{"title":"DOENÇA DO DISCO INTERVERTEBRAL EM CÃES DA RAÇA DACHSHUND: UMA REVISÃO DE LITERATURA","authors":"Belissa Ferreira Cecim","doi":"10.17765/1518-1243.2019v21n2p189-201","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este trabalho tem como objetivo apresentar uma revisão de literatura sobre a doença do disco intervertebral em cães da raça Dachshund, condição frequente na clínica de pequenos animais, em que os discos intervertebrais podem sofrer degeneração ou ruptura, que resultam na contusão e/ou compressão da medula espinhal. Existem duas apresentações clássicas da doença, a Hansen tipo I: extrusão de disco de acometimento clínico agudo e Hansen tipo II: protrusão de disco de progressão clínica lenta do disco intervertebral. Identificou-se recentemente a extrusão aguda não compressiva do núcleo pulposo e a extrusão aguda do núcleo pulposo hidratado. Os sinais clínicos incluem: hiperestesia à palpação da coluna, ataxia sensorial, déficits proprioceptivos, alteração de resposta dos reflexos espinhais, paresia ambulatória ou não ambulatória. O diagnóstico baseia-se no histórico, anamnese, exame clínico neurológico e exames de imagem complementares, tais como mielografia, ressonância magnética ou tomografia computadorizada. O tratamento clínico é constituído de repouso absoluto, uso de analgésicos e anti-inflamatórios; já o tratamento cirúrgico é indicado quando há alto grau de disfunção neurológica, visando à descompressão da medula espinhal. A enfermidade pode acometer cães de todas as raças e idades, porém as raças condrodistróficas, como os Dachshund, têm de dez a 12 vezes mais risco de desenvolver a doença do que as demais raças e, até 24% deles apresentam a patologia durante a vida. Esta prevalência é superior às outras raças, o que é explicado tanto por sua conformação anatômica como pela predisposição genética específica da raça, com genes de suscetibilidade já identificados nos cromossomos 12 e 18.","PeriodicalId":30388,"journal":{"name":"Iniciacao Cientifica Cesumar","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2019-10-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"1","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Iniciacao Cientifica Cesumar","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.17765/1518-1243.2019v21n2p189-201","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Este trabalho tem como objetivo apresentar uma revisão de literatura sobre a doença do disco intervertebral em cães da raça Dachshund, condição frequente na clínica de pequenos animais, em que os discos intervertebrais podem sofrer degeneração ou ruptura, que resultam na contusão e/ou compressão da medula espinhal. Existem duas apresentações clássicas da doença, a Hansen tipo I: extrusão de disco de acometimento clínico agudo e Hansen tipo II: protrusão de disco de progressão clínica lenta do disco intervertebral. Identificou-se recentemente a extrusão aguda não compressiva do núcleo pulposo e a extrusão aguda do núcleo pulposo hidratado. Os sinais clínicos incluem: hiperestesia à palpação da coluna, ataxia sensorial, déficits proprioceptivos, alteração de resposta dos reflexos espinhais, paresia ambulatória ou não ambulatória. O diagnóstico baseia-se no histórico, anamnese, exame clínico neurológico e exames de imagem complementares, tais como mielografia, ressonância magnética ou tomografia computadorizada. O tratamento clínico é constituído de repouso absoluto, uso de analgésicos e anti-inflamatórios; já o tratamento cirúrgico é indicado quando há alto grau de disfunção neurológica, visando à descompressão da medula espinhal. A enfermidade pode acometer cães de todas as raças e idades, porém as raças condrodistróficas, como os Dachshund, têm de dez a 12 vezes mais risco de desenvolver a doença do que as demais raças e, até 24% deles apresentam a patologia durante a vida. Esta prevalência é superior às outras raças, o que é explicado tanto por sua conformação anatômica como pela predisposição genética específica da raça, com genes de suscetibilidade já identificados nos cromossomos 12 e 18.