{"title":"怀疑的权利","authors":"Jaqueline Magon","doi":"10.15448/1984-4301.2023.1.44335","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Partindo da premissa candidiana de que toda literatura tem como premissa três faces integradas, sendo elas: uma estrutura significante; uma forma de expressar sentimentos e visões de mundo; e uma forma de conhecimento, que podemos apreender de forma prolixa e inconsciente, objetivamos analisar como a construção estética do romance juvenil Cartas para Martin (2020), da escritora estadunidense Nic Stone colabora com as relações entre a (des)construção do pensamento, a escrita e as identidades juvenis minorizadas. Para realizar essa análise, nos pautaremos nos pressupostos teóricos de Hunt (2005; 2015), sobre Literatura Infantil, os quais usaremos como inspiração para refletir sobre a Literatura Juvenil; nos conceitos de Identidade e Multiculturalismo, em Hall (2006) e Bonnici (2011), respectivamente; e nos conceitos de trauma e descolonização, em Kilomba (2021). Por meio de uma estética que rompe estereótipos literários, a escritora rompe, também, estereótipos de identidades, ao demonstrar como um jovem minorizado lida com os sistemas culturais e sociais opressivos, que perpassam sua existência. Na impossibilidade de encontrar um espaço que o acolha, a personagem cria seus próprios espaços no mundo profundo de sua consciência, que se transfiguram para sua vida real.","PeriodicalId":499668,"journal":{"name":"letrônica","volume":"60 4","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-12-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"O direito à dúvida\",\"authors\":\"Jaqueline Magon\",\"doi\":\"10.15448/1984-4301.2023.1.44335\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Partindo da premissa candidiana de que toda literatura tem como premissa três faces integradas, sendo elas: uma estrutura significante; uma forma de expressar sentimentos e visões de mundo; e uma forma de conhecimento, que podemos apreender de forma prolixa e inconsciente, objetivamos analisar como a construção estética do romance juvenil Cartas para Martin (2020), da escritora estadunidense Nic Stone colabora com as relações entre a (des)construção do pensamento, a escrita e as identidades juvenis minorizadas. Para realizar essa análise, nos pautaremos nos pressupostos teóricos de Hunt (2005; 2015), sobre Literatura Infantil, os quais usaremos como inspiração para refletir sobre a Literatura Juvenil; nos conceitos de Identidade e Multiculturalismo, em Hall (2006) e Bonnici (2011), respectivamente; e nos conceitos de trauma e descolonização, em Kilomba (2021). Por meio de uma estética que rompe estereótipos literários, a escritora rompe, também, estereótipos de identidades, ao demonstrar como um jovem minorizado lida com os sistemas culturais e sociais opressivos, que perpassam sua existência. Na impossibilidade de encontrar um espaço que o acolha, a personagem cria seus próprios espaços no mundo profundo de sua consciência, que se transfiguram para sua vida real.\",\"PeriodicalId\":499668,\"journal\":{\"name\":\"letrônica\",\"volume\":\"60 4\",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2023-12-15\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"letrônica\",\"FirstCategoryId\":\"0\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.15448/1984-4301.2023.1.44335\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"letrônica","FirstCategoryId":"0","ListUrlMain":"https://doi.org/10.15448/1984-4301.2023.1.44335","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Partindo da premissa candidiana de que toda literatura tem como premissa três faces integradas, sendo elas: uma estrutura significante; uma forma de expressar sentimentos e visões de mundo; e uma forma de conhecimento, que podemos apreender de forma prolixa e inconsciente, objetivamos analisar como a construção estética do romance juvenil Cartas para Martin (2020), da escritora estadunidense Nic Stone colabora com as relações entre a (des)construção do pensamento, a escrita e as identidades juvenis minorizadas. Para realizar essa análise, nos pautaremos nos pressupostos teóricos de Hunt (2005; 2015), sobre Literatura Infantil, os quais usaremos como inspiração para refletir sobre a Literatura Juvenil; nos conceitos de Identidade e Multiculturalismo, em Hall (2006) e Bonnici (2011), respectivamente; e nos conceitos de trauma e descolonização, em Kilomba (2021). Por meio de uma estética que rompe estereótipos literários, a escritora rompe, também, estereótipos de identidades, ao demonstrar como um jovem minorizado lida com os sistemas culturais e sociais opressivos, que perpassam sua existência. Na impossibilidade de encontrar um espaço que o acolha, a personagem cria seus próprios espaços no mundo profundo de sua consciência, que se transfiguram para sua vida real.