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A existência real só pode ser provada pela existência real? A crítica de Locke contra a prova a priori cartesiana
No Ensaio sobre o Entendimento Humano (iv.x.7), John Locke registrou uma breve apreciação da prova a priori cartesiana, afirmando que ela seria, isoladamente, uma maneira imperfeita de abordar a questão da existência de Deus. Todavia, num manuscrito de duas páginas, datado de 1696, ele considerou essa prova inconclusiva, pois poderia ser utilizada tanto por teístas como por ateus, ficando a questão inacabada. Considerando a escassez de estudos lockeanos tratando desse manuscrito, este artigo propõe uma interpretação da crítica lockeana à prova a priori cartesiana, de modo a verificar se o filósofo inglês modificou sua opinião. A análise do texto em questão aponta que não houve mudança significativa por parte de Locke, pois suas conclusões registradas no manuscrito têm como fundamento a rejeição das ideias inatas e das essências imutáveis, em conformidade com o livro i do Ensaio. Adicionalmente, suas críticas têm um provável antecedente tomista nas objeções de Johannes Caterus.