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APRENDER A RESISTIR: DA POÉTICA DOS DIAS A UMA AUTOETNOGRAFIA DAS PEDAGOGIAS DO PRESENTE
Em um presente discursivamente neoliberal, seria possível estabelecer as “pedagogias” como baluarte de resistência? Neste artigo autoetnográfico, procuro intersectar dois dispostivos de subjetivação diferenciados que concorrem para a formação como docente de ensino superior: as escritas autorefenciadas e as fotografias, ambas emanadas dos arquivos pessoais e profissionais. Encontro como, apesar das boas intenções, a minha linguagem está eivada de modos de produtivismo e falas de salvação. A autoetnografia, como sistematicidade de repertórios emanados do eu e consequente compreensão crítica dos aspetos culturais que o formam, surge, assim, como possibilidade de devolver o sentido resistente às pedagogias.