R. Ramos, Joséte Florêncio dos Santos, Alana Héllen Costa e Silva, Moisés Araújo Almeida
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Os resultados, inicialmente, buscaram determinar o perfil dos respondentes, priorizando os proprietários como fonte confiável de dados financeiros. Observou-se que a maioria dos respondentes não valorizam o conhecimento acadêmico, considerando que a experiência deve nortear suas decisões. Ademais, concernente aos achados sobre a estrutura de capital das empresas pesquisadas, no início das suas atividades 92% informaram que utilizaram apenas capital próprio. As restrições enfrentadas pelas pequenas empresas ocorrem antes mesmo do início das suas atividades. Já inseridas no mercado, quando necessitam de capital, 84% das empresas recorrem primeiro a lucros retidos. Essa preferência pelo autofinanciamento pode ocorrer pela necessidade que os proprietários têm em manter o controle da empresa, mas também, por causa das dificuldades que as pequenas empresas têm em acessar fontes externas, devido à assimetria informacional. Porém, quando os recursos internos são insuficientes às empresas apontaram recorrer ao financiamento externo. Das empresas, 64% utilizam empréstimos bancários de curto prazo como primeira opção, seguido de amigos e familiares (20%) e, por último, aumento de capital próprio (4%). Essa hierarquia de recursos aponta indícios que a teoria de Pecking Order pode melhor explicar o comportamento dessas empresas. Entretanto, foi possível observar também que em 16% das empresas foi identificado uma busca pelo equilíbrio entre capital próprio e capital de terceiros, mesmo que não seja uma busca pelo nível ótimo de endividamento. Essas empresas buscam sempre ter capital de terceiros na estrutura capital. 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A estrutura de capital das empresas de pequeno porte do APL de confecções de Pernambuco
O objetivo do trabalho foi identificar a estrutura de capital adotada pelas micro, pequenas e médias empresas que compõem o Arranjo Produtivo Local (APL) de confecções do Agreste de Pernambuco, pois a maioria dos estudos desenvolvidos foram baseados na realidade de grandes corporações, negligenciado o estudo no âmbito das empresas de menor porte. A pesquisa caracteriza-se como descritiva e foi realizada em 25 empresas dos setores têxtil, de confecções e de lavanderias localizadas nos municípios de Caruaru, Toritama e Santa Cruz. A coleta e análise de dados ocorreu através da aplicação de um questionário estruturado e sistematizado por meio de estatística descritiva. Os resultados, inicialmente, buscaram determinar o perfil dos respondentes, priorizando os proprietários como fonte confiável de dados financeiros. Observou-se que a maioria dos respondentes não valorizam o conhecimento acadêmico, considerando que a experiência deve nortear suas decisões. Ademais, concernente aos achados sobre a estrutura de capital das empresas pesquisadas, no início das suas atividades 92% informaram que utilizaram apenas capital próprio. As restrições enfrentadas pelas pequenas empresas ocorrem antes mesmo do início das suas atividades. Já inseridas no mercado, quando necessitam de capital, 84% das empresas recorrem primeiro a lucros retidos. Essa preferência pelo autofinanciamento pode ocorrer pela necessidade que os proprietários têm em manter o controle da empresa, mas também, por causa das dificuldades que as pequenas empresas têm em acessar fontes externas, devido à assimetria informacional. Porém, quando os recursos internos são insuficientes às empresas apontaram recorrer ao financiamento externo. Das empresas, 64% utilizam empréstimos bancários de curto prazo como primeira opção, seguido de amigos e familiares (20%) e, por último, aumento de capital próprio (4%). Essa hierarquia de recursos aponta indícios que a teoria de Pecking Order pode melhor explicar o comportamento dessas empresas. Entretanto, foi possível observar também que em 16% das empresas foi identificado uma busca pelo equilíbrio entre capital próprio e capital de terceiros, mesmo que não seja uma busca pelo nível ótimo de endividamento. Essas empresas buscam sempre ter capital de terceiros na estrutura capital. Esse comportamento aponta indícios que a teoria de Trade-Off também pode explicar, de forma adaptada, o comportamento dessas empresas.