Laís de Souza Gomes, Larissa Bernardes Araújo Garrido, Weberson Lima Silva, Jordana Alves Novais, Thamiris DE Souza Lopes
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Objetivo: O estudo objetivou analisar a série temporal da frequência de acidentes com animais peçonhentos entre os anos de 2012 a 2021 no Brasil. Metodologia: Trata-se de um estudo de análise temporal para a frequência de acidentes com animais peçonhentos, no período de 2012 a 2021, que contempla toda a esfera nacional. Os dados foram obtidos através do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde(DataSUS) e do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN-NET). A análise de série temporal foi produzida a partir do software Stata 14.0, através do método de regressão linear de Prais-Winsten, considerada significativa. A partir disto, obteve-se o valor do coeficiente beta e do erro padrão, bem como a taxa de variação anual. Resultado: A partir da análise observou-se uma tendência crescente significativa da frequência de acidentes com animais peçonhentos no Brasil, registrando em todo o período 2.089.108 casos, com destaque para a região Sudeste(786.904) e região Nordeste(708.518). Além disso, o ano de 2012 registrou o menor número de episódios, 141.340, enquanto 2019 apresentou o maior acumulado, 285.863 casos. Por último, a análise demonstrou uma taxa de variação anual de 7% para o intervalo pesquisado. Conclusão: Frente aos resultados obtidos, verificou-se a ascendência do número de acidentes com animais peçonhentos no Brasil durante a última década. Nesse contexto, torna-se necessário o desenvolvimento e aperfeiçoamento de medidas estatais para alertar e orientar a população acerca de tais acidentes, bem como propiciar a atenuação de sua exacerbada frequência e consequentes sequelas ou óbitos.","PeriodicalId":136597,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","volume":"54 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-05-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"FREQUÊNCIA DE ACIDENTES COM ANIMAIS PEÇONHENTOS NO BRASIL, 2012-2021\",\"authors\":\"Laís de Souza Gomes, Larissa Bernardes Araújo Garrido, Weberson Lima Silva, Jordana Alves Novais, Thamiris DE Souza Lopes\",\"doi\":\"10.51161/epidemion/7626\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Introdução: Os animais peçonhentos são aqueles que possuem glândulas venenosas conectadas a dentes ocos, ferrões ou aguilhões por onde inoculam seu veneno ativamente. 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FREQUÊNCIA DE ACIDENTES COM ANIMAIS PEÇONHENTOS NO BRASIL, 2012-2021
Introdução: Os animais peçonhentos são aqueles que possuem glândulas venenosas conectadas a dentes ocos, ferrões ou aguilhões por onde inoculam seu veneno ativamente. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 5,4 milhões de pessoas são picadas por cobras a cada ano no mundo, das quais mais de 81.000 morrem e até 400.000 ficam permanentemente incapacitadas ou desfiguradas. No Brasil os acidentes são mais frequentes no verão, já que as chuvas e altas temperaturas incentivam o maior deslocamento desses animais. Assim, entender o contexto epidemiológico destes acidentes podem contribuir para o aprimoramento das estratégias de prevenção e atenuação de seus danos. Objetivo: O estudo objetivou analisar a série temporal da frequência de acidentes com animais peçonhentos entre os anos de 2012 a 2021 no Brasil. Metodologia: Trata-se de um estudo de análise temporal para a frequência de acidentes com animais peçonhentos, no período de 2012 a 2021, que contempla toda a esfera nacional. Os dados foram obtidos através do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde(DataSUS) e do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN-NET). A análise de série temporal foi produzida a partir do software Stata 14.0, através do método de regressão linear de Prais-Winsten, considerada significativa. A partir disto, obteve-se o valor do coeficiente beta e do erro padrão, bem como a taxa de variação anual. Resultado: A partir da análise observou-se uma tendência crescente significativa da frequência de acidentes com animais peçonhentos no Brasil, registrando em todo o período 2.089.108 casos, com destaque para a região Sudeste(786.904) e região Nordeste(708.518). Além disso, o ano de 2012 registrou o menor número de episódios, 141.340, enquanto 2019 apresentou o maior acumulado, 285.863 casos. Por último, a análise demonstrou uma taxa de variação anual de 7% para o intervalo pesquisado. Conclusão: Frente aos resultados obtidos, verificou-se a ascendência do número de acidentes com animais peçonhentos no Brasil durante a última década. Nesse contexto, torna-se necessário o desenvolvimento e aperfeiçoamento de medidas estatais para alertar e orientar a população acerca de tais acidentes, bem como propiciar a atenuação de sua exacerbada frequência e consequentes sequelas ou óbitos.