管理单一卫生系统二级保健资金的资源

Mayara Cordeiro, S. Mendes
{"title":"管理单一卫生系统二级保健资金的资源","authors":"Mayara Cordeiro, S. Mendes","doi":"10.14295/jmphc.v14.1210","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"No Brasil, o direito à saúde foi uma conquista do movimento da Reforma Sanitária que através da Constituição Federal de 1988 criou o Sistema Único de Saúde – SUS. Conforme disposto no artigo n. 196 da Constituição Federal, “A saúde é direito de todos e dever do Estado”. Com a inclusão de milhões de pessoas na rede de proteção social a partir da Constituição de 1988, ampliando o acesso aos serviços públicos de Saúde como direito fundamental de todo cidadão, do ponto de vista do financiamento, essa conquista representa um enorme desafio; e os custos e as demandas crescentes em saúde apresentam cada vez mais dúvidas sobre o processo de financiamento e da gestão dos recursos financeiros no SUS. O financiamento do SUS se dá através dos recursos do orçamento da seguridade social da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, cada ente é responsável pela gestão e financiamento das ações e serviços públicos de saúde. O processo de financiamento da saúde pública passou por mudanças aos longos dos anos e atualmente a transferência dos recursos federais para os demais entes da união se dá através de dois blocos de financiamento, o bloco de custeio e bloco de investimento das ações e serviços públicos de saúde. Apesar da organização, os repasses financeiros não são apresentados claramente no bloco da média e alta complexidade, há uma padronização dos repasses de acordo com o limite de teto de gasto pelo governo, sendo a maior parte destinada as regiões mais ricas do país, como o Sudeste ocasionando maior desigualdade socioeconômica. A Atenção Secundária é formada pelos serviços especializados em nível ambulatorial e hospitalar, com densidade tecnológica intermediária entre a atenção primária e a terciária, historicamente interpretada como procedimentos de média complexidade. Esse nível compreende serviços médicos especializados, de apoio diagnóstico e terapêutico. São considerados estabelecimentos de saúde como ambulatórios especializados do tipo policlínica, com ou sem hospital-dia. Os serviços especializados estão inseridos em um sistema de saúde fragmentado, sem comunicação e coordenação com outros serviços ambulatoriais e hospitalares, problema este que afeta diretamente a efetividade e eficiência desse nível de atenção. Os serviços especializados no SUS permitem viabilizar a integralidade e ampliar a resolutividade da atenção básica, visando o bom desempenho do sistema e ampliar o cuidado integral do usuário. Devido ao aumento da população portadora de doenças crônicas não transmissíveis e um desmonte do SUS, com um desfinanciamento existe uma sobrecarga nos serviços de atenção especializada e dificuldade no acesso para o acompanhamento adequado da doença de base, além disso, a fragmentação no sistema de saúde e falta de integração entre os serviços de média complexidade com atenção básica, favorece a baixa resolutividade e perda da continuidade do cuidado. Contudo, observa-se que a condição dos serviços de média complexidade representam um dos principais entraves do acesso aos usuários, os serviços de atenção secundária não acompanharam o ritmo de implantação de equipes de saúde da família e ampliação de acesso aos usuários à atenção básica, atualmente a quantidade de usuários que precisam dos serviços especializados é significativamente maior que a oferta e devido a baixa efetividade da atenção secundaria frente a necessidade do usuário, também implica na resolutividade da assistência da média complexidade. Considerando o cenário estabelecido, este estudo tem por objetivo analisar por meio de uma revisão da literatura o financiamento da atenção secundária no SUS e o acesso ao serviço. O objetivo é analisar por meio de uma revisão da literatura o financiamento da atenção secundária no SUS e o acesso ao serviço. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura brasileira sobre a gestão dos recursos para o financiamento da Atenção Secundária no SUS. Foi realizada uma pesquisa a partir das bases de dados disponíveis na Biblioteca Virtual em Saúde Pública – BVS, Biblioteca Nacional de Medicina – PubMed e Biblioteca Eletrônica Científica Online Scielo. Para guiar essa pesquisa foi elaborada a seguinte pergunta: “O que a literatura brasileira apresenta sobre a gestão dos recursos para o financiamento da atenção secundária no SUS?”. A busca bibliográfica realizou a combinação de diversos descritores relacionados ao tema. Nessa fase utilizou-se o DeCS (Descritores em Ciências da Saúde) para a busca de sinônimos a cada descritor. Três eixos temáticos compõem a sintaxe: i. contexto (Gestão em Saúde); ii. População (Recursos Financeiros em Saúde) e iii. Fenômeno (Atenção Secundária). Para a estratégia foi utilizado operadores booleanos “AND” e “OR”. A busca inicial resultou em um total de 828 estudos identificados até dia 25/01/2022, com o software Zotero foi possível organizar as referências e 404 estudos duplicados foram excluídos e 19 publicações excluídas por tipo. Resultaram em 405 publicações elegíveis, que foram avaliados por meio de critérios de inclusão e exclusão: publicações que não apresentaram relação com Sistema público de Saúde e publicações relacionadas a unidades de saúde especializadas em tratamento específico. Deste modo, foram excluídos 380 estudos após avaliação dos títulos e nove publicações após leitura dos resumos. No total, obteve-se 16 artigos foram incluídos, com anos de publicação no período entre 2003–2020 sendo 18,75% das publicações no ano 2016 e 23,07% publicadas na revista Ciência e Saúde Coletiva. Observa-se que a condição dos serviços de média complexidade representam um dos principais entraves do acesso aos usuários, os serviços de atenção secundária não acompanharam o ritmo de implantação de equipes de saúde da família e atualmente a quantidade de usuários que precisam dos serviços especializados é significativamente maior que a oferta e devido a baixa efetividade da atenção secundaria frente a necessidade do usuário, também implica na resolutividade da assistência da média complexidade.","PeriodicalId":299004,"journal":{"name":"JMPHC | Journal of Management & Primary Health Care | ISSN 2179-6750","volume":"48 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-09-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"gestão dos recursos para o financiamento da atenção secundária no SUS\",\"authors\":\"Mayara Cordeiro, S. 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摘要

在巴西,健康权是卫生改革运动的一项成就,该运动通过1988年的联邦宪法创建了统一卫生系统(SUS)。根据《联邦宪法》第196条,"健康是每个人的权利和国家的义务"。自1988年《宪法》以来,将数百万人纳入社会保护网络,将获得公共保健服务作为每个公民的一项基本权利,从资金的角度来看,这一成就是一项巨大的挑战;卫生方面的费用和日益增长的需求对单一卫生系统的筹资过程和财政资源管理提出了越来越多的问题。单一卫生系统的资金来自联邦、州、联邦区和市政府的社会保障预算资源,每个实体负责管理和资助公共卫生行动和服务。公共卫生资金的过程经历了漫长的年变化,目前联邦资源联盟的爱给通过两大融资,投资成本和街区的股票和公共卫生服务。尽管金融通常是不认识清楚组织的单元的平均复杂度高,还有一个标准化的通常会根据装花了政府限制,大部分地区最富有的国家,像极东南最大的社会经济不平等。二级护理由门诊和医院一级的专门服务组成,技术密度介于初级和三级护理之间,历史上被解释为中等复杂的程序。这一级包括专门的医疗服务、诊断和治疗支助。保健设施被认为是综合诊所类型的专门门诊,有或没有日间医院。专门服务被插入到一个支离破碎的卫生系统中,与其他门诊和医院服务没有沟通和协调,这一问题直接影响到这一级别的护理的有效性和效率。单一卫生系统的专门服务使初级保健的完整性和解决能力得以实现,以系统的良好性能为目标,并扩大对用户的综合护理。由于人口增长带来的非传染性慢性疾病和学校一个拆卸,desfinanciamento存在一个专业护理服务负担和困难在获得适当的监测疾病的基础,此外,分散在卫生系统和服务之间缺少集成复杂度平均损失基本注意你偏向低resolutividade和连续性的小心。然而,你平均服务条件复杂性代表了用户访问的主要障碍,跟高中是不服务的节奏家庭的医疗团队部署和扩展的访问用户的注意,现在用户需要专业服务的数量是明显大于供给和低效率的关注出生的用户需求,它还暗示了平均复杂性辅助的可解决性。考虑到已建立的情景,本研究旨在通过文献综述分析SUS二级保健的融资和服务的获取。目的是通过文献综述分析SUS中二级保健的融资和服务的获取。这是对巴西关于单一卫生系统二级保健资金资源管理的文献的综合综述。利用公共卫生虚拟图书馆(vhl)、国家医学图书馆(PubMed)和在线科学电子图书馆Scielo的数据库进行了调查。为了指导这项研究,我们提出了以下问题:“巴西文献对单一卫生系统二级保健资金的资源管理提出了什么建议?”文献检索结合了与主题相关的几个描述符。在这个阶段,我们使用DeCS(健康科学中的描述符)来搜索每个描述符的同义词。三个主题轴构成语法:i.上下文(健康管理);二世。人口(卫生财政资源)和三。现象(二级注意)。对于策略,使用了布尔运算符“AND”和“OR”。最初的搜索结果是到2022年1月25日共确定了828项研究,使用Zotero软件可以组织参考文献,404项重复研究被排除,19项出版物按类型排除。
本文章由计算机程序翻译,如有差异,请以英文原文为准。
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gestão dos recursos para o financiamento da atenção secundária no SUS
No Brasil, o direito à saúde foi uma conquista do movimento da Reforma Sanitária que através da Constituição Federal de 1988 criou o Sistema Único de Saúde – SUS. Conforme disposto no artigo n. 196 da Constituição Federal, “A saúde é direito de todos e dever do Estado”. Com a inclusão de milhões de pessoas na rede de proteção social a partir da Constituição de 1988, ampliando o acesso aos serviços públicos de Saúde como direito fundamental de todo cidadão, do ponto de vista do financiamento, essa conquista representa um enorme desafio; e os custos e as demandas crescentes em saúde apresentam cada vez mais dúvidas sobre o processo de financiamento e da gestão dos recursos financeiros no SUS. O financiamento do SUS se dá através dos recursos do orçamento da seguridade social da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, cada ente é responsável pela gestão e financiamento das ações e serviços públicos de saúde. O processo de financiamento da saúde pública passou por mudanças aos longos dos anos e atualmente a transferência dos recursos federais para os demais entes da união se dá através de dois blocos de financiamento, o bloco de custeio e bloco de investimento das ações e serviços públicos de saúde. Apesar da organização, os repasses financeiros não são apresentados claramente no bloco da média e alta complexidade, há uma padronização dos repasses de acordo com o limite de teto de gasto pelo governo, sendo a maior parte destinada as regiões mais ricas do país, como o Sudeste ocasionando maior desigualdade socioeconômica. A Atenção Secundária é formada pelos serviços especializados em nível ambulatorial e hospitalar, com densidade tecnológica intermediária entre a atenção primária e a terciária, historicamente interpretada como procedimentos de média complexidade. Esse nível compreende serviços médicos especializados, de apoio diagnóstico e terapêutico. São considerados estabelecimentos de saúde como ambulatórios especializados do tipo policlínica, com ou sem hospital-dia. Os serviços especializados estão inseridos em um sistema de saúde fragmentado, sem comunicação e coordenação com outros serviços ambulatoriais e hospitalares, problema este que afeta diretamente a efetividade e eficiência desse nível de atenção. Os serviços especializados no SUS permitem viabilizar a integralidade e ampliar a resolutividade da atenção básica, visando o bom desempenho do sistema e ampliar o cuidado integral do usuário. Devido ao aumento da população portadora de doenças crônicas não transmissíveis e um desmonte do SUS, com um desfinanciamento existe uma sobrecarga nos serviços de atenção especializada e dificuldade no acesso para o acompanhamento adequado da doença de base, além disso, a fragmentação no sistema de saúde e falta de integração entre os serviços de média complexidade com atenção básica, favorece a baixa resolutividade e perda da continuidade do cuidado. Contudo, observa-se que a condição dos serviços de média complexidade representam um dos principais entraves do acesso aos usuários, os serviços de atenção secundária não acompanharam o ritmo de implantação de equipes de saúde da família e ampliação de acesso aos usuários à atenção básica, atualmente a quantidade de usuários que precisam dos serviços especializados é significativamente maior que a oferta e devido a baixa efetividade da atenção secundaria frente a necessidade do usuário, também implica na resolutividade da assistência da média complexidade. Considerando o cenário estabelecido, este estudo tem por objetivo analisar por meio de uma revisão da literatura o financiamento da atenção secundária no SUS e o acesso ao serviço. O objetivo é analisar por meio de uma revisão da literatura o financiamento da atenção secundária no SUS e o acesso ao serviço. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura brasileira sobre a gestão dos recursos para o financiamento da Atenção Secundária no SUS. Foi realizada uma pesquisa a partir das bases de dados disponíveis na Biblioteca Virtual em Saúde Pública – BVS, Biblioteca Nacional de Medicina – PubMed e Biblioteca Eletrônica Científica Online Scielo. Para guiar essa pesquisa foi elaborada a seguinte pergunta: “O que a literatura brasileira apresenta sobre a gestão dos recursos para o financiamento da atenção secundária no SUS?”. A busca bibliográfica realizou a combinação de diversos descritores relacionados ao tema. Nessa fase utilizou-se o DeCS (Descritores em Ciências da Saúde) para a busca de sinônimos a cada descritor. Três eixos temáticos compõem a sintaxe: i. contexto (Gestão em Saúde); ii. População (Recursos Financeiros em Saúde) e iii. Fenômeno (Atenção Secundária). Para a estratégia foi utilizado operadores booleanos “AND” e “OR”. A busca inicial resultou em um total de 828 estudos identificados até dia 25/01/2022, com o software Zotero foi possível organizar as referências e 404 estudos duplicados foram excluídos e 19 publicações excluídas por tipo. Resultaram em 405 publicações elegíveis, que foram avaliados por meio de critérios de inclusão e exclusão: publicações que não apresentaram relação com Sistema público de Saúde e publicações relacionadas a unidades de saúde especializadas em tratamento específico. Deste modo, foram excluídos 380 estudos após avaliação dos títulos e nove publicações após leitura dos resumos. No total, obteve-se 16 artigos foram incluídos, com anos de publicação no período entre 2003–2020 sendo 18,75% das publicações no ano 2016 e 23,07% publicadas na revista Ciência e Saúde Coletiva. Observa-se que a condição dos serviços de média complexidade representam um dos principais entraves do acesso aos usuários, os serviços de atenção secundária não acompanharam o ritmo de implantação de equipes de saúde da família e atualmente a quantidade de usuários que precisam dos serviços especializados é significativamente maior que a oferta e devido a baixa efetividade da atenção secundaria frente a necessidade do usuário, também implica na resolutividade da assistência da média complexidade.
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