Mariana Dalmagro, Radamés Jose Fritola, G. Donadel, E. Lourenço, J. Hoscheid
{"title":"PERFIL DA UTILIZAÇÃO DE ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS (AINES) EM UMA FARMÁCIA COMUNITÁRIA DO OESTE DO PARANÁ","authors":"Mariana Dalmagro, Radamés Jose Fritola, G. Donadel, E. Lourenço, J. Hoscheid","doi":"10.51161/conbracif/57","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução: A inflamação é um mecanismo de defesa, que visa suprimir o motivo inicial da lesão tecidual e seus efeitos. Os medicamentos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) pertencem a uma classe de fármacos amplamente prescritos em todo o mundo, sendo que no Brasil, são os mais utilizados por automedicação. Os AINEs possuem funções analgésicas, antitérmicas e anti-inflamatórias, e são prescritos para tratar diversos tipos de dores. A automedicação tem se tornado um hábito comum na vida das pessoas, tanto pelo pouco conhecimento dos possíveis efeitos colaterais, quanto pelas condições financeiras necessárias para uma consulta médica. No entanto, pacientes desconsideram os riscos de efeitos colaterais devido ao uso incorreto desses medicamentos. Objetivo: Abordar o uso incorreto de AINEs na prática farmacêutica, com prescrição, com associação a outros fármacos e sem prescrição médica. Material e métodos: A pesquisa foi realizada em uma farmácia comunitária do interior do Paraná, no período de abril a junho de 2020, onde todos os indivíduos participantes da pesquisa eram maiores de 18 anos, de ambos os sexos. Os dados foram colhidos mediante a observação de todas as vendas que continham AINEs no sistema de automação da farmácia. Resultados: No período avaliado 398 pessoas compraram medicamento com receita médica, 150 com receita odontológica, 2000 sem receita, e 800 por indicação do balconista da farmácia. Dos pacientes que compraram com receita 70% apresentavam associação a outros fármacos. Das pessoas que compraram sem receita 70% não quiseram qualquer orientação farmacêutica, e alegaram estar com pressa ou já saber como utilizar o medicamento e suas interações. Outros 20% aceitaram orientação farmacêutica, porém relataram que não as seguiriam; E somente 10% disseram que seguiriam as orientações repassadas. Dentre os principais efeitos colaterais relatados pelos indivíduos estão: náuseas, tonturas, dores no estômago e insônia. Conclusão: O farmacêutico possui um papel fundamental na avaliação do paciente antes da compra, uma vez que ele é um dos profissionais capacitados a dispensar corretamente os medicamentos, e a oferecer uma orientação adequada sobre seu uso consciente e correto.","PeriodicalId":7753,"journal":{"name":"Anais do III Congresso Brasileiro de Ciências Farmacêuticas On-line","volume":"91 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-04-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Anais do III Congresso Brasileiro de Ciências Farmacêuticas On-line","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.51161/conbracif/57","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Introdução: A inflamação é um mecanismo de defesa, que visa suprimir o motivo inicial da lesão tecidual e seus efeitos. Os medicamentos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) pertencem a uma classe de fármacos amplamente prescritos em todo o mundo, sendo que no Brasil, são os mais utilizados por automedicação. Os AINEs possuem funções analgésicas, antitérmicas e anti-inflamatórias, e são prescritos para tratar diversos tipos de dores. A automedicação tem se tornado um hábito comum na vida das pessoas, tanto pelo pouco conhecimento dos possíveis efeitos colaterais, quanto pelas condições financeiras necessárias para uma consulta médica. No entanto, pacientes desconsideram os riscos de efeitos colaterais devido ao uso incorreto desses medicamentos. Objetivo: Abordar o uso incorreto de AINEs na prática farmacêutica, com prescrição, com associação a outros fármacos e sem prescrição médica. Material e métodos: A pesquisa foi realizada em uma farmácia comunitária do interior do Paraná, no período de abril a junho de 2020, onde todos os indivíduos participantes da pesquisa eram maiores de 18 anos, de ambos os sexos. Os dados foram colhidos mediante a observação de todas as vendas que continham AINEs no sistema de automação da farmácia. Resultados: No período avaliado 398 pessoas compraram medicamento com receita médica, 150 com receita odontológica, 2000 sem receita, e 800 por indicação do balconista da farmácia. Dos pacientes que compraram com receita 70% apresentavam associação a outros fármacos. Das pessoas que compraram sem receita 70% não quiseram qualquer orientação farmacêutica, e alegaram estar com pressa ou já saber como utilizar o medicamento e suas interações. Outros 20% aceitaram orientação farmacêutica, porém relataram que não as seguiriam; E somente 10% disseram que seguiriam as orientações repassadas. Dentre os principais efeitos colaterais relatados pelos indivíduos estão: náuseas, tonturas, dores no estômago e insônia. Conclusão: O farmacêutico possui um papel fundamental na avaliação do paciente antes da compra, uma vez que ele é um dos profissionais capacitados a dispensar corretamente os medicamentos, e a oferecer uma orientação adequada sobre seu uso consciente e correto.