{"title":"在非怀孕妇女的观念中,在出现与生命不相容的先天畸形的情况下终止妊娠","authors":"Anielly dos Santos Konig Cella, Sergio Bigolin","doi":"10.31512/persp.v.48.n.7.2024.386.p.7-23","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A legislação brasileira prevê a possibilidade de interrupção da gestação em casos de risco de vida materna, abuso sexual e anencefalia, permanecendo desamparadas gestantes de fetos com outras malformações congênitas incompatíveis com a vida. Dessa forma, esse artigo apresenta a opinião das mulheres não gestantes de um município do Norte do estado do Rio Grande do Sul, acerca da interrupção ou manutenção da gestação em malformações congênitas incompatíveis com a vida, no intuito de refletir condutas adequadas para o bem-estar físico e mental da mulher e familiares, no que concerne à escolha da interrupção da gestação e suas correlações socioeconômicas. Desse modo, foi realizada uma pesquisa de campo observacional, analítica-transversal, em 9 Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) do município de Erechim, sob a forma de questionários. As participantes responderam questões como nível de escolaridade, remuneração, conhecimento sobre as malformações congênitas e opinião sobre a interrupção da gestação. A pesquisa foi aplicada em 122 mulheres com idade entre 18 e 49 anos, não grávidas, frequentadoras dessas UBS’s. Concluiu-se que 70% das participantes deste estudo apoiam a existência de escolha, por parte da mulher, pela interrupção ou não da gestação em caso de malformações congênitas incompatíveis com a vida. Sendo que, destas que apoiam, 86% são pertencentes à classe socioeconômica mais alta, com maior escolaridade e conhecimento sobre as implicações médicas das malformações congênitas.","PeriodicalId":514905,"journal":{"name":"Revista Perspectiva","volume":" 72","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2024-06-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Interrupção da gestação em caso de malformação congênita incompatível com a vida na percepção de mulheres não gestantes\",\"authors\":\"Anielly dos Santos Konig Cella, Sergio Bigolin\",\"doi\":\"10.31512/persp.v.48.n.7.2024.386.p.7-23\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"A legislação brasileira prevê a possibilidade de interrupção da gestação em casos de risco de vida materna, abuso sexual e anencefalia, permanecendo desamparadas gestantes de fetos com outras malformações congênitas incompatíveis com a vida. Dessa forma, esse artigo apresenta a opinião das mulheres não gestantes de um município do Norte do estado do Rio Grande do Sul, acerca da interrupção ou manutenção da gestação em malformações congênitas incompatíveis com a vida, no intuito de refletir condutas adequadas para o bem-estar físico e mental da mulher e familiares, no que concerne à escolha da interrupção da gestação e suas correlações socioeconômicas. Desse modo, foi realizada uma pesquisa de campo observacional, analítica-transversal, em 9 Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) do município de Erechim, sob a forma de questionários. As participantes responderam questões como nível de escolaridade, remuneração, conhecimento sobre as malformações congênitas e opinião sobre a interrupção da gestação. A pesquisa foi aplicada em 122 mulheres com idade entre 18 e 49 anos, não grávidas, frequentadoras dessas UBS’s. Concluiu-se que 70% das participantes deste estudo apoiam a existência de escolha, por parte da mulher, pela interrupção ou não da gestação em caso de malformações congênitas incompatíveis com a vida. Sendo que, destas que apoiam, 86% são pertencentes à classe socioeconômica mais alta, com maior escolaridade e conhecimento sobre as implicações médicas das malformações congênitas.\",\"PeriodicalId\":514905,\"journal\":{\"name\":\"Revista Perspectiva\",\"volume\":\" 72\",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2024-06-10\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Revista Perspectiva\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.31512/persp.v.48.n.7.2024.386.p.7-23\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Perspectiva","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.31512/persp.v.48.n.7.2024.386.p.7-23","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Interrupção da gestação em caso de malformação congênita incompatível com a vida na percepção de mulheres não gestantes
A legislação brasileira prevê a possibilidade de interrupção da gestação em casos de risco de vida materna, abuso sexual e anencefalia, permanecendo desamparadas gestantes de fetos com outras malformações congênitas incompatíveis com a vida. Dessa forma, esse artigo apresenta a opinião das mulheres não gestantes de um município do Norte do estado do Rio Grande do Sul, acerca da interrupção ou manutenção da gestação em malformações congênitas incompatíveis com a vida, no intuito de refletir condutas adequadas para o bem-estar físico e mental da mulher e familiares, no que concerne à escolha da interrupção da gestação e suas correlações socioeconômicas. Desse modo, foi realizada uma pesquisa de campo observacional, analítica-transversal, em 9 Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) do município de Erechim, sob a forma de questionários. As participantes responderam questões como nível de escolaridade, remuneração, conhecimento sobre as malformações congênitas e opinião sobre a interrupção da gestação. A pesquisa foi aplicada em 122 mulheres com idade entre 18 e 49 anos, não grávidas, frequentadoras dessas UBS’s. Concluiu-se que 70% das participantes deste estudo apoiam a existência de escolha, por parte da mulher, pela interrupção ou não da gestação em caso de malformações congênitas incompatíveis com a vida. Sendo que, destas que apoiam, 86% são pertencentes à classe socioeconômica mais alta, com maior escolaridade e conhecimento sobre as implicações médicas das malformações congênitas.