Pub Date : 2023-11-01DOI: 10.18675/1981-8106.v34.n.67.s17302
Francis Silva de Almeida, Joaquim Péricles Mazzon do Nascimento, Jozelito Manoel de Jesus
Trata-se de um trabalho de cunho teórico que coloca a questão da escola como espaço de emancipação dos indivíduos e suas coletividades. O texto encontra-se estruturado em dois momentos: no primeiro, explora o conceito de trabalho estranhado (Marx, 2008) e, a partir dele, a noção de estranhamento político; em seguida, destaca os conceitos de educação omnilateral (Marx, 2008) e de escola unitária (Gramsci, 1999, 2000) a propósito do papel da escola na superação do estranhamento político e na promoção da emancipação individual e coletiva. As conversações teóricas realizadas no texto consideram que o indivíduo formado pelo trabalho estranhado se encontra reduzido ao âmbito das relações de produção capitalistas e, por consequência, cada vez menos comunitário; que os processos políticos e educativos não se constituem autônomos em relação à dinâmica que se manifesta na base material de produção social da vida, motivo pelo qual as condições de superação do estranhamento político não passam por outro caminho senão aquele que se torna possível no chão da escola.
{"title":"A escola como espaço de emancipação dos indivíduos e suas coletividades: conversações em Marx e Gramsci","authors":"Francis Silva de Almeida, Joaquim Péricles Mazzon do Nascimento, Jozelito Manoel de Jesus","doi":"10.18675/1981-8106.v34.n.67.s17302","DOIUrl":"https://doi.org/10.18675/1981-8106.v34.n.67.s17302","url":null,"abstract":"Trata-se de um trabalho de cunho teórico que coloca a questão da escola como espaço de emancipação dos indivíduos e suas coletividades. O texto encontra-se estruturado em dois momentos: no primeiro, explora o conceito de trabalho estranhado (Marx, 2008) e, a partir dele, a noção de estranhamento político; em seguida, destaca os conceitos de educação omnilateral (Marx, 2008) e de escola unitária (Gramsci, 1999, 2000) a propósito do papel da escola na superação do estranhamento político e na promoção da emancipação individual e coletiva. As conversações teóricas realizadas no texto consideram que o indivíduo formado pelo trabalho estranhado se encontra reduzido ao âmbito das relações de produção capitalistas e, por consequência, cada vez menos comunitário; que os processos políticos e educativos não se constituem autônomos em relação à dinâmica que se manifesta na base material de produção social da vida, motivo pelo qual as condições de superação do estranhamento político não passam por outro caminho senão aquele que se torna possível no chão da escola.","PeriodicalId":31214,"journal":{"name":"Educacao Teoria e Pratica","volume":"119 2","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-11-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135610055","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-11-01DOI: 10.18675/1981-8106.v33.n.66.s17226
Michele Saionara Aparecida Lopes de Lima Rocha
Após grande sucesso no Brasil, Monteiro Lobato expandiu suas projeções publicando diversas traduções de suas obras na Argentina, que, posteriormente, foram também difundidas em outros países da América Latina. O êxito literário fora de seu país colaborou para que o autor almejasse a produção de textos inéditos em língua espanhola e, entre seus intentos, em 1947 a obra infantil La nueva Argentina foi publicada pela Editoral Acteon sob o pseudônimo de Miguel P. Garcia, contando com uma tiragem de 3.000 exemplares impressos. A história, que não teve a participação dos personagens consagrados do Sítio do Pica-pau Amarelo, foi protagonizada por don Justo e seus filhos Pancho e Pablo Saavedra e apresentou como tema central reflexões sobre o Plano Quinquenal implementado na Argentina pelo general Juan Domingo Perón. Diante desse tema, o trabalho que aqui se apresenta tem o objetivo de analisar La Nueva Argentina destacando quais foram os principais ideários do peronismo que Lobato contemplou em sua escrita. O estudo foi produzido a partir da abordagem qualitativa e por meio de pesquisa bibliográfica e documental. Como resultado, é possível indicar que em La nueva Argentina Lobato teceu importantes apontamentos sobre como os aspectos sociais, econômicos, educacionais, culturais, de saúde pública, de diplomacia, de defesa nacional, de obras públicas e de transportes poderiam ser pensados a partir dos preceitos do movimento político de maneira a promover ações voltadas para a justiça social entre a população do país.
{"title":"La Nueva Argentina: uma história que Dona Benta não contou","authors":"Michele Saionara Aparecida Lopes de Lima Rocha","doi":"10.18675/1981-8106.v33.n.66.s17226","DOIUrl":"https://doi.org/10.18675/1981-8106.v33.n.66.s17226","url":null,"abstract":"Após grande sucesso no Brasil, Monteiro Lobato expandiu suas projeções publicando diversas traduções de suas obras na Argentina, que, posteriormente, foram também difundidas em outros países da América Latina. O êxito literário fora de seu país colaborou para que o autor almejasse a produção de textos inéditos em língua espanhola e, entre seus intentos, em 1947 a obra infantil La nueva Argentina foi publicada pela Editoral Acteon sob o pseudônimo de Miguel P. Garcia, contando com uma tiragem de 3.000 exemplares impressos. A história, que não teve a participação dos personagens consagrados do Sítio do Pica-pau Amarelo, foi protagonizada por don Justo e seus filhos Pancho e Pablo Saavedra e apresentou como tema central reflexões sobre o Plano Quinquenal implementado na Argentina pelo general Juan Domingo Perón. Diante desse tema, o trabalho que aqui se apresenta tem o objetivo de analisar La Nueva Argentina destacando quais foram os principais ideários do peronismo que Lobato contemplou em sua escrita. O estudo foi produzido a partir da abordagem qualitativa e por meio de pesquisa bibliográfica e documental. Como resultado, é possível indicar que em La nueva Argentina Lobato teceu importantes apontamentos sobre como os aspectos sociais, econômicos, educacionais, culturais, de saúde pública, de diplomacia, de defesa nacional, de obras públicas e de transportes poderiam ser pensados a partir dos preceitos do movimento político de maneira a promover ações voltadas para a justiça social entre a população do país.","PeriodicalId":31214,"journal":{"name":"Educacao Teoria e Pratica","volume":"118 4","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-11-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135610059","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-11-01DOI: 10.18675/1981-8106.v33.n.66.s17223
Thiago Luiz Calandro, Marcelo D'Ávila Amaral, Gabriela Sena da Silva
O presente trabalho de pesquisa tem como objetivo identificar e discutir as representações espaciais de práticas e discursos de 20 alunos do terceiro ano dos cursos técnicos em Informática e em Meio Ambiente integrados ao ensino médio do IFPR – União da Vitória/PR em lugares comuns a partir do contexto da pandemia da Covid-19. Aqui, o termo cartografia cultural se expressa como uma visão não ortogonal do espaço e feita por não cartógrafos, apresentando uma preocupação maior com as situações e os contextos espaço-temporais do que com a visão cartesiana do espaço. A metodologia de pesquisa é a análise documental e será considerada e aplicada nos registros produzidos pelos alunos voluntários. As análises dos resultados apontaram que, com as restrições sociais e sanitárias exigidas em virtude da pandemia da Covid-19, a relação dos alunos com aspectos e dimensões do espaço de vivência se alterou. Assim, a pandemia pode ser considerada uma acontecimento-evento para a sucessão cultural por alterar as durações do cotidiano escolar.
{"title":"Cartografias culturais da pandemia: uma análise das representações e práticas espaciais dos alunos do IFPR – União da Vitória","authors":"Thiago Luiz Calandro, Marcelo D'Ávila Amaral, Gabriela Sena da Silva","doi":"10.18675/1981-8106.v33.n.66.s17223","DOIUrl":"https://doi.org/10.18675/1981-8106.v33.n.66.s17223","url":null,"abstract":"O presente trabalho de pesquisa tem como objetivo identificar e discutir as representações espaciais de práticas e discursos de 20 alunos do terceiro ano dos cursos técnicos em Informática e em Meio Ambiente integrados ao ensino médio do IFPR – União da Vitória/PR em lugares comuns a partir do contexto da pandemia da Covid-19. Aqui, o termo cartografia cultural se expressa como uma visão não ortogonal do espaço e feita por não cartógrafos, apresentando uma preocupação maior com as situações e os contextos espaço-temporais do que com a visão cartesiana do espaço. A metodologia de pesquisa é a análise documental e será considerada e aplicada nos registros produzidos pelos alunos voluntários. As análises dos resultados apontaram que, com as restrições sociais e sanitárias exigidas em virtude da pandemia da Covid-19, a relação dos alunos com aspectos e dimensões do espaço de vivência se alterou. Assim, a pandemia pode ser considerada uma acontecimento-evento para a sucessão cultural por alterar as durações do cotidiano escolar.","PeriodicalId":31214,"journal":{"name":"Educacao Teoria e Pratica","volume":"118 2","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-11-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135610060","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-11-01DOI: 10.18675/1981-8106.v33.n.66.s17253
Rafael Caetano do Nascimento, Felipe Ferreira Joaquim
O texto a seguir apresenta o Ciclo de Oficinas, que foi, durante o período crítico da pandemia de Covid-19, uma iniciativa extensionista desenvolvida pela Universidade Federal do Tocantins (UFT) e coordenada pelos autores, então professores substitutos da citada instituição. O Ciclo de Oficinas caracteriza-se como uma proposta de experimentação pela leitura e pela escrita, por meio de encontros virtuais em tempo real em que os participantes são convidados a produzir escritas e a compartilhá-las, tendo como dispositivos objetos diversos de linguagens variadas. Enquanto estratégia de composição textual, e considerando a cartografia e a pesquisa-experimentação horizontes teórico-metodológicos, optamos por descrever o nosso itinerário formativo ressaltando a opção pela oficina como formato conveniente para práticas educativas de cunho experimental e o modo como as práticas de leitura e escrita contribuíram para a construção dessa jornada até se tornarem o objetivo fundamental de nosso interesse como educadores e pesquisadores. Finalizamos com uma cartografia das oito edições do Ciclo de Oficinas realizadas pela UFT, traçando alguns elementos reflexivos, em consonância com as falas e as escritas registradas pelos participantes, que argumentam em favor da experimentação como mote educativo, tendo a leitura e a escrita como práticas inventivas de si, do outro e de mundos.
{"title":"Escrita, leitura e experimentação nos Ciclos de Oficinas","authors":"Rafael Caetano do Nascimento, Felipe Ferreira Joaquim","doi":"10.18675/1981-8106.v33.n.66.s17253","DOIUrl":"https://doi.org/10.18675/1981-8106.v33.n.66.s17253","url":null,"abstract":"O texto a seguir apresenta o Ciclo de Oficinas, que foi, durante o período crítico da pandemia de Covid-19, uma iniciativa extensionista desenvolvida pela Universidade Federal do Tocantins (UFT) e coordenada pelos autores, então professores substitutos da citada instituição. O Ciclo de Oficinas caracteriza-se como uma proposta de experimentação pela leitura e pela escrita, por meio de encontros virtuais em tempo real em que os participantes são convidados a produzir escritas e a compartilhá-las, tendo como dispositivos objetos diversos de linguagens variadas. Enquanto estratégia de composição textual, e considerando a cartografia e a pesquisa-experimentação horizontes teórico-metodológicos, optamos por descrever o nosso itinerário formativo ressaltando a opção pela oficina como formato conveniente para práticas educativas de cunho experimental e o modo como as práticas de leitura e escrita contribuíram para a construção dessa jornada até se tornarem o objetivo fundamental de nosso interesse como educadores e pesquisadores. Finalizamos com uma cartografia das oito edições do Ciclo de Oficinas realizadas pela UFT, traçando alguns elementos reflexivos, em consonância com as falas e as escritas registradas pelos participantes, que argumentam em favor da experimentação como mote educativo, tendo a leitura e a escrita como práticas inventivas de si, do outro e de mundos.","PeriodicalId":31214,"journal":{"name":"Educacao Teoria e Pratica","volume":"123 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-11-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135610334","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-11-01DOI: 10.18675/1981-8106.v33.n.66.s17230
Christiane Fernanda da Costa, Diego Correa Maia, Sebastián Órdenes Reyes
Há diferenças culturais, históricas e evolutivas nas formas como as pessoas pensam sobre si mesmas e sobre o mundo. Não só existem diferenças no que as pessoas sabem, mas também, o que é mais importante, elas pensam de modos muito diferentes sobre o que sabem e sobre o modo como vieram a saber. O presente trabalho buscou fomentar o debate a respeito do ensino da cartografia sistematizada e não sistematizada na disciplina de “Historia, Geografía y Ciencias Sociales”. Nesse sentido, o propósito deste estudo concentrou-se em investigar as representações da localidade produzidas por alunos do 5º ano da Educação Básica em uma escola localizada no munícipio de La Serena, Região de Coquimbo, Chile. A pesquisa foi realizada em 2022 em duas salas de aula com alunos na faixa etária entre 10 e 11 anos. Por meio do método do paradigma indiciário, foi possível observar a subjetividade da representação da localidade, já que cada registro gráfico ou escrito trouxe a história e a leitura de mundo por crianças. Observou-se que, ao explorar a cartografia plural, os alunos trazem memórias, paisagens e vivências do espaço onde vivem, o que não acontece quando se trabalha somente a cartografia sistematizada. Isso se dá pela como essas sensações são construídas: de forma espontânea e natural, tal qual eles compreendem o seu espaço, numa articulação de cotidiano e percepções. Esperamos contribuir para a discussão de novas metodologias de ensino para que se explorem, de maneira interdisciplinar, os conteúdos obrigatórios da matriz curricular, principalmente aqueles relacionados com o ensino de História, Geografia e Cartografia escolar.
{"title":"Alfaletrar histogeográfico: narrativas e mapas mentais de La Serena – Chile","authors":"Christiane Fernanda da Costa, Diego Correa Maia, Sebastián Órdenes Reyes","doi":"10.18675/1981-8106.v33.n.66.s17230","DOIUrl":"https://doi.org/10.18675/1981-8106.v33.n.66.s17230","url":null,"abstract":"Há diferenças culturais, históricas e evolutivas nas formas como as pessoas pensam sobre si mesmas e sobre o mundo. Não só existem diferenças no que as pessoas sabem, mas também, o que é mais importante, elas pensam de modos muito diferentes sobre o que sabem e sobre o modo como vieram a saber. O presente trabalho buscou fomentar o debate a respeito do ensino da cartografia sistematizada e não sistematizada na disciplina de “Historia, Geografía y Ciencias Sociales”. Nesse sentido, o propósito deste estudo concentrou-se em investigar as representações da localidade produzidas por alunos do 5º ano da Educação Básica em uma escola localizada no munícipio de La Serena, Região de Coquimbo, Chile. A pesquisa foi realizada em 2022 em duas salas de aula com alunos na faixa etária entre 10 e 11 anos. Por meio do método do paradigma indiciário, foi possível observar a subjetividade da representação da localidade, já que cada registro gráfico ou escrito trouxe a história e a leitura de mundo por crianças. Observou-se que, ao explorar a cartografia plural, os alunos trazem memórias, paisagens e vivências do espaço onde vivem, o que não acontece quando se trabalha somente a cartografia sistematizada. Isso se dá pela como essas sensações são construídas: de forma espontânea e natural, tal qual eles compreendem o seu espaço, numa articulação de cotidiano e percepções. Esperamos contribuir para a discussão de novas metodologias de ensino para que se explorem, de maneira interdisciplinar, os conteúdos obrigatórios da matriz curricular, principalmente aqueles relacionados com o ensino de História, Geografia e Cartografia escolar.","PeriodicalId":31214,"journal":{"name":"Educacao Teoria e Pratica","volume":"36 1-4","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-11-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135566768","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-11-01DOI: 10.18675/1981-8106.v33.n.66.s17480
Rita de Cássia Gromoni, João Pedro Pezzato
Este artigo tem como objetivo apresentar uma leitura de 306 planos de ensino de disciplinas obrigatórias de oito cursos de formação de professores de Geografia, no Brasil, na Espanha e em Portugal. Como critério de escolha das instituições, foram selecionadas universidades públicas distribuídas nas cinco regiões do Brasil que ofereciam um Programa de Pós-Graduação já consolidado, com formação em níveis de Mestrado e Doutorado. Quanto às universidades europeias, foram selecionadas duas, a saber: a Universidade de Santiago de Compostela (USC-Espanha) e a Universidade do Minho (UMINHO-Portugal). É importante registrar a existência de diferenças culturais entre as instituições, em especial as localizadas no continente europeu que passaram por reformas estruturais decorrentes do Tratado de Bolonha, firmado em 1999, com o intuito de unificar o sistema de ensino superior em todo o bloco europeu concretizando o chamado Espaço Europeu de Ensino Superior. Essas diferenças não permitem comparações simplistas entre as instituições. Na perspectiva da pesquisa qualitativa, de caráter documental, optou-se pela análise de conteúdo no campo da formação de professores e da história das disciplinas. A despeito da relevância apontada nas contribuições teóricas do campo de estudos, tanto no Brasil, como na Espanha e em Portugal, não se evidenciaram, nos planos de ensino das disciplinas de conteúdo específico da Geografia, vigentes no ano de 2013, a abordagem de aspectos voltados ao ensino ou à docência nem ações de interdisciplinaridade, de articulação entre teoria e prática e entre ensino e pesquisa.
{"title":"Planos de ensino das disciplinas dos cursos de formação de professores de Geografia","authors":"Rita de Cássia Gromoni, João Pedro Pezzato","doi":"10.18675/1981-8106.v33.n.66.s17480","DOIUrl":"https://doi.org/10.18675/1981-8106.v33.n.66.s17480","url":null,"abstract":"Este artigo tem como objetivo apresentar uma leitura de 306 planos de ensino de disciplinas obrigatórias de oito cursos de formação de professores de Geografia, no Brasil, na Espanha e em Portugal. Como critério de escolha das instituições, foram selecionadas universidades públicas distribuídas nas cinco regiões do Brasil que ofereciam um Programa de Pós-Graduação já consolidado, com formação em níveis de Mestrado e Doutorado. Quanto às universidades europeias, foram selecionadas duas, a saber: a Universidade de Santiago de Compostela (USC-Espanha) e a Universidade do Minho (UMINHO-Portugal). É importante registrar a existência de diferenças culturais entre as instituições, em especial as localizadas no continente europeu que passaram por reformas estruturais decorrentes do Tratado de Bolonha, firmado em 1999, com o intuito de unificar o sistema de ensino superior em todo o bloco europeu concretizando o chamado Espaço Europeu de Ensino Superior. Essas diferenças não permitem comparações simplistas entre as instituições. Na perspectiva da pesquisa qualitativa, de caráter documental, optou-se pela análise de conteúdo no campo da formação de professores e da história das disciplinas. A despeito da relevância apontada nas contribuições teóricas do campo de estudos, tanto no Brasil, como na Espanha e em Portugal, não se evidenciaram, nos planos de ensino das disciplinas de conteúdo específico da Geografia, vigentes no ano de 2013, a abordagem de aspectos voltados ao ensino ou à docência nem ações de interdisciplinaridade, de articulação entre teoria e prática e entre ensino e pesquisa.","PeriodicalId":31214,"journal":{"name":"Educacao Teoria e Pratica","volume":"117 5","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-11-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135610063","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-11-01DOI: 10.18675/1981-8106.v33.n.66.s17259
Adriel Gonçalves Oliveira
Este ensaio objetiva interpretar imagens extraídas das primeiras edições da obra Aritmética da Emília (1935 e 1947), de Monteiro Lobato. Ao considerarmos a imagem um elemento participante do texto, ela se torna chave interpretativa para a trama narrativa, insurgindo-se como indispensável para o texto, pois não só facilita a leitura, mas, antes disso, permite a percepção de elementos que sem ela não seriam notados. Nossa opção de análise será pautada em Ginzburg (2002 e 2007) e Manguel (1997), além de autores situados no campo da Educação Matemática, como Dalcin (2008), Brito (2011) e Dalcin e Brito (2014). Nossa reflexão se amplia para a escrita da história, buscando elementos constituintes na tríade leitura, escrita e ensino ao apresentar uma análise escrita em diálogos entre as personagens consagradas por Lobato – o Visconde de Sabugosa, a boneca Emília, Pedrinho e Narizinho. Essa escrita, que se aproxima do modo de fazer próprio da estética ficcional, ao mobilizar diálogos entre personagens, amplifica o debate, salientando o caráter dialógico da construção do conhecimento em oposição a vertentes que apresentam os saberes de maneira já pronta, terminada, concluída. Esperamos, com isso, deixar entrever a relação simbiótica entre leitura-escrita-ensino e a imagem de mundo.
{"title":"Pintando palavras: um diálogo entre as imagens no texto de Monteiro Lobato","authors":"Adriel Gonçalves Oliveira","doi":"10.18675/1981-8106.v33.n.66.s17259","DOIUrl":"https://doi.org/10.18675/1981-8106.v33.n.66.s17259","url":null,"abstract":"Este ensaio objetiva interpretar imagens extraídas das primeiras edições da obra Aritmética da Emília (1935 e 1947), de Monteiro Lobato. Ao considerarmos a imagem um elemento participante do texto, ela se torna chave interpretativa para a trama narrativa, insurgindo-se como indispensável para o texto, pois não só facilita a leitura, mas, antes disso, permite a percepção de elementos que sem ela não seriam notados. Nossa opção de análise será pautada em Ginzburg (2002 e 2007) e Manguel (1997), além de autores situados no campo da Educação Matemática, como Dalcin (2008), Brito (2011) e Dalcin e Brito (2014). Nossa reflexão se amplia para a escrita da história, buscando elementos constituintes na tríade leitura, escrita e ensino ao apresentar uma análise escrita em diálogos entre as personagens consagradas por Lobato – o Visconde de Sabugosa, a boneca Emília, Pedrinho e Narizinho. Essa escrita, que se aproxima do modo de fazer próprio da estética ficcional, ao mobilizar diálogos entre personagens, amplifica o debate, salientando o caráter dialógico da construção do conhecimento em oposição a vertentes que apresentam os saberes de maneira já pronta, terminada, concluída. Esperamos, com isso, deixar entrever a relação simbiótica entre leitura-escrita-ensino e a imagem de mundo.","PeriodicalId":31214,"journal":{"name":"Educacao Teoria e Pratica","volume":"27 3-4","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-11-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135566786","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-11-01DOI: 10.18675/1981-8106.v33.n.66.s18095
João Pedro Pezzato, Filipe Rafael Gracioli, Bruno Falararo de Mello, Christiane Fernanda da Costa, Eliane Pimentel Camillo Barra Nova de Melo, Francis Silva de Almeida, Jader Janer Moreira Lopes, Maria Teresa Mariano, Michele Saionara Aparecida Lopes de Lima Rocha, Thiago Luiz Calandro
Apresentação do Dossiê “A imagem do mundo: leitura, escrita e ensino” e Entrevista com o professor Jader Janer Moreira Lopes (UFJF)
{"title":"Dossiê “A imagem do mundo: leitura, escrita e ensino” e Entrevista com o professor Jader Janer Moreira Lopes (UFJF)","authors":"João Pedro Pezzato, Filipe Rafael Gracioli, Bruno Falararo de Mello, Christiane Fernanda da Costa, Eliane Pimentel Camillo Barra Nova de Melo, Francis Silva de Almeida, Jader Janer Moreira Lopes, Maria Teresa Mariano, Michele Saionara Aparecida Lopes de Lima Rocha, Thiago Luiz Calandro","doi":"10.18675/1981-8106.v33.n.66.s18095","DOIUrl":"https://doi.org/10.18675/1981-8106.v33.n.66.s18095","url":null,"abstract":"Apresentação do Dossiê “A imagem do mundo: leitura, escrita e ensino” e Entrevista com o professor Jader Janer Moreira Lopes (UFJF)","PeriodicalId":31214,"journal":{"name":"Educacao Teoria e Pratica","volume":"129 5","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-11-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135609012","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-11-01DOI: 10.18675/1981-8106.v33.n.66.s17260
Bruno Falararo de Mello, João Pedro Pezzato
Aroldo de Azevedo foi um importante autor brasileiro de livros didáticos de Geografia. Sua produção bibliográfica se deu entre as décadas de 1930 e 1970 e suas obras didáticas influenciaram gerações de alunos e professores. Neste artigo, apresenta-se uma leitura da climatologia escolar veiculada pelo professor Azevedo em dois livros didáticos de Geografia de sua autoria, os quais, embora distintos, são partes da mesma coleção. O autor apresenta uma climatologia bastante conceitual, com muitas imagens para ilustrar as informações contidas no texto. A despeito de alguns equívocos conceituais, nota-se esmero no tratamento das questões do clima. Duas tendências da climatologia enquanto ciência de referência se mesclam na explanação dos registros da Geografia escolar: de um lado, a climatologia estática, mais tradicional e de cunho separatista, e, de outro, a climatologia dinâmica, com algumas inovações no tratamento do clima, em que se busca compreender a gênese dos fenômenos atmosféricos. Entre essas duas diferentes epistemes, sobressai uma visão bastante sui generis do autor a respeito da climatologia escolar, em especial da tropicalidade brasileira.
{"title":"A climatologia escolar pela óptica de Aroldo de Azevedo nos livros didáticos O Mundo em que vivemos (1967) e Terra brasileira (1968)","authors":"Bruno Falararo de Mello, João Pedro Pezzato","doi":"10.18675/1981-8106.v33.n.66.s17260","DOIUrl":"https://doi.org/10.18675/1981-8106.v33.n.66.s17260","url":null,"abstract":"Aroldo de Azevedo foi um importante autor brasileiro de livros didáticos de Geografia. Sua produção bibliográfica se deu entre as décadas de 1930 e 1970 e suas obras didáticas influenciaram gerações de alunos e professores. Neste artigo, apresenta-se uma leitura da climatologia escolar veiculada pelo professor Azevedo em dois livros didáticos de Geografia de sua autoria, os quais, embora distintos, são partes da mesma coleção. O autor apresenta uma climatologia bastante conceitual, com muitas imagens para ilustrar as informações contidas no texto. A despeito de alguns equívocos conceituais, nota-se esmero no tratamento das questões do clima. Duas tendências da climatologia enquanto ciência de referência se mesclam na explanação dos registros da Geografia escolar: de um lado, a climatologia estática, mais tradicional e de cunho separatista, e, de outro, a climatologia dinâmica, com algumas inovações no tratamento do clima, em que se busca compreender a gênese dos fenômenos atmosféricos. Entre essas duas diferentes epistemes, sobressai uma visão bastante sui generis do autor a respeito da climatologia escolar, em especial da tropicalidade brasileira.","PeriodicalId":31214,"journal":{"name":"Educacao Teoria e Pratica","volume":"24 3","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-11-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135566792","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-11-01DOI: 10.18675/1981-8106.v33.n.66.s16862
Francisco Rodríguez Lestegás, Xosé Carlos Macía Arce, Francisco Xosé Armas Quintá
Utilizando um procedimento teórico-metodológico de natureza indutiva, o artigo defende que os mapas são construções sociais que transmitem mensagens ideológicas, culturais e políticas, portanto a intenção da linguagem cartográfica é um ponto de interesse prioritário. É claro que indivíduos e organizações têm sempre usado planisférios para os seus próprios fins, independentemente dos critérios técnicos de precisão perseguidos pelos cartógrafos. Os mapas são representações seletivas e parciais do território, de forma que o seu uso não pode estar à margem dos preconceitos pessoais nem da manipulação política. Não há dúvida de que o mapa é uma ferramenta fundamental na explicação geográfica e, portanto, um instrumento básico para o trabalho dos geógrafos. É também um recurso amplamente utilizado no ensino de geografia, geralmente muito desvinculado de uma educação geográfica autêntica. O trabalho defende que a educação geográfica deve promover a alfabetização geográfica com foco na alfabetização espacial. Especificamente, a Geografia é a disciplina escolar que assume a responsabilidade de contribuir para o desenvolvimento do pensamento ou raciocínio espacial por meio da alfabetização cartográfica.
{"title":"A imagem do mundo transmitida pelos mapas: notas para uma alfabetização cartográfica","authors":"Francisco Rodríguez Lestegás, Xosé Carlos Macía Arce, Francisco Xosé Armas Quintá","doi":"10.18675/1981-8106.v33.n.66.s16862","DOIUrl":"https://doi.org/10.18675/1981-8106.v33.n.66.s16862","url":null,"abstract":"Utilizando um procedimento teórico-metodológico de natureza indutiva, o artigo defende que os mapas são construções sociais que transmitem mensagens ideológicas, culturais e políticas, portanto a intenção da linguagem cartográfica é um ponto de interesse prioritário. É claro que indivíduos e organizações têm sempre usado planisférios para os seus próprios fins, independentemente dos critérios técnicos de precisão perseguidos pelos cartógrafos. Os mapas são representações seletivas e parciais do território, de forma que o seu uso não pode estar à margem dos preconceitos pessoais nem da manipulação política. Não há dúvida de que o mapa é uma ferramenta fundamental na explicação geográfica e, portanto, um instrumento básico para o trabalho dos geógrafos. É também um recurso amplamente utilizado no ensino de geografia, geralmente muito desvinculado de uma educação geográfica autêntica. O trabalho defende que a educação geográfica deve promover a alfabetização geográfica com foco na alfabetização espacial. Especificamente, a Geografia é a disciplina escolar que assume a responsabilidade de contribuir para o desenvolvimento do pensamento ou raciocínio espacial por meio da alfabetização cartográfica.","PeriodicalId":31214,"journal":{"name":"Educacao Teoria e Pratica","volume":"28 4","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-11-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135566784","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}