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O objetivo desse artigo é analisar a digitalização nos dois tipos de agricultura brasileira (familiar - AF e não familiar - ANF), nas diferentes regiões do país e por grupos de produtores, de forma a evidenciar o tamanho, os determinantes e as consequências da grave “dívida digital” que ainda persiste no setor no limiar do século XXI. Para tanto, recorreu-se a revisão de parte da literatura recente sobre o tema e aos dados inéditos de “tabulações especiais” do Censo Agropecuário de 2017 elaboradas pela equipe do IBGE. Os resultados evidenciam que a internet ainda está ausente em mais de 70% dos estabelecimentos agropecuários do país e, quando disponível, predomina a conexão móvel que não é a de melhor qualidade. Em termos relativos, a agricultura familiar é a menos assistida em todas as regiões brasileiras, especialmente os agricultores mais pobres (Grupo B do PRONAF). Já as regiões Norte e Nordeste são as que apresentam os piores indicadores quanto à conectividade e a região Sul a que possui os melhores percentuais de acesso. O trabalho conclui que para saldar a “dívida digital” existente no campo brasileiro é necessário avançar nas políticas públicas de Estado, bem como fortalecer ações em conjunto com atores privados e os ecossistemas locais/regionais de inovação nos distintos níveis territoriais. Somente assim será possível abrir novas oportunidades aos agricultores e incentivar processos de desenvolvimento rural mais sustentáveis e inclusivos.