{"title":"Como ser um tradutor (reconhecido): repensando o habitus, as normas e o campo da tradução","authors":"Talita Serpa, Rakefet Sela-Sheffy","doi":"10.5007/2175-7968.2022.e84787","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Focando nos tradutores como um grupo cultural-profissional, este artigo mobiliza os conceitos bourdieusianos de campo e habitus para explicar a tensão entre a natureza restrita e a natureza versátil da ação dos tradutores, conforme determinado pela identificação do grupo cultural e pela posição em seu campo específico de ação. Com base no parâmetro básico das disputas de status e da luta por capital simbólico, elaboramos três aspectos importantes da diferenciação de autoimagens e estratégias de ação dos tradutores, usando exemplos do campo da tradução hebraica em Israel: (1) a variabilidade das estratégias que os tradutores empregam enquanto desempenham papéis conservadores ou inovadores, como guardiões ou importadores culturais, em contextos históricos específicos; (2) a construção dinâmica e a estratificação do campo da tradução, que resulta do esforço de estabelecer sua fonte autônoma de prestígio, oscilando entre status profissional impessoal e “estrelato” pessoal artístico; e (3) modelos preferidos de autoformação, de acordo com os quais selecionam e significam os fatos de suas condições de vida e os usam para melhorar status e termos de trabalho.","PeriodicalId":41963,"journal":{"name":"Cadernos de Traducao","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.4000,"publicationDate":"2022-12-13","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Cadernos de Traducao","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5007/2175-7968.2022.e84787","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"0","JCRName":"LANGUAGE & LINGUISTICS","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Focando nos tradutores como um grupo cultural-profissional, este artigo mobiliza os conceitos bourdieusianos de campo e habitus para explicar a tensão entre a natureza restrita e a natureza versátil da ação dos tradutores, conforme determinado pela identificação do grupo cultural e pela posição em seu campo específico de ação. Com base no parâmetro básico das disputas de status e da luta por capital simbólico, elaboramos três aspectos importantes da diferenciação de autoimagens e estratégias de ação dos tradutores, usando exemplos do campo da tradução hebraica em Israel: (1) a variabilidade das estratégias que os tradutores empregam enquanto desempenham papéis conservadores ou inovadores, como guardiões ou importadores culturais, em contextos históricos específicos; (2) a construção dinâmica e a estratificação do campo da tradução, que resulta do esforço de estabelecer sua fonte autônoma de prestígio, oscilando entre status profissional impessoal e “estrelato” pessoal artístico; e (3) modelos preferidos de autoformação, de acordo com os quais selecionam e significam os fatos de suas condições de vida e os usam para melhorar status e termos de trabalho.