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Abstract
Ao tratar da escolarização da pessoa com deficiência, as diretrizes para formação docente transitam entre posições genéricas sobre diversidade e a instrumentalização para o atendimento educacional especializado, versando sobre o professor generalista, amparado pelo especialista, sem que se aprofunde em como se dão suas formações. Assumindo os cursos de formação docente como espaços privilegiados de (re)construção de saberes para a prática educacional, neste artigo, propõe-se a investigação dos modos como estudantes de cursos de Pedagogia elaboram questões relacionadas à educação da pessoa com deficiência e ao papel da graduação na construção de conhecimentos sobre o tema. Fundamentado pela Psicologia Histórico-cultural e pelos estudos da linguagem numa perspectiva dialógico-enunciativa, o trabalho envolveu a elaboração/conceituação da ideia de concepção e a realização de rodas de conversas com graduandas de três universidades paulistas sobre a escolarização de estudantes com deficiência. A análise e discussão a partir da áudio-gravação das rodas evidenciam como concepções elaboradas pelas estudantes trazem significados sobre deficiência; sobre a formação na universidade; e sobre a escola e o fazer docente, arrematados pelas indefinições do tema, constituindo-se não como conceitos, mas como saberes em elaboração. A reflexão aqui proposta contribui para a problematização da formação com vistas à transformação de expectativas e práticas que orientam a relação de professores em formação com conhecimentos sobre a pessoa com deficiência e sua educação. Ainda, apontam-se as rodas de conversa como potencial espaço formativo em uma perspectiva dialógica de reelaboração de saberes e práticas.