{"title":"社会孤立对巴西人口营养的影响","authors":"Stela Ivone dos Santos Silva","doi":"10.51161/epidemion/7081","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução: O distanciamento social foi considerado pela Organização Mundial de Saúde a medida mais eficaz para conter a propagação do COVID 19. Um maior tempo restrito em domicílio pode causar alterações nos hábitos alimentares da população. Objetivo: Este trabalho visa expor as implicações do distanciamento social na alimentação da população brasileira. Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica nas bases de dados Pubmed, Lilacs, e Medline, dos artigos publicados nos últimos 2 anos que abordam acerca deste tema, com os seguintes descritores: COVID 19, Isolamento Social e Alimentação. Resultados: O distanciamento provocou a redução/suspensão de atividades laborais, como trabalho, aulas e atividades físicas; além de fechamento de estabelecimentos não essenciais e comércios de alimentos, repercutindo diretamente no poder aquisitivo da população, sem que houvessem medidas de amparo aos trabalhadores que perderam seus meios de sustento, restringindo o acesso aos bens e serviços essenciais, dentre eles os alimentos. Um período de confinamento domiciliar e redução de atividade física desestrutura horários de refeições e de sono, corroborando com o estresse emocional e aumento do apetite. Neste período é comum ocorrer um aumento no consumo de alimentos ultraprocessados e fast foods, devido a maior praticidade, a grande variedade de alimentos, a alta palatabilidade, a facilidade do consumo, às diversas propagandas e a disponibilidade de serviços delivery. Em contrapartida, alguns sintomas decorrentes da doença – disgeusia e anosmia, podem afetar o consumo alimentar, devido a redução do apetite que ocorre como consequência destes, corroborando com a perda de peso. Além disso, o isolamento proposto induz a população a consumir menos refeições/alimentos na rua, e ainda, com o aumento do tempo em casa, e consequentemente, maior disponibilidade para ampliar as habilidades culinárias, é possível aprimorar o consumo de preparações saudáveis. Conclusão: Portanto, o distanciamento social vem resultando em impactos econômicos profundos, além de predispor aos maus hábitos alimentares. Torna-se explícita a importância de decisões e políticas públicas que levem em consideração a alimentação da população brasileira. É aconselhável o investimento em campanhas de educação alimentar e nutricional pelos meios de comunicação disponíveis, que reforcem a adoção/manutenção de uma alimentação saudável para toda a família.","PeriodicalId":136597,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro de Estudos Epidemiológicos On-line","volume":"4 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-06-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"IMPLICAÇÕES DO ISOLAMENTO SOCIAL NA ALIMENTAÇÃO DA POPULAÇÃO BRASILEIRA\",\"authors\":\"Stela Ivone dos Santos Silva\",\"doi\":\"10.51161/epidemion/7081\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Introdução: O distanciamento social foi considerado pela Organização Mundial de Saúde a medida mais eficaz para conter a propagação do COVID 19. Um maior tempo restrito em domicílio pode causar alterações nos hábitos alimentares da população. 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IMPLICAÇÕES DO ISOLAMENTO SOCIAL NA ALIMENTAÇÃO DA POPULAÇÃO BRASILEIRA
Introdução: O distanciamento social foi considerado pela Organização Mundial de Saúde a medida mais eficaz para conter a propagação do COVID 19. Um maior tempo restrito em domicílio pode causar alterações nos hábitos alimentares da população. Objetivo: Este trabalho visa expor as implicações do distanciamento social na alimentação da população brasileira. Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica nas bases de dados Pubmed, Lilacs, e Medline, dos artigos publicados nos últimos 2 anos que abordam acerca deste tema, com os seguintes descritores: COVID 19, Isolamento Social e Alimentação. Resultados: O distanciamento provocou a redução/suspensão de atividades laborais, como trabalho, aulas e atividades físicas; além de fechamento de estabelecimentos não essenciais e comércios de alimentos, repercutindo diretamente no poder aquisitivo da população, sem que houvessem medidas de amparo aos trabalhadores que perderam seus meios de sustento, restringindo o acesso aos bens e serviços essenciais, dentre eles os alimentos. Um período de confinamento domiciliar e redução de atividade física desestrutura horários de refeições e de sono, corroborando com o estresse emocional e aumento do apetite. Neste período é comum ocorrer um aumento no consumo de alimentos ultraprocessados e fast foods, devido a maior praticidade, a grande variedade de alimentos, a alta palatabilidade, a facilidade do consumo, às diversas propagandas e a disponibilidade de serviços delivery. Em contrapartida, alguns sintomas decorrentes da doença – disgeusia e anosmia, podem afetar o consumo alimentar, devido a redução do apetite que ocorre como consequência destes, corroborando com a perda de peso. Além disso, o isolamento proposto induz a população a consumir menos refeições/alimentos na rua, e ainda, com o aumento do tempo em casa, e consequentemente, maior disponibilidade para ampliar as habilidades culinárias, é possível aprimorar o consumo de preparações saudáveis. Conclusão: Portanto, o distanciamento social vem resultando em impactos econômicos profundos, além de predispor aos maus hábitos alimentares. Torna-se explícita a importância de decisões e políticas públicas que levem em consideração a alimentação da população brasileira. É aconselhável o investimento em campanhas de educação alimentar e nutricional pelos meios de comunicação disponíveis, que reforcem a adoção/manutenção de uma alimentação saudável para toda a família.