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A formação do leitor literário enquanto intérprete incômodo de seu tempo: um projeto não por acaso negligenciado de letramento ideológico
Busca-se, neste artigo, reunir diferentes reflexões sobre o lugar do texto literário na vida humana, agrupando-lhes em duas vertentes opostas, uma de caráter estético, outra de caráter estético e ético, para o reconhecimento da formação do leitor literário enquanto produto de um projeto discursivo que, a despeito da natural variação de suas bases teórico-metodológicas, revela-se ideologicamente marcado, admitindo quaisquer eventos e práticas de letramento, em virtude dos quais deve, pois, ser problematizado – especialmente em uma era na qual perspectivas como a dos novos e multiletramentos surgem em resposta a um modelo de educação dito ultrapassado. Para tanto, a literatura é aqui concebida pelo valor que lhe atribuem Bakhtin (2011 [1978]), Eagleton (2006 [1983]), Candido (2011 [1988]), Eco (2003 [2000]) e Bloom (2011 [2000]), na tensão entre as diferentes ideologias às quais pode servir, conforme permitem constatar Eagleton (2006 [1983]) e Moita Lopes (2013); ao passo em que se reconhece, na sua escolarização, um conjunto de eventos e práticas de letramento (HEATH, 2004 [1980]; STREET, 2014 [1995], notadamente literário (COSSON, 2016 [2006]), inscrito em um projeto discursivo maior que pode / deve ser ampliado pela perspectiva dos novos e multiletramentos (COPE; KALANTZIS, 2009; KNOBEL; LANKSHEAR, 2012).