{"title":"Recusa酷儿","authors":"William L. Leap","doi":"10.18309/ranpoll.v52iesp.1593","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo discute casos em que os sujeitos reconhecem autoridade persuasiva e reguladora, exibem sua indiferença, seu desinteresse, sua recusa, apesar de retaliação percebida ou real: “Eu não me importo”. Esta é uma forma de agência linguística que não precisa estar ligada ao privilégio. Como outros estudos de “linguagem vinda de baixo” (BAYNHAM E LEE, 2019), a recusa queer documenta as experiências vividas de uso da linguagem, vulnerabilidade e luta. Desse modo, os exemplos do artigo convidam ao diálogo com as práticas totalizantes de hegemonias raciais delineadas na investigação raciolinguística, não para negar a hegemonia, mas para sugerir que a recusa queer nomeia instâncias em que os sujeitos, definidos por meio da prática opressora, ousam romper com a opressão e enumerar as suas próprias alternativas.","PeriodicalId":41303,"journal":{"name":"Revista da Anpoll","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.1000,"publicationDate":"2021-09-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Recusa Queer\",\"authors\":\"William L. Leap\",\"doi\":\"10.18309/ranpoll.v52iesp.1593\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Este artigo discute casos em que os sujeitos reconhecem autoridade persuasiva e reguladora, exibem sua indiferença, seu desinteresse, sua recusa, apesar de retaliação percebida ou real: “Eu não me importo”. Esta é uma forma de agência linguística que não precisa estar ligada ao privilégio. Como outros estudos de “linguagem vinda de baixo” (BAYNHAM E LEE, 2019), a recusa queer documenta as experiências vividas de uso da linguagem, vulnerabilidade e luta. Desse modo, os exemplos do artigo convidam ao diálogo com as práticas totalizantes de hegemonias raciais delineadas na investigação raciolinguística, não para negar a hegemonia, mas para sugerir que a recusa queer nomeia instâncias em que os sujeitos, definidos por meio da prática opressora, ousam romper com a opressão e enumerar as suas próprias alternativas.\",\"PeriodicalId\":41303,\"journal\":{\"name\":\"Revista da Anpoll\",\"volume\":null,\"pages\":null},\"PeriodicalIF\":0.1000,\"publicationDate\":\"2021-09-27\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Revista da Anpoll\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.18309/ranpoll.v52iesp.1593\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"0\",\"JCRName\":\"LANGUAGE & LINGUISTICS\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista da Anpoll","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.18309/ranpoll.v52iesp.1593","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"0","JCRName":"LANGUAGE & LINGUISTICS","Score":null,"Total":0}
Este artigo discute casos em que os sujeitos reconhecem autoridade persuasiva e reguladora, exibem sua indiferença, seu desinteresse, sua recusa, apesar de retaliação percebida ou real: “Eu não me importo”. Esta é uma forma de agência linguística que não precisa estar ligada ao privilégio. Como outros estudos de “linguagem vinda de baixo” (BAYNHAM E LEE, 2019), a recusa queer documenta as experiências vividas de uso da linguagem, vulnerabilidade e luta. Desse modo, os exemplos do artigo convidam ao diálogo com as práticas totalizantes de hegemonias raciais delineadas na investigação raciolinguística, não para negar a hegemonia, mas para sugerir que a recusa queer nomeia instâncias em que os sujeitos, definidos por meio da prática opressora, ousam romper com a opressão e enumerar as suas próprias alternativas.