{"title":"A invisibilidade do tradutor: ofício, profissão e gestos de um artífice","authors":"G. Abes","doi":"10.1590/2596-304x20222447gja","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"RESUMO Neste artigo, reflito sobre a “invisibilidade do tradutor”, denunciada por Lawrence Venuti (1995), apontado os limites da estrangeirização do texto traduzido como estratégia ética para dar visibilidade ao tradutor. Para isso, faço uma distinção entre a profissão e o ofício do tradutor para circundar sua situação, seus gestos, a origem de sua invisibilidade e de que maneira poderíamos torná-lo visível ou reconhecível para a comunidade. Com base no trabalho do sociólogo e historiador estadunidense Richard Sennett (2013), busco compreender o tradutor como um “artífice”, associando essa invisibilidade à degradação do fazer manual, em uma concepção meramente mecânica. Finalmente, com Paulo Henriques Britto (2012), sugiro uma solução possível (não a única), com base na visibilidade do ofício para a valorização da profissão de tradutor.","PeriodicalId":33855,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Literatura Comparada","volume":"14 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-12-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Brasileira de Literatura Comparada","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.1590/2596-304x20222447gja","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
RESUMO Neste artigo, reflito sobre a “invisibilidade do tradutor”, denunciada por Lawrence Venuti (1995), apontado os limites da estrangeirização do texto traduzido como estratégia ética para dar visibilidade ao tradutor. Para isso, faço uma distinção entre a profissão e o ofício do tradutor para circundar sua situação, seus gestos, a origem de sua invisibilidade e de que maneira poderíamos torná-lo visível ou reconhecível para a comunidade. Com base no trabalho do sociólogo e historiador estadunidense Richard Sennett (2013), busco compreender o tradutor como um “artífice”, associando essa invisibilidade à degradação do fazer manual, em uma concepção meramente mecânica. Finalmente, com Paulo Henriques Britto (2012), sugiro uma solução possível (não a única), com base na visibilidade do ofício para a valorização da profissão de tradutor.