向nhandereko学习

Caroline Willrich
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Para comprovar esta afirmação, realizei uma investigação baseada em teorias econômicas e em literaturas críticas do colonialismo que evidenciam como o modelo de desenvolvimento ocidental, baseado no sistema de mercado, separou os seres humanos da natureza, tornando-a um objeto de exploração, enquanto os povos originários do Sul mantiveram uma relação harmoniosa com a natureza e com outros humanos, seu modo de vida, o que induz fazerem uso de outros princípios. Mesmo com a presença de diferentes povos indígenas em todo o território brasileiro, o padrão civilizatório que se desenvolveu nesse foi o ocidental, desconsiderando o conhecimento ancestral dos povos originários sobre os Biomas que habitam, bem como seus modos de vida derivados de uma relação íntima com a natureza. Segundo a Fundação Nacional do Índio – FUNAI (2018), não só na faixa amazônica vivem indígenas. As terras ocupadas tradicionalmente pelo Povo Guarani no Brasil são aquelas onde ocorre o maior número de conflitos de demarcação de terras indígenas do País. Acredita-se que nessas sociedades eles mantém seu modo de vida, sua cultura, mesmo sob a hegemonia global de um modelo eurocêntrico pela sociedade envolvente. A abordagem deste artigo é interdisciplinar e intercultural de caráter exploratório e qualitativo pelo processo investigativo, que se baseia numa revisão da literatura e numa observação participante realizada nas aldeias Guarani Mbya do litoral do Paraná como métodos. À luz de categorias teóricas decorrentes da: Teoria dos Sítios de Pertencimento (ZAOUAL, 2003), Economia Substantiva (POLANYI, 2000), Dádiva (MAUSS, 2003), Reciprocidade (SABOURIN, 2011), Identidade (HALL, 2003), Liberdades Humanas (SEN, 2010).","PeriodicalId":117713,"journal":{"name":"Pensamentos Para Um Mundo em Transição","volume":"49 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-12-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"APRENDENDO COM O NHANDEREKÓ\",\"authors\":\"Caroline Willrich\",\"doi\":\"10.51360/zh4.202112-13-p.84-98\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"O presente artigo nasceu de uma série de reflexões sobre as mudanças climáticas, tema que tem sido recorrente em qualquer campo da ciência e em qualquer lugar do planeta, principalmente no que se refere ao motivo pelo qual a humanidade vem destruindo seu próprio meio físico. 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摘要

这篇文章诞生于对气候变化的一系列反思,这个主题在地球上任何科学领域和任何地方都反复出现,特别是关于为什么人类正在破坏自己的自然环境。然而,根据联合国教科文组织的说法,“跨越地球生物地球物理边界的主要责任在于西方人类和特定的经济体系”,而不是人类(2018,第05页)。证明这个说法,我实现了一个基于经济理论研究和文学批评的西方殖民主义的发展模式,基于市场体系,自然把人类,成为被剥削的对象,而南方人民的祖先和自然保持和谐的关系和其他人类,他们的生活方式,让人用的其他原则。的存在不同的原住民在巴西,长出了文明的标准,是西方的,漠视知识最初民族的祖先不同的生物群落,以及他们的生活方式与自然的亲密关系。根据国家印第安人基金会- FUNAI(2018),不仅亚马逊地区居住着土著居民。在巴西,瓜拉尼人传统上占领的土地是该国土著土地划界冲突最多的地方。人们相信,在这些社会中,他们保持着自己的生活方式和文化,即使是在以欧洲为中心的模式的全球霸权下。本文的方法是跨学科和跨文化的探索性和定性的调查过程,这是基于文献综述和参与观察在巴拉那海岸的瓜拉尼姆比亚村庄作为方法。根据以下理论范畴:归属理论(ZAOUAL, 2003)、实体经济理论(POLANYI, 2000)、礼物理论(MAUSS, 2003)、互惠理论(SABOURIN, 2011)、身份理论(HALL, 2003)、人类自由理论(SEN, 2010)。
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APRENDENDO COM O NHANDEREKÓ
O presente artigo nasceu de uma série de reflexões sobre as mudanças climáticas, tema que tem sido recorrente em qualquer campo da ciência e em qualquer lugar do planeta, principalmente no que se refere ao motivo pelo qual a humanidade vem destruindo seu próprio meio físico. Porém, de acordo com a UNESCO, “o grande responsável por atravessar os limites biogeofísicos do planeta é o humano ocidental e um sistema econômico específico”, não a humanidade (2018, p.05). Para comprovar esta afirmação, realizei uma investigação baseada em teorias econômicas e em literaturas críticas do colonialismo que evidenciam como o modelo de desenvolvimento ocidental, baseado no sistema de mercado, separou os seres humanos da natureza, tornando-a um objeto de exploração, enquanto os povos originários do Sul mantiveram uma relação harmoniosa com a natureza e com outros humanos, seu modo de vida, o que induz fazerem uso de outros princípios. Mesmo com a presença de diferentes povos indígenas em todo o território brasileiro, o padrão civilizatório que se desenvolveu nesse foi o ocidental, desconsiderando o conhecimento ancestral dos povos originários sobre os Biomas que habitam, bem como seus modos de vida derivados de uma relação íntima com a natureza. Segundo a Fundação Nacional do Índio – FUNAI (2018), não só na faixa amazônica vivem indígenas. As terras ocupadas tradicionalmente pelo Povo Guarani no Brasil são aquelas onde ocorre o maior número de conflitos de demarcação de terras indígenas do País. Acredita-se que nessas sociedades eles mantém seu modo de vida, sua cultura, mesmo sob a hegemonia global de um modelo eurocêntrico pela sociedade envolvente. A abordagem deste artigo é interdisciplinar e intercultural de caráter exploratório e qualitativo pelo processo investigativo, que se baseia numa revisão da literatura e numa observação participante realizada nas aldeias Guarani Mbya do litoral do Paraná como métodos. À luz de categorias teóricas decorrentes da: Teoria dos Sítios de Pertencimento (ZAOUAL, 2003), Economia Substantiva (POLANYI, 2000), Dádiva (MAUSS, 2003), Reciprocidade (SABOURIN, 2011), Identidade (HALL, 2003), Liberdades Humanas (SEN, 2010).
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