C. Silva, Aline Piaceski Arceno, Heloísa Cristina da Silva, Katia Gustmann, Maria Fernanda Breda
{"title":"圣卡塔琳娜州陆路交通事故死亡和住院的流行病学概况","authors":"C. Silva, Aline Piaceski Arceno, Heloísa Cristina da Silva, Katia Gustmann, Maria Fernanda Breda","doi":"10.51161/epidemion/6843","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução: Os acidentes de trânsito configuram uma das maiores causas externas de internação e óbitos, impactando diretamente nos serviços de saúde, afastamento do trabalho/escola, sequelas, despesas orçamentárias e previdenciárias e sofrimento para vítimas e familiares. Objetivo: Traçar o perfil epidemiológico dos óbitos por acidentes de transporte terrestre (ATT) ocorridos no período de 2010 a 2020 em Santa Catarina (SC). Material e Métodos: Trata-se de análise descritiva e transversal dos dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e Sistema de Informação Hospitalar (SIH), tabulados através do TabWin e Excel, segundo ano do óbito, local de residência e ocorrência, sexo, faixa etária, escolaridade, modalidade de transporte e informações hospitalares. Resultados: Dos 18.275 óbitos por ATT ocorridos entre 2010 e 2020 em SC, a maioria era do sexo masculino (81%), com maiores proporções nas categorias motorista (90%) e motociclista (88,4%). Dentre as mulheres, os maiores percentuais foram como passageira (46,3%) e pedestre (27,7%). Pessoas de 0 a 9 anos (45,7%) e acima de 60 anos (32,6%) se destacaram como passageiro, já as demais faixas etárias se destacaram na condição de motociclista: 10 a 19 anos (43%), 20 a 39 anos (39,5%), 40 a 59 anos (26,1%). Embora com queda, as maiores taxas de mortalidade ocorreram entre 20 e 39 anos, indo de 41,3 óbitos a cada 100 mil habitantes (2010) para 25,0 (2020). Cerca de 55,3% estavam entre a 1ª e 8ª série (2015), chegando a 59,3% em 2020. Mais de 55% dos óbitos ocorreram imediatamente após o ATT, em via pública. Foram 5.834 internações em 2020, com valor gasto de R$13.190.012,7, e 23.826 dias de permanência, o equivalente à média de 4 dias de internação por pessoa. Conclusão: Embora em queda, os ATT ainda constituam um grave e complexo problema de saúde pública, tendo em vista o número elevado de vidas perdidas por causas evitáveis, o que reforça a importância da implementação de intervenções que priorizem a população de maior risco, subsidiando ações que regulamentem a segurança no trânsito em relação à fiscalização, penalização e fortalecimento dos órgãos de segurança no trânsito.","PeriodicalId":136597,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","volume":"66 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS ÓBITOS E INTERNAÇÕES POR ACIDENTE DE TRANSPORTE TERRESTRE EM SANTA CATARINA\",\"authors\":\"C. 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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS ÓBITOS E INTERNAÇÕES POR ACIDENTE DE TRANSPORTE TERRESTRE EM SANTA CATARINA
Introdução: Os acidentes de trânsito configuram uma das maiores causas externas de internação e óbitos, impactando diretamente nos serviços de saúde, afastamento do trabalho/escola, sequelas, despesas orçamentárias e previdenciárias e sofrimento para vítimas e familiares. Objetivo: Traçar o perfil epidemiológico dos óbitos por acidentes de transporte terrestre (ATT) ocorridos no período de 2010 a 2020 em Santa Catarina (SC). Material e Métodos: Trata-se de análise descritiva e transversal dos dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e Sistema de Informação Hospitalar (SIH), tabulados através do TabWin e Excel, segundo ano do óbito, local de residência e ocorrência, sexo, faixa etária, escolaridade, modalidade de transporte e informações hospitalares. Resultados: Dos 18.275 óbitos por ATT ocorridos entre 2010 e 2020 em SC, a maioria era do sexo masculino (81%), com maiores proporções nas categorias motorista (90%) e motociclista (88,4%). Dentre as mulheres, os maiores percentuais foram como passageira (46,3%) e pedestre (27,7%). Pessoas de 0 a 9 anos (45,7%) e acima de 60 anos (32,6%) se destacaram como passageiro, já as demais faixas etárias se destacaram na condição de motociclista: 10 a 19 anos (43%), 20 a 39 anos (39,5%), 40 a 59 anos (26,1%). Embora com queda, as maiores taxas de mortalidade ocorreram entre 20 e 39 anos, indo de 41,3 óbitos a cada 100 mil habitantes (2010) para 25,0 (2020). Cerca de 55,3% estavam entre a 1ª e 8ª série (2015), chegando a 59,3% em 2020. Mais de 55% dos óbitos ocorreram imediatamente após o ATT, em via pública. Foram 5.834 internações em 2020, com valor gasto de R$13.190.012,7, e 23.826 dias de permanência, o equivalente à média de 4 dias de internação por pessoa. Conclusão: Embora em queda, os ATT ainda constituam um grave e complexo problema de saúde pública, tendo em vista o número elevado de vidas perdidas por causas evitáveis, o que reforça a importância da implementação de intervenções que priorizem a população de maior risco, subsidiando ações que regulamentem a segurança no trânsito em relação à fiscalização, penalização e fortalecimento dos órgãos de segurança no trânsito.