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Assumiu-se o enfoque de pesquisa qualitativa (GIL, 2009) e a produção dos dados consistiu em uma sessão de entrevista com uma estudante universitária do curso de Pedagogia de uma Universidade pública federal de Recife/PE, identificada ficticiamente por Sofia, que também já atuava como professora no momento da pesquisa. Como resultado, observou-se que Sofia produziu uma compreensão de leitura por meio de ações de linguagem interconectadas entre autor-texto-leitor, concepção esta que embasa uma posição de leitura ativa, colaborativa e crítico-reflexiva (MARCUSCHI, 2008; ORLANDI, 2006). 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Os mecanismos enunciativos na produção de leitura de uma crônica por uma agente-leitora universitária
Este trabalho tem como objetivo analisar uma situação de linguagem gerada pela produção de leitura de uma crônica por uma agente-leitora universitária. Para tanto, optou-se pela perspectiva teórica e epistemológica do Interacionismo Sociodiscursivo (ISD). Ademais, este trabalho aborda como componente central a última camada do folhado textual por colaborar com a discursividade e a produção de sentidos na interação com o texto (BRONCKART, 2007). Em termos do posicionamento enunciativo, o ISD esclarece a regência das vozes, na visão bakhtiniana, como expressas no texto que corporificam diversas avaliações sobre determinados aspectos do conteúdo temático veiculados neste instrumento de mediação de linguagem verbal (VIGOTSKI, 2004; 2009; BAKHTIN, 1992/2003; GENETTE et al, 1986; GENETTE, 1979). Assumiu-se o enfoque de pesquisa qualitativa (GIL, 2009) e a produção dos dados consistiu em uma sessão de entrevista com uma estudante universitária do curso de Pedagogia de uma Universidade pública federal de Recife/PE, identificada ficticiamente por Sofia, que também já atuava como professora no momento da pesquisa. Como resultado, observou-se que Sofia produziu uma compreensão de leitura por meio de ações de linguagem interconectadas entre autor-texto-leitor, concepção esta que embasa uma posição de leitura ativa, colaborativa e crítico-reflexiva (MARCUSCHI, 2008; ORLANDI, 2006). Então, fica patente que ler não é apenas decodificar, uma vez que o ato de compreender o que se lê é uma atividade vinculada às práticas socioculturais, e o gênero de texto é um dos materiais semióticos que favorece a comunicação verbal entre os agentes de linguagem envolvidos numa situação comunicativa.