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A homofobia contra o professor “primário” do sexo masculino
Este artigo apresenta um estudo comparativo sobre o professor do sexo masculino que trabalha no ensino público do “ensino primário” do Rio de Janeiro - Brasil e em Aveiro - Portugal. O que se pretendeu averiguar, fundamentalmente, foram os motivos e as consequências da escolha profissional destes professores que se enveredam por uma área tipicamente associada com o feminino, uma associação tão forte que estes professores parecem um “corpo estranho” no cotidiano das escolas públicas “primárias”. Utilizamos a metodologia de investigação quantitativos e qualitativos de acordo com um modelo multimodal e misto de investigação que converge tais enfoques aproveitando as suas vantagens, foram aplicados questionários e realizadas entrevistas narrativas. A pesquisa tem base em uma amostra de 209 professores do ensino público que responderam anteriormente a um questionário (objetivo e subjetivo), 60 do Distrito de Aveiro (Portugal) e 149 do Estado do Rio de Janeiro (Brasil), bem como em entrevistas com seis professores escolhidos ao acaso, 3 professores no Brasil e 3 em Portugal com diferentes faixas etárias. Percebemos que estes professores são homens que estão na escola repensando os papéis masculinos e femininos nas profissões e, por estar introduzindo mudanças nos papéis de gênero, acabam por sofrer muitas discriminações, uma delas é a homofobia contra este professor.