{"title":"Hematúria Microscópica Assintomática: Qual a Melhor Forma de Abordagem?","authors":"Diana Da Rocha, F. Martins","doi":"10.24915/aup.37.1-2.148","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"\n\n\nIntrodução: A hematúria microscópica assintomática (HMA) é comumente encontrada de forma incidental nos Cuidados de Saúde Primários (CSP). A importância deste achado é secundária ao potencial risco subjacente de patologia clinicamente significativa, incluindo malignidade, urolitíase e doença renal médica. Enquanto a hematúria macroscópica é reconhecida como um sinal que deve levar ao encaminhamento urológico para avaliação, a investigação recomendada da hematúria microscópica e, em particular, assintomática é inconsistente entre as diretrizes disponíveis.\nO objetivo foi rever as principais diretrizes sobre a avaliação e abordagem da HMA e disponibilização de algoritmo de abor- dagem\nMétodos: Pesquisa bibliográfica de artigos científicos nas bases de dados PubMed, UpToDate e Cochrane Library, publicados nos últimos 5 anos, utilizando a combinação dos termos MeSH “Hematuria/diagnosis”, em inglês e português. Consulta das guidelines da American Urological Association (AUA) e da Associação Portuguesa de Urologia.\nResultados: Obtidos 733 artigos da pesquisa. Foram selecionados cinco artigos de revisão, pela adequação dos mesmos ao objetivo principal. A revisão sistemática de 2020, que contempla as guidelines mais recentes da AUA, mostra que a história cuidadosa e exame físico são recomendados por todas as diretrizes revisadas, permitindo identificar potenciais etiologias benignas que, se confirmadas, podem evitar a necessidade de avaliação adicional. Laboratorialmente, é recomendada, além da análise sumária de urina, a determinação da função renal na exclusão de patologia nefrológica. Há consenso pelas diretrizes de que a cistoscopia deve ser realizada.\nRelativamente à avaliação radiológica, a diretriz mais atual baseia-se na estratificação do risco de malignidade no pedido de exames complementares.\nDiscussão: As diretrizes atuais variam em relação a detalhes importantes como a definição de HMA, o método ideal para avaliação radiológica e o papel da citologia urinária. É importante salientar que estas variações refletem a ausência de evidências de nível I sobre o assunto.\n\n\n","PeriodicalId":100020,"journal":{"name":"Acta Urológica Portuguesa","volume":"97 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-01-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Acta Urológica Portuguesa","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.24915/aup.37.1-2.148","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Introdução: A hematúria microscópica assintomática (HMA) é comumente encontrada de forma incidental nos Cuidados de Saúde Primários (CSP). A importância deste achado é secundária ao potencial risco subjacente de patologia clinicamente significativa, incluindo malignidade, urolitíase e doença renal médica. Enquanto a hematúria macroscópica é reconhecida como um sinal que deve levar ao encaminhamento urológico para avaliação, a investigação recomendada da hematúria microscópica e, em particular, assintomática é inconsistente entre as diretrizes disponíveis.
O objetivo foi rever as principais diretrizes sobre a avaliação e abordagem da HMA e disponibilização de algoritmo de abor- dagem
Métodos: Pesquisa bibliográfica de artigos científicos nas bases de dados PubMed, UpToDate e Cochrane Library, publicados nos últimos 5 anos, utilizando a combinação dos termos MeSH “Hematuria/diagnosis”, em inglês e português. Consulta das guidelines da American Urological Association (AUA) e da Associação Portuguesa de Urologia.
Resultados: Obtidos 733 artigos da pesquisa. Foram selecionados cinco artigos de revisão, pela adequação dos mesmos ao objetivo principal. A revisão sistemática de 2020, que contempla as guidelines mais recentes da AUA, mostra que a história cuidadosa e exame físico são recomendados por todas as diretrizes revisadas, permitindo identificar potenciais etiologias benignas que, se confirmadas, podem evitar a necessidade de avaliação adicional. Laboratorialmente, é recomendada, além da análise sumária de urina, a determinação da função renal na exclusão de patologia nefrológica. Há consenso pelas diretrizes de que a cistoscopia deve ser realizada.
Relativamente à avaliação radiológica, a diretriz mais atual baseia-se na estratificação do risco de malignidade no pedido de exames complementares.
Discussão: As diretrizes atuais variam em relação a detalhes importantes como a definição de HMA, o método ideal para avaliação radiológica e o papel da citologia urinária. É importante salientar que estas variações refletem a ausência de evidências de nível I sobre o assunto.