Rosiene Silva de Araújo, Nelson Vieira da Silva Meirelles
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Refletir sobre educação conduz a uma análise das formas como os homens se relacionam entre si e com a natureza, posto que o modo de produção de cada momento histórico determina uma estrutura educacional específica. Enquanto construção histórica, percebe-se também variações dentro de um mesmo sistema econômico, numa perspectiva de educação mais inclusiva ou mais excludente, a depender da correlação de forças entre as classes sociais existentes. Neste sentido, apesar de a formação integral, politécnica ou omnilateral se apresentar como uma proposta de educação que só pode ser plenamente atingida em uma sociedade na qual a classe trabalhadora detenha o poder político, é possível, ainda dentro do sistema de domínio do capital, encontrar o germe de tal formação: o Ensino Médio Integrado (EMI). Constituem suas dimensões formativas o trabalho, a ciência e a cultura; numa articulação entre teoria e prática. Este artigo objetiva discutir um pouco sobre a importância do conselho de escola nessa travessia para uma formação integral, materializada no EMI, a partir de leituras bibliográficas. Entendemos que o órgão, ao permitir que a comunidade escolar delibere sobre aspectos pedagógicos, financeiros e administrativos da instituição escolar, constitui-se num laboratório de cidadania, numa oficina que une a teoria (conteúdos sobre cidadania) à prática. Concluímos afirmando que a escola que pretende formar o sujeito na sua integralidade, deve estimulá-lo a participar dos processos decisórios, compreendendo-o como cidadão do futuro e do presente.