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Abstract
Durante o nacional-desenvolvimentismo (1945-1964), abastecer o mercado com mão de obra qualificada fez-se necessário. Para tanto, as elites locais se articularam com os Estados Unidos para garantir financiamento às escolas. A gerência dos recursos coube à Comissão Brasileiro-Americana de Educação Industrial (CBAI), que publicou um periódico mensal para divulgar os feitos dos acordos bilaterais: o Boletim da CBAI divulgou textos sobre a pedagogia adotada para a formação de cidadãos-trabalhadores que se ajustassem ao meio. O objetivo aqui é refletir sobre a influência da teoria sociológica de Émile Durkheim veiculada pelo periódico, articulada à prática pedagógica dos escolanovistas, tendo o método funcionalista como justificativa para uma sociedade dividida em classes. Do ponto de vista do materialismo histórico e dialético, o texto procura contribuir com as reflexões sobre as implicações da Pedagogia escolanovista na vida social e cotidiana do trabalhador nesse período, sugerindo outras alternativas metodológicas para esse ramo de ensino. A análise indica que as propostas centradas na omnilateralidade são mais interessantes por garantirem resultados condizentes com sociedades harmoniosas e igualitárias, tal como na proposta da Pedagogia Histórico-Crítica de Saviani.