PROPOSTA DE UM NOVO MODELO DE AVALIAÇÃO DE RESIDENTES DE FISIOTERAPIA EM UM PROGRAMA MULTIPROFISSIONAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Para o desenvolvimento das potencialidades dos residentes vinculados aos Programas de Residência Multiprofissional em Saúde, é primordial o estabelecimento de instrumentos avaliativos de caráter somativo e formativo que possam nortear as ações educacionais. A defasagem na preparação pedagógica dos preceptores faz com que as avaliações de cunho formativo sejam menos difundidas e aplicadas, o que corrobora a necessidade do debate sobre essa temática. Logo, o objetivo deste estudo é relatar a experiência de preceptores fisioterapeutas na avaliação dos residentes no Hospital Universitário Gaffrée e Guinle, no Rio de Janeiro. Inicialmente, uma única avaliação somativa era aplicada aos residentes ao final de cada mês. Com o passar dos anos e a adição de fisioterapeutas no corpo efetivo, começaram a surgir melhorias no suporte acadêmico aos residentes, como a criação de módulos teórico-práticos de aulas de fisioterapia e aumento do número de avaliações, tanto somativas como formativas. Além disso, a realização do curso de preceptoria por alguns fisioterapeutas possibilitou que mais medidas avaliativas fossem implementadas no setor de enfermaria onde trabalham. Foi possível então o alcance de competências profissionais necessárias para a formação do residente. Diante do exposto, observa-se a importância da reestruturação dos modelos pedagógicos desenvolvidos nos Programas de Residência Multiprofissional em Saúde, na qual as demandas educacionais dos preceptores possam ser atendidas. O modelo de ensino com enfoque formativo e personalizado das necessidades do residente, aliado às práticas de avaliação tradicional somativa, pode colaborar para desfechos de aprendizagem mais satisfatórios e eficazes.