Maria Alveni Barros Vieira, A. Duque, Maria das Dôres de Sousa, L. Oliveira, Thatianny Jasmine Castro Martins de Carvalho
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Para seu feitio fizemos uso dos pressupostos teóricos e metodológicos da História da Educação assentando sua base de análise na História Cultural, especificamente na concepção de Práticas Culturais delineada por Roger Chartier (2000) como os modos de fazer dos sujeitos históricos. As primeiras sondagens realizadas afim de mapear os sujeitos sociais que atuaram como mestres-escolas no semiárido piauiense encontram-se em número reduzido, todavia, não raro são as pessoas que viveram os períodos da infância e da juventude em comunidades isoladas na zona rural da região e foram alfabetizadas por um mestre-escola. 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OS MESTRES-ESCOLAS DO SEMIÁRIDO PIAUIENSE: PERCURSOS INVESTIGATIVOS
Desde o período colonial, o ensino da leitura, da escrita e das quatro operações da matemática se fazia acontecer por uma grande diversidade de mestres-escolas cujo ofício do magistério se realizava no ambiente domiciliar do aprendiz, por um curto período de tempo pré-determinado. Trabalhos realizados por historiadoras piauienses, a exemplo de Vieira (2005), Sousa (2016) e Feitosa (2017)), revelam que os mestres-escolas também fizeram parte da história da educação do semiárido piauiense. Nesse trabalho, intencionamos apresentar uma proposta de pesquisa sobre as trajetórias de vidas e as práticas educativas dos sujeitos sociais reconhecidos como mestres-escolas e/ou alunos de mestres-escolas no interstício temporal que cobre os anos de 1940 a 1970. Para seu feitio fizemos uso dos pressupostos teóricos e metodológicos da História da Educação assentando sua base de análise na História Cultural, especificamente na concepção de Práticas Culturais delineada por Roger Chartier (2000) como os modos de fazer dos sujeitos históricos. As primeiras sondagens realizadas afim de mapear os sujeitos sociais que atuaram como mestres-escolas no semiárido piauiense encontram-se em número reduzido, todavia, não raro são as pessoas que viveram os períodos da infância e da juventude em comunidades isoladas na zona rural da região e foram alfabetizadas por um mestre-escola. Podemos também inferir, que além do ensino das primeiras letras fazendo uso de cartilhas de a,b,c, e das quatro operações básicas da matemática através da tabuada impressa, os mestres-escolas do semiárido piauiense incrementavam suas propostas de ensino com conhecimentos necessários a vida naquela região.