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Formação e corporeidade: a experiência da Escola Regional de Mulheres do MST
Este artigo analisa a influência do processo formativo da Escola Regional de Mulheres (ERM) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na construção da corporeidade. Busca tecer reflexões acerca de uma experiência peculiar de educação popular que tem a corporeidade como expressão concreta da existência humana, permeada pelas vivências e processos de relações sociais e culturais. A pesquisa foi desenvolvida na Mesorregião Centro-Sul do Estado do Paraná e a metodologia utilizada foi a qualitativa, com viés etnográfico. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas e o estudo se apoiou nas narrativas de histórias de vida de três mulheres camponesas. Ainda, foram feitos registros utilizando-se do instrumento do diário de campo. A pesquisa aponta para a relevância do processo formativo da ERM do MST na ressignificação da corporeidade das mulheres e contribui para a autonomia das mesmas diante de processos organizativos do Movimento.