aplicação de geotecnologias é importante no auxílio do desenvolvimento de estudos epidemiológicos que visam identificar e distribuir eventos de saúde em populações e territórios específicos, além de verificar os fatores que influenciam na ocorrência desses eventos, com vistas à aplicação das evidências nas estratégias de planejamento e controle de doenças, como na pandemia de covid-19. Assim, o estudo objetivou apresentar as evidências científicas que vêm sendo produzidas sobre as geotecnologias aplicadas em estudos epidemiológicos sobre os casos de covid-19. Métodos: trata-se de uma revisão narrativa da literatura (RNL) de cunho descritivo. Para nortear o estudo, foi elaborada a seguinte pergunta de pesquisa: o que tem sido produzido sobre as geotecnologias aplicadas em estudos epidemiológicos sobre os casos de covid-19? A busca foi realizada em outubro de 2021, com emprego dos descritores Geographic Information Systems AND Covid-19 OR SARS-CoV-2 AND Epidemiology AND Spatial Analysis na Biblioteca Virtual de Saúde, Scopus, Web of Science, Portal CAPES. De forma complementar, foi realizada busca por boletins epidemiológicos e cartilhas no site do Ministério da Saúde do Brasil. Resultados: foram selecionadas 19 fontes de informação que se enquadravam nos objetivos para construção da discussão, sendo elencadas três categorias de análise: Aplicação das geotecnologias; Gestão da informação; Desafios dos estudos epidemiológicos que utilizam dados secundários. Conclusão: evidenciou-se o uso das geotecnologias em estudos epidemiológicos sobre a covid-19 na identificação de áreas de risco para a disseminação da infecção.
geotecnologias的理由和目的:应用程序是非常重要的在发展援助的流行病学研究旨在识别和配置在一些卫生事件和特定领域,除了检查发生这些事件的影响因素,为实现证据的战略规划和控制疾病,像在-19年covid大流行。因此,本研究旨在提供地质技术应用于covid-19病例流行病学研究的科学证据。方法:这是一篇描述性的叙述性文献综述。为了指导这项研究,我们阐述了以下研究问题:在covid-19病例流行病学研究中应用的地质技术有哪些成果?搜索于2021年10月进行,使用了地理信息系统和Covid-19或SARS-CoV-2以及虚拟健康图书馆、Scopus、Web of Science、cape门户网站的流行病学和空间分析描述符。此外,还在巴西卫生部网站上搜索了流行病学公报和小册子。结果:选取了19个符合讨论构建目标的信息来源,列出了三种分析类别:岩土技术的应用、岩土技术的应用、岩土技术的应用信息管理;使用二手数据的流行病学研究的挑战。结论:在covid-19流行病学研究中,岩土技术在识别感染传播风险区域方面的应用得到了证明。
{"title":"Geotecnologias aplicadas em estudos epidemiológicos sobre os casos de covid-19: revisão narrativa","authors":"Janiel Conceição da Silva, Ana Cristina Pereira de Jesus Costa, Adriana Gomes Nogueira Ferreira, Janaína Miranda Bezerra, Lívia Maia Pascoal, Floriacy Stabnow Santos, Marcelino Santos Neto","doi":"10.17058/reci.v12i4.17646","DOIUrl":"https://doi.org/10.17058/reci.v12i4.17646","url":null,"abstract":"Justificativa e objetivos: a aplicação de geotecnologias é importante no auxílio do desenvolvimento de estudos epidemiológicos que visam identificar e distribuir eventos de saúde em populações e territórios específicos, além de verificar os fatores que influenciam na ocorrência desses eventos, com vistas à aplicação das evidências nas estratégias de planejamento e controle de doenças, como na pandemia de covid-19. Assim, o estudo objetivou apresentar as evidências científicas que vêm sendo produzidas sobre as geotecnologias aplicadas em estudos epidemiológicos sobre os casos de covid-19. Métodos: trata-se de uma revisão narrativa da literatura (RNL) de cunho descritivo. Para nortear o estudo, foi elaborada a seguinte pergunta de pesquisa: o que tem sido produzido sobre as geotecnologias aplicadas em estudos epidemiológicos sobre os casos de covid-19? A busca foi realizada em outubro de 2021, com emprego dos descritores Geographic Information Systems AND Covid-19 OR SARS-CoV-2 AND Epidemiology AND Spatial Analysis na Biblioteca Virtual de Saúde, Scopus, Web of Science, Portal CAPES. De forma complementar, foi realizada busca por boletins epidemiológicos e cartilhas no site do Ministério da Saúde do Brasil. Resultados: foram selecionadas 19 fontes de informação que se enquadravam nos objetivos para construção da discussão, sendo elencadas três categorias de análise: Aplicação das geotecnologias; Gestão da informação; Desafios dos estudos epidemiológicos que utilizam dados secundários. Conclusão: evidenciou-se o uso das geotecnologias em estudos epidemiológicos sobre a covid-19 na identificação de áreas de risco para a disseminação da infecção.","PeriodicalId":42212,"journal":{"name":"Revista de Epidemiologia e Controle de Infeccao","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.2,"publicationDate":"2023-01-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67627795","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-01-02DOI: 10.17058/reci.v12i3.18037
Catia Cristina Martins de Oliveira, Fabiane Canellas de Paula, Nadja Raquel Lustosa Lopes, Renata Vasconcelos
Justificativa: Desde dezembro de 2019, o novo coronavírus SARS-Cov-2, também chamado COVID-19, tem se espalhado rapidamente pelos países, tornando-se um dos maiores desafios sanitários deste século. No Brasil, ele foi declarado como una emergência de saúde pública em março de 2020. O objetivo deste estudo foi descrever o perfil dos pacientes hospitalizados por COVID-19 em um hospital de emergência no município de Rio de Janeiro, bem como os fatores associados ao óbito hospitalar. Métodos: Estudo observacional retrospectivo, que incluiu pacientes internados entre março e dezembro de 2020 com um diagnóstico confirmado de COVID-19. Os aspectos epidemiológicos, clínicos, e laboratoriais foram extraídos das fichas de investigação epidemiológica e do prontuário hospitalar. Resultados: Foram internados 582 casos suspeitos de COVID-19 e 317 foram confirmados, dos quais 182 (57,5%) eram do sexo masculino, e a maioria era residente na zona norte do Rio de Janeiro (42,5%). Principais achados ‘tomográficos ou radiológicos’: vidro fosco (34,7%) e infiltrado pulmonar (15,4%), e mais da metade dos hospitalizados (64,0%) apresentava pelo menos uma comorbidade. Entre os pacientes hospitalizados, a letalidade geral foi de 53,6% sendo que entre os internados na UTI esse percentual foi de 84,5%. Idade e uso de suporte ventilatório e UTI foram as variáveis que mostraram associação estatisticamente significante com mortalidade intra-hospitalar. Conclusão: Este estudo reforça a importância da vigilância epidemiológica, em âmbito hospitalar, principalmente para as doenças em que o sistema de vigilância passivo pode não ser capaz de reportar adequadamente, como no caso da COVID-19.
{"title":"Perfil dos pacientes internados por COVID-19: a importância da vigilância epidemiológica hospitalar","authors":"Catia Cristina Martins de Oliveira, Fabiane Canellas de Paula, Nadja Raquel Lustosa Lopes, Renata Vasconcelos","doi":"10.17058/reci.v12i3.18037","DOIUrl":"https://doi.org/10.17058/reci.v12i3.18037","url":null,"abstract":"Justificativa: Desde dezembro de 2019, o novo coronavírus SARS-Cov-2, também chamado COVID-19, tem se espalhado rapidamente pelos países, tornando-se um dos maiores desafios sanitários deste século. No Brasil, ele foi declarado como una emergência de saúde pública em março de 2020. O objetivo deste estudo foi descrever o perfil dos pacientes hospitalizados por COVID-19 em um hospital de emergência no município de Rio de Janeiro, bem como os fatores associados ao óbito hospitalar. Métodos: Estudo observacional retrospectivo, que incluiu pacientes internados entre março e dezembro de 2020 com um diagnóstico confirmado de COVID-19. Os aspectos epidemiológicos, clínicos, e laboratoriais foram extraídos das fichas de investigação epidemiológica e do prontuário hospitalar. Resultados: Foram internados 582 casos suspeitos de COVID-19 e 317 foram confirmados, dos quais 182 (57,5%) eram do sexo masculino, e a maioria era residente na zona norte do Rio de Janeiro (42,5%). Principais achados ‘tomográficos ou radiológicos’: vidro fosco (34,7%) e infiltrado pulmonar (15,4%), e mais da metade dos hospitalizados (64,0%) apresentava pelo menos uma comorbidade. Entre os pacientes hospitalizados, a letalidade geral foi de 53,6% sendo que entre os internados na UTI esse percentual foi de 84,5%. Idade e uso de suporte ventilatório e UTI foram as variáveis que mostraram associação estatisticamente significante com mortalidade intra-hospitalar. Conclusão: Este estudo reforça a importância da vigilância epidemiológica, em âmbito hospitalar, principalmente para as doenças em que o sistema de vigilância passivo pode não ser capaz de reportar adequadamente, como no caso da COVID-19.","PeriodicalId":42212,"journal":{"name":"Revista de Epidemiologia e Controle de Infeccao","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.2,"publicationDate":"2023-01-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67627968","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-11-11DOI: 10.17058/reci.v12i3.17202
Jackson Gois Teixeira, Antonio Carlos Dos Santos
Justificativa e objetivos: o entendimento da situação social da COVID-19 em países pobres e menos desenvolvidos ainda é dubitável. Desse modo, o objetivo deste estudo é estimar a incidência e letalidade por COVID-19, de acordo com a renda per capita das regiões administrativas do Distrito Federal (DF). Métodos: trata-se de um estudo ecológico descritivo, baseado em dados secundários. Foram incluídas 31 regiões administrativas do DF, e a população foi composta por 382.488 indivíduos. Consideraram-se como variáveis sexo, incidência, mortalidade, letalidade, faixa etária, estimativa populacional e escolaridade. Resultados: apesar da contaminação maior por parte das mulheres, em termos de mortalidade total, mais homens foram a óbito, representando 57,3% do total de mortos no período. A respeito da influência do grau de escolaridade e da renda na incidência, verifica-se que os maiores índices de casos confirmados aconteceram em grupos com maior nível de escolaridade e de renda. Apesar dessa maior incidência, é o grupo que exibe a menor letalidade e a terceira menor mortalidade por 100.000 habitantes. Conclusão: as mais altas taxas de incidência foram observadas nas regiões com maior renda per capita. Por outro lado, a letalidade ocorreu, de forma mais incisiva, nas regiões de menor poder aquisitivo. Diante disso, é necessário aplicar medidas preventivas de longo prazo em regiões desiguais.
{"title":"Incidência e letalidade por COVID-19 na população do Distrito Federal: um estudo ecológico","authors":"Jackson Gois Teixeira, Antonio Carlos Dos Santos","doi":"10.17058/reci.v12i3.17202","DOIUrl":"https://doi.org/10.17058/reci.v12i3.17202","url":null,"abstract":"Justificativa e objetivos: o entendimento da situação social da COVID-19 em países pobres e menos desenvolvidos ainda é dubitável. Desse modo, o objetivo deste estudo é estimar a incidência e letalidade por COVID-19, de acordo com a renda per capita das regiões administrativas do Distrito Federal (DF). Métodos: trata-se de um estudo ecológico descritivo, baseado em dados secundários. Foram incluídas 31 regiões administrativas do DF, e a população foi composta por 382.488 indivíduos. Consideraram-se como variáveis sexo, incidência, mortalidade, letalidade, faixa etária, estimativa populacional e escolaridade. Resultados: apesar da contaminação maior por parte das mulheres, em termos de mortalidade total, mais homens foram a óbito, representando 57,3% do total de mortos no período. A respeito da influência do grau de escolaridade e da renda na incidência, verifica-se que os maiores índices de casos confirmados aconteceram em grupos com maior nível de escolaridade e de renda. Apesar dessa maior incidência, é o grupo que exibe a menor letalidade e a terceira menor mortalidade por 100.000 habitantes. Conclusão: as mais altas taxas de incidência foram observadas nas regiões com maior renda per capita. Por outro lado, a letalidade ocorreu, de forma mais incisiva, nas regiões de menor poder aquisitivo. Diante disso, é necessário aplicar medidas preventivas de longo prazo em regiões desiguais.","PeriodicalId":42212,"journal":{"name":"Revista de Epidemiologia e Controle de Infeccao","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.2,"publicationDate":"2022-11-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47257146","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-10-17DOI: 10.17058/reci.v12i3.16822
André Luis Alves Filho, Alexander Amaral Medeiros, Francisco Wallyson Calixto Marques, Cecília Leite Costa
Justificativa e objetivos: bacteremia é definida a partir da presença de bactérias na corrente sanguínea. Sua importância clínica está associada à alta taxa de morbidade e mortalidade no mundo. Nos casos graves, pode culminar em sepse, com constante aumento dos casos no Brasil. Portanto, o presente estudo tem como objetivo avaliar os principais isolados bacterianos em hemoculturas e uma possível alteração nos seus perfis de sensibilidade em um laboratório de análises clínicas de Fortaleza, Ceará. Métodos: foi realizado um estudo epidemiológico, descritivo, retrospectivo, com abordagem quantitativa de hemoculturas positivas, buscando avaliar os principais microrganismos isolados e seus perfis de sensibilidades. Os dados utilizados foram obtidos a partir do sistema laboratorial através do software EpiCenter®, referente ao período de janeiro de 2019 a dezembro de 2020. A análise estatística foi realizada pelo software Graphpad 7.0. Resultados: foram identificados 840 microrganismos a partir das hemoculturas, sendo os principais E. coli, K. pneumoniae, P. aeruginosa, S. epidermidis, S. aureus e S. haemolyticus. Alguns isolados apresentam uma alteração no perfil de sensibilidade, como K. pneumoniae e P. aeruginosa, apresentando um aumento na sensibilidade frente aos carbapenêmicos e as cefalosporinas, enquanto o S. epidermidis apresentou uma diminuição na sensibilidade frente à minociclina na comparação entre os anos de 2019 e 2020. Conclusão: os isolados clínicos de hemocultura apresentaram uma alteração no perfil de sensibilidade entre 2019 e 2020, levando em consideração que, para K. pneumoniae e P. aeruginosa, essa alteração resultou no aumento na sensibilidade, com aumento na resistência nos isolados de S. epidermidis.
{"title":"Perfil de sensibilidade de isolados de hemocultura em um laboratório de análises clínicas, Fortaleza, CE","authors":"André Luis Alves Filho, Alexander Amaral Medeiros, Francisco Wallyson Calixto Marques, Cecília Leite Costa","doi":"10.17058/reci.v12i3.16822","DOIUrl":"https://doi.org/10.17058/reci.v12i3.16822","url":null,"abstract":"Justificativa e objetivos: bacteremia é definida a partir da presença de bactérias na corrente sanguínea. Sua importância clínica está associada à alta taxa de morbidade e mortalidade no mundo. Nos casos graves, pode culminar em sepse, com constante aumento dos casos no Brasil. Portanto, o presente estudo tem como objetivo avaliar os principais isolados bacterianos em hemoculturas e uma possível alteração nos seus perfis de sensibilidade em um laboratório de análises clínicas de Fortaleza, Ceará. Métodos: foi realizado um estudo epidemiológico, descritivo, retrospectivo, com abordagem quantitativa de hemoculturas positivas, buscando avaliar os principais microrganismos isolados e seus perfis de sensibilidades. Os dados utilizados foram obtidos a partir do sistema laboratorial através do software EpiCenter®, referente ao período de janeiro de 2019 a dezembro de 2020. A análise estatística foi realizada pelo software Graphpad 7.0. Resultados: foram identificados 840 microrganismos a partir das hemoculturas, sendo os principais E. coli, K. pneumoniae, P. aeruginosa, S. epidermidis, S. aureus e S. haemolyticus. Alguns isolados apresentam uma alteração no perfil de sensibilidade, como K. pneumoniae e P. aeruginosa, apresentando um aumento na sensibilidade frente aos carbapenêmicos e as cefalosporinas, enquanto o S. epidermidis apresentou uma diminuição na sensibilidade frente à minociclina na comparação entre os anos de 2019 e 2020. Conclusão: os isolados clínicos de hemocultura apresentaram uma alteração no perfil de sensibilidade entre 2019 e 2020, levando em consideração que, para K. pneumoniae e P. aeruginosa, essa alteração resultou no aumento na sensibilidade, com aumento na resistência nos isolados de S. epidermidis.","PeriodicalId":42212,"journal":{"name":"Revista de Epidemiologia e Controle de Infeccao","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.2,"publicationDate":"2022-10-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67627919","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}