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A ABERTURA FENOMENOLÓGICA DA ESFERA DA VIVÊNCIA CONTIDA NA ANALÍTICA DA EXISTÊNCIA DE MARTIN HEIDEGGER
Este artigo tematiza os limites da concepção moderna de Ciência advindos da fratura estabelecida entre conhecimentos científico e filosófico. Por muito tempo, as Ciências mantiveram-se alheias às reflexões de cunho ontológico por conta do abismo presumido entre Ciência e Filosofia. Nesse âmago, o trabalho inicia-se pela descrição do problema do conhecimento na Modernidade para demonstrar sua impertinência ontológica por meio da adoção do referencial fenomenológico mobilizado por Martin Heidegger. As Ciências Modernas, por se basearem no modelo científico e visão de mundo cartesianos, leram a realidade como um dado externo, de modo que a vivência inerente à experiencia de mundo não foi considerada. Parte-se então da interpretação de que a causa primeira dessa negligência está no trajeto de redução gnosiológica da ontologia. Para que as Ciências contemplem a vivência humana, mostra-se fundamental des-encobrir seu fundamento ontológico inescapável. O pensamento filosófico, nesse percurso, detém papel fundamental na (re)construção das Ciências, pois busca as causas e os princípios do conhecimento do real. Elege-se, para tanto, o tópico mundanidade do mundo, de acordo com a leitura heideggeriana, passível de ser discutido por meio da necessária incursão à ontologia. A abertura fenomenológica da esfera da vivência, contida na noção de mundanidade por supor a compreensão de mundo circundante, possibilita redimensionar o modo de se conceber as ciências.