ANÁLISE DO POTENCIAL DE ROCHAS BASÁLTICAS PARA REMINERALIZAÇÃO DE SOLOS, REGIÃO DE IRAÍ E FREDERICO WESTPHALEN, RIO GRANDE DO SUL, BRASIL

A utilização de fertilizantes químicos em larga escala gera consequências danosas ao meio ambiente, como a contaminação de solos e a eutrofização de corpos hídricos. O desenvolvimento e o aperfeiçoamento de técnicas que visem suprir as necessidades nutricionais dos solos brasileiros com menor impacto ambiental possível, têm se intensificado na última década. A remineralização dos solos é um tipo de adubação agrícola por meio da adição de rochas moídas, sendo uma alternativa de baixo impacto ambiental. A região estudada tem na atividade agrícola sua principal fonte econômica, com solos desenvolvidos sobre rochas basálticas. Os basaltos, além de gerar um solo rico em nutrientes para agricultura, são rochas de ampla utilização na construção civil e rodovias. A região possui várias pedreiras, além de mineração de ametista e ágata. Essas atividades geram grande material de rejeitos e resíduos com possível potencial para remineralização de solos. A Instrução Normativa nº 5 Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) do Brasil atribui os parâmetros mínimos para que uma rocha seja destinada à remineralização de solos. Neste estudo traçou-se um comparativo entre a geoquímica e a mineralogia dos basaltos aflorantes nos municípios de Iraí e Frederico Westphalen, norte do estado do Rio Grande do Sul, com os parâmetros estabelecidos pelo MAPA. Constatou-se que as litologias analisadas são potenciais remineralizadores de solos, com teor médio de K2O equivalente a 1,29%; o teor da soma de bases abrangendo um intervalo entre 13,35 e 15,05%; e o índice médio de sílica livre correspondente a 12,31%.