{"title":"PROFESSORES NÃO LICENCIADOS NA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL: seus saberes, suas práticas","authors":"Antonio Acioli Blanco Lins, Cinara Calvi Anic","doi":"10.34024/olhares.2022.v10.12166","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A educação profissional (EP) no Brasil surgiu oficialmente no século XX e, desde seu surgimento, os professores dessa modalidade de ensino exibem um perfil bastante diverso, como consequência da ausência de políticas concretas que considerem as especificidades da EP. Este estudo é parte de uma pesquisa em desenvolvimento que objetiva analisar os saberes da docência que se manifestam com mais evidência na prática docente de professores não licenciados da EP. A pesquisa pautou-se nas bases teóricas da EP e na temática dos saberes da docência, referendados por Kuenzer (2006), Moura (2008), Machado (2011), Pena (2016), Tardif (2014), Pimenta (2012), dentre outros. O percurso metodológico norteou-se na abordagem qualitativa, sendo realizadas 7 entrevistas semiestruturadas com bacharéis e tecnólogos docentes da EP. A análise dos dados foi realizada seguindo os pressupostos de Creswell (2014) para a análise em espiral. Os resultados revelaram que os participantes da pesquisa mobilizam especialmente os saberes da experiência, por meio de memórias de antigos mestres e troca com os pares. Também valorizam os saberes da formação profissional, haja vista a necessidade de formar alguém que atenda as demandas do mercado de trabalho. Pouca referência foi conferida aos conhecimentos pedagógicos, tampouco aos saberes curriculares próprios da EP. Conclui-se que as considerações feitas pelos entrevistados reforçam a falta de políticas efetivas para a formação dos professores da EP o que, futuramente, pode ser reforçado pelas recentes legislações que permitem o notório saber e a comprovação de competências para atuar como docente, desconsiderando-se a formação integral do sujeito.","PeriodicalId":40381,"journal":{"name":"Revista Olhres","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.1000,"publicationDate":"2022-03-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Olhres","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.34024/olhares.2022.v10.12166","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q4","JCRName":"EDUCATION & EDUCATIONAL RESEARCH","Score":null,"Total":0}
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Abstract
A educação profissional (EP) no Brasil surgiu oficialmente no século XX e, desde seu surgimento, os professores dessa modalidade de ensino exibem um perfil bastante diverso, como consequência da ausência de políticas concretas que considerem as especificidades da EP. Este estudo é parte de uma pesquisa em desenvolvimento que objetiva analisar os saberes da docência que se manifestam com mais evidência na prática docente de professores não licenciados da EP. A pesquisa pautou-se nas bases teóricas da EP e na temática dos saberes da docência, referendados por Kuenzer (2006), Moura (2008), Machado (2011), Pena (2016), Tardif (2014), Pimenta (2012), dentre outros. O percurso metodológico norteou-se na abordagem qualitativa, sendo realizadas 7 entrevistas semiestruturadas com bacharéis e tecnólogos docentes da EP. A análise dos dados foi realizada seguindo os pressupostos de Creswell (2014) para a análise em espiral. Os resultados revelaram que os participantes da pesquisa mobilizam especialmente os saberes da experiência, por meio de memórias de antigos mestres e troca com os pares. Também valorizam os saberes da formação profissional, haja vista a necessidade de formar alguém que atenda as demandas do mercado de trabalho. Pouca referência foi conferida aos conhecimentos pedagógicos, tampouco aos saberes curriculares próprios da EP. Conclui-se que as considerações feitas pelos entrevistados reforçam a falta de políticas efetivas para a formação dos professores da EP o que, futuramente, pode ser reforçado pelas recentes legislações que permitem o notório saber e a comprovação de competências para atuar como docente, desconsiderando-se a formação integral do sujeito.