{"title":"A CONCEPÇÃO DE ALUNOS DA SÉRIE FINAL DO ENSINO MÉDIO SOBRE O USO E O DESCARTE DE MEDICAMENTOS ARMAZENADOS EM DOMICÍLIO","authors":"Roney Alves Rocha, Cleide Teixeira Alves","doi":"10.51161/conbracif/03","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução: O estoque domiciliar de medicamentos ou as farmácias caseiras se configuram como um risco iminente para a saúde, haja vista que favorecem a automedicação. Esta é entendida como a seleção de um medicamento feita pelo indivíduo com base na sua própria avaliação de seu estado de saúde, ou seja, em seu autodiagnóstico. Objetivos: Este trabalho procurou compreender as concepções de estudantes concluintes da educação básica sobre o uso e o descarte dos medicamentos armazenados em domicílio. Assim, buscamos identificar os principais destinos dado às sobras de medicamentos pós-tratamento domiciliar e analisar a relevância atribuída pelos alunos investigados à prática da automedicação e do destino dado aos medicamentos armazenados em domicílio. Material e método: Trata-se de um estudo de natureza qualitativa fundamentado no método fenomenológico. A pesquisa foi desenvolvida em duas escolas públicas que oferecem o Ensino Médio na cidade de Guanambi - BA, nas quais se obteve a adesão de sete alunos do terceiro ano. Para o levantamento das informações, utilizamos como instrumento de pesquisa a entrevista semiestruturada. Resultados: A análise dos dados revelou uma concepção de medicamento associado ao sinônimo de saúde e segurança, o que resulta na dificuldade para descartá-lo. Revelou, também, que o fato de os indivíduos interromperem o tratamento assim que os sintomas desaparecem, contribuem para o acúmulo de medicamentos em farmácias caseiras e que tais medicamentos só são descartados quando estão vencidos. Foi possível identificar, ainda, que alguns praticam automedicação sem ter consciência dos riscos dessa prática para a sua saúde e que há uma negligência no ensino sobre a temática. Conclusão: Desse modo, há urgência de um discurso mais efetivo sobre o uso racional de medicamentos, com produtivas parcerias entre a escola, serviços de saúde, gestores e autoridades da Vigilância Sanitária.","PeriodicalId":7753,"journal":{"name":"Anais do III Congresso Brasileiro de Ciências Farmacêuticas On-line","volume":"28 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-04-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Anais do III Congresso Brasileiro de Ciências Farmacêuticas On-line","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.51161/conbracif/03","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Introdução: O estoque domiciliar de medicamentos ou as farmácias caseiras se configuram como um risco iminente para a saúde, haja vista que favorecem a automedicação. Esta é entendida como a seleção de um medicamento feita pelo indivíduo com base na sua própria avaliação de seu estado de saúde, ou seja, em seu autodiagnóstico. Objetivos: Este trabalho procurou compreender as concepções de estudantes concluintes da educação básica sobre o uso e o descarte dos medicamentos armazenados em domicílio. Assim, buscamos identificar os principais destinos dado às sobras de medicamentos pós-tratamento domiciliar e analisar a relevância atribuída pelos alunos investigados à prática da automedicação e do destino dado aos medicamentos armazenados em domicílio. Material e método: Trata-se de um estudo de natureza qualitativa fundamentado no método fenomenológico. A pesquisa foi desenvolvida em duas escolas públicas que oferecem o Ensino Médio na cidade de Guanambi - BA, nas quais se obteve a adesão de sete alunos do terceiro ano. Para o levantamento das informações, utilizamos como instrumento de pesquisa a entrevista semiestruturada. Resultados: A análise dos dados revelou uma concepção de medicamento associado ao sinônimo de saúde e segurança, o que resulta na dificuldade para descartá-lo. Revelou, também, que o fato de os indivíduos interromperem o tratamento assim que os sintomas desaparecem, contribuem para o acúmulo de medicamentos em farmácias caseiras e que tais medicamentos só são descartados quando estão vencidos. Foi possível identificar, ainda, que alguns praticam automedicação sem ter consciência dos riscos dessa prática para a sua saúde e que há uma negligência no ensino sobre a temática. Conclusão: Desse modo, há urgência de um discurso mais efetivo sobre o uso racional de medicamentos, com produtivas parcerias entre a escola, serviços de saúde, gestores e autoridades da Vigilância Sanitária.