{"title":"O BRINCAR DAS CRIANÇAS COM O TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA NA EDUCAÇÃO INFANTIL","authors":"Michele Morgane de Melo Mattos, V. Lione","doi":"10.34024/olhares.2023.v11.14479","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo apresenta parte dos resultados de uma dissertação de mestrado e tem como objetivo destacar os desafios e possibilidades do brincar das crianças com o Transtorno do Espectro Autista na Educação Infantil, visando contribuir com o processo de inclusão escolar. Com base na teoria histórico-cultural e nos fundamentos da Defectologia, desenvolvidos por Vigotski, foi realizada uma pesquisa-ação com quatro crianças com TEA em duas escolas de Educação Infantil do município do Rio de Janeiro, utilizando como instrumentos a entrevista semiestruturada – com pais, docentes e estagiárias que lidam com as crianças com TEA – e a observação participante. Em geral, os resultados demonstraram as seguintes características em seus modos de brincar: ausência ou pouca funcionalidade no brincar, brincadeiras repetitivas e estereotipadas, hiperfoco, movimentação excessiva, pouca ou nenhuma interação com outras crianças. Constatou-se, também, a necessidade de formação docente continuada, assim como inclusão dos interesses e singularidades da criança com TEA nas propostas pedagógicas. Com base nos resultados apresentados, conclui-se como fundamental trazer para o centro do planejamento os interesses das crianças com TEA e ampliar as suas possibilidades de brincar por meio de atividades lúdicas que considerem suas individualidades. A Educação Infantil é um cenário favorável ao lúdico porque se constitui de propostas pedagógicas que têm como eixos norteadores as interações e brincadeira, podendo contribuir com o desenvolvendo da percepção, da imaginação, da fantasia e da interação social, habilidades que podem ser prejudicadas na criança com TEA. ","PeriodicalId":40381,"journal":{"name":"Revista Olhres","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.1000,"publicationDate":"2023-05-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Olhres","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.34024/olhares.2023.v11.14479","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q4","JCRName":"EDUCATION & EDUCATIONAL RESEARCH","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Este artigo apresenta parte dos resultados de uma dissertação de mestrado e tem como objetivo destacar os desafios e possibilidades do brincar das crianças com o Transtorno do Espectro Autista na Educação Infantil, visando contribuir com o processo de inclusão escolar. Com base na teoria histórico-cultural e nos fundamentos da Defectologia, desenvolvidos por Vigotski, foi realizada uma pesquisa-ação com quatro crianças com TEA em duas escolas de Educação Infantil do município do Rio de Janeiro, utilizando como instrumentos a entrevista semiestruturada – com pais, docentes e estagiárias que lidam com as crianças com TEA – e a observação participante. Em geral, os resultados demonstraram as seguintes características em seus modos de brincar: ausência ou pouca funcionalidade no brincar, brincadeiras repetitivas e estereotipadas, hiperfoco, movimentação excessiva, pouca ou nenhuma interação com outras crianças. Constatou-se, também, a necessidade de formação docente continuada, assim como inclusão dos interesses e singularidades da criança com TEA nas propostas pedagógicas. Com base nos resultados apresentados, conclui-se como fundamental trazer para o centro do planejamento os interesses das crianças com TEA e ampliar as suas possibilidades de brincar por meio de atividades lúdicas que considerem suas individualidades. A Educação Infantil é um cenário favorável ao lúdico porque se constitui de propostas pedagógicas que têm como eixos norteadores as interações e brincadeira, podendo contribuir com o desenvolvendo da percepção, da imaginação, da fantasia e da interação social, habilidades que podem ser prejudicadas na criança com TEA.